O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«Aprenducar com a Mãe Natureza» + «SobreViver» de Miguel Almeida no Satão e em Viseu


José Fernando Vasco

Paulo de Cantos: um editor à frente do seu tempo

Não é fácil sintetizar quem foi Paulo de Cantos (1892-1979). Professor, editor, gráfico, filantropo, filólogo. Foi tudo isto, mas talvez a melhor forma de o descrever seja a expressão “o livr-o-mem” (o livro-homem), expressão usada no título da edição que (...) é lançada em Lisboa.

O interesse em torno de Paulo de Cantos surge precisamente por causa dos livros, manuais didácticos, opúsculos, que editou freneticamente desde os anos 20 do século passado até morrer. São livros sobre os mais diversos temas - linguística, geografia, anatomia, literatura, matemática, folclore – e cuja particularidade é a forma como aproveitou a composição tipográfica para criar esquemas, desenhos estilizados, mapas antropomórficos. 
(...)
Os livros de Paulo de Cantos chegaram às mãos de António Silveira Gomes, um dos sócios do atelier Barbara Says, há mais de uma dezena de anos quando estudava design gráfico na Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Cruzou-se com eles no Geronte, um bar/alfarrabista no Bairro Alto, “entre copos e o cheiro a mofo próprio dos alfarrabistas”.

A pouco e pouco, a curiosidade sobre quem seria aquele curioso autor foi crescendo até que António e Cláudia Castelo, editora e sócia do Bárbara Says, decidiram que tinha chegado a altura de fazer alguma coisa para revelar tão singular figura. (...) O resultado destas descobertas é O livr-o-mem – Paulo d’ Cantos n’ Palma d’ Mão.
(...)
Paulo de Cantos nasceu em Lisboa, estudou em Coimbra, onde foi contemporâneo de Salazar. Foi professor no Liceu Pedro Nunes, reitor do Liceu Eça de Queiroz, na Póvoa de Varzim, fez cursos de química, belas-artes e até vitivinicultura. Regressou a Lisboa onde fundou o Centro de Profilaxia da Velhice na sua casa, e criou a Bibliarte, um alfarrabista por onde passaram Fernando Pessoa, Cesariny, entre outros.


Fonte:
Público - Cultura (texto)
The Ressabiator (imagem)

Vídeos:
Paulo de Cantos: um editor à frente do seu tempo
Book Launch — O LIVR-O-MEM -- Paulo d' Cantos n' Palma d' Mão
Paula Penha

Exposição "Joana Vasconcelos" no Palácio Nacional da Ajuda

 
No dia 22 de março inaugurou no Palácio Nacional da Ajuda a exposição Joana Vasconcelos.

Aberta ao público de 23 de março a 25 de agosto, esta iniciativa mostrará a última década do trabalho de Joana Vasconcelos, reunindo obras icónicas como A Noiva, Coração Independente ou Marilyn, lado a lado com obras mais recentes, nunca antes expostas em Portugal, como Lilicoptère, Perruque ou War Games.
 
O diálogo entre as obras da artista e os interiores únicos do Palácio Nacional da Ajuda, prometem transformar esta exposição num acontecimento marcante da arte contemporânea em Portugal e a mais ambiciosa exposição de Joana Vasconcelos.

Horário:
Todos os dias: das 10h00 às 19h00
Exceptuando Sábado: das 10h00 às 21h00
Encerra à quarta-feira

Mais informações em:
Press Release | Apresentação
 
Fonte:
Paula Penha

Muse (2013). «Animals» - videoclipe é português!

O videoclipe de "Animals" dos britânicos Muse tem autoria de dois portugueses: Inês  Freitas e Miguel Mendes. A proposta foi escolhida, entre as muitas que foram a concurso (em colaboração com a Genero.tv), a partir da votação feito pelo público e por elementos da banda.

O vídeo recorre a técnicas de animação e é uma alegoria aos momentos de profundo desespero vividos por países em situação de resgate financeiro - como Portugal - onde tem valido tudo para se extrair dinheiro daqueles que nada têm a ver com esta crise financeira.


Fonte:
Blitz

Hiperligações:
JPN - Inês e Miguel fizeram um videoclip... para os Muse
P3 Público - Novo videoclip dos Muse é da autoria de dois jovens portugueses
Muse - Animals Video Competition Winner Announced  

Paula Penha

Dia Mundial da Água 2013


Um mote para reflexão e um vídeo sugestivo!

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«Nesta comemoração do Dia Mundial da Água é preciso ter presente que a água é um elemento que, para além de ser essencial à vida humana, a vários níveis, dita de forma clara a melhor ou pior qualidade de vida de uma população. Por isso, valorizá-la e preservá-la são imperativos nacionais e urgentes que, passando pela participação e empenhamento de todos, precisa, todavia, de capital e conhecimento.»
Prof. Jorge Rio Cardoso
Fonte:

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DIA MUNDIAL DA ÁGUA 2013
- vídeo oficial -
legendado em espanhol


José Fernando Vasco

Óscar Lopes (1917-2013) e a «História da Literatura Portuguesa»


«Óscar Lopes nasceu em Leça da Palmeira, Matosinhos, em 1917, foi professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Com António José Saraiva, foi co-autor da "História da Literatura Portuguesa" (1955), apontada como uma obra de referência. A sua extensa bibliografia inclui dezenas de ensaios, estudos e críticas sobre literatura, linguística e cultura portuguesas. Colaborou ainda em algumas das mais importantes revistas literárias portuguesas, como a Colóquio/Letras e a Seara Nova. 

Óscar Lopes, ex-membro do comité central do PCP, foi condecorado em 2006 pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.»

Fonte:

DISPONÍVEL PARA CONSULTA NA BECRE:

SARAIVA, António José, e outro
História da literatura portuguesa / António josé Saraiva, Óscar Lopes. - 13ª ed. - Porto : Porto Editora, 1985. - 1218 [+1] p
1ª edição: 1955.
Literatura portuguesa / Literatura portuguesa - história
CDU: 821.134.3 (091)
«Obra redigida em parceria por dois grandes vultos da história e da crítica literária do século XX, Óscar Lopes e António José Saraiva, a História da Literatura Portuguesa [...] procurou colocar ao alcance [...] de estudantes e de simples estudiosos do fenómeno literário, as aquisições [...] da história literária portuguesa, ao mesmo tempo que as correlacionava com factos históricos, sociais e culturais.


Uma das suas premissas consistia [...] na tentativa de esboçar "as condições histórico-sociais que devem servir à compreensão da nossa história literária". 

Nesse prefácio, considerando a obra literária como um documento histórico, os autores dirigem a sua perspetiva para a análise rigorosa das questões que o texto literário suscitava, nomeadamente, "em que época foi produzido; quem o produziu; a quem se destinava; que facto ou factos o suscitaram ou interferiram na sua fatura; para quê foi produzido". 

Ao mesmo tempo, como repositório cultural de uma tradição coletiva, postularam os autores [...] que "Tanto pela língua como pelos temas, a literatura é talvez de todas as atividades artísticas a mais ligada a uma nacionalidade", vivendo não só da permanente interdependência com o seu meio linguístico e humano de origem, como da interação com o conjunto das histórias literárias estrangeiras que a influenciam. 

[...] O espírito de síntese, o rigor da análise na inserção de autores e obras nos seus contextos, a sua abertura à evolução da contemporaneidade são algumas das razões do seu sucesso, mantendo-se, ainda hoje, uma obra de referência incontornável para o estudo da História da Literatura Portuguesa.»

Fonte:
História da Literatura Portuguesa. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
[Consult. 2013-03-23].
Disponível em http://www.infopedia.pt/mostra_artigo.jsp?id=12100000

TAMBÉM DISPONÍVEL PARA CONSULTA NA BECRE:

VERSÃO CD-ROM
Está disponível para consulta e requisição na BECRE, «História da Literatura Portuguesa», em registo CD-ROM, um título importante e que reforça o fundo documental em suporte digital.

A partir do texto integral da obra com o mesmo título, da autoria de António José Saraiva e Óscar Lopes, [...] este produto disponibiliza diversas ferramentas de trabalho e inúmeros recursos digitais, com uma forte presença da vertente multimédia: centenas de imagens, vídeos, locuções, diaporamas e frisos cronológicos, sendo a maioria das palavras clicáveis, elemento facilitador da pesquisa de conteúdos associados.


Esta edição da Porto Editora Multimédia contou com a colaboração de Leonor Curado Neves, Rita Marnoto, Helena Carvalhão Buescu e Isabel Pires de Lima, para além de incluir a participação com textos adicionais de Célia Vieira, Isabel Rio Novo e Sónia Ferreira.

Aqui estão incluídos textos bibliográficos de importantes autores portugueses com análise das obras mais relevantes; elucidário com explicação desenvolvida de centenas de termos literários; base bibliográfica composta por milhares de referências, permitindo a procura imediata de obras através de pontos de acesso (título, nome do autor, editora, data de edição); textos biobibliográficos complementares de análise da vida e obra de inúmeros escritores portugueses de renome.

VERSÃO DVD-ROM
A História da Literatura Portuguesa, da autoria de Óscar Lopes e António José Saraiva, constitui o corpo integral desta aplicação.

A disponibilização de diversas ferramentas de trabalho, vastos conteúdos adicionais relacionados com autores, obras e personagens e inúmeros recursos multimédia tornam esta aplicação obrigatória para todos os que se interessam pela nossa literatura. 

Inclui inúmeros textos complementares sobre a vida e obra dos mais relevantes escritores portugueses.


O Elucidário explica o significado de mais de meio milhar de termos de índole literária. Uma base bibliográfica composta por milhares de referências permite a procura imediata de obras pelo respectivo título, nome do autor ou editora e data de edição. A maioria das palavras são clicáveis, facilitando a pesquisa de qualquer conteúdo associado à consulta que se está a efectuar.

A forte vertente multimédia reflecte-se na apresentação de centenas de imagens, vídeos, locuções, diaporamas e frisos cronológicos.

Críticas de imprensa

Correio da Manhã:
"Uma particularidade: a maior parte das palavras estão em hiper-texto, o que remete, para mais e melhor informação sobre estes oito séculos de Literatura, nunca concluída, uma vez que a actualização se faz on-ine e a título gratuito." 

Público:
" (...) constitui uma importante ferramenta de trabalho para estudantes, professores, escritores e todos os que se interessam por literatura." 

Fonte:

José Fernando Vasco
Conceição Toscano

«Caminhar»: 'Bora lá andar!»

No último dia de janeiro decidi fazer uma caminhada. Nesta caminhada participaram professores e alunos da Escola Secundária de Cacilhas-Tejo. 
A caminhada é sempre à quarta-feira, no mesmo lugar – entrada da escola - e a duração é mais ou menos uma hora e meia. Às cinco horas e trinta minutos é o início da caminhada. 
O percurso é sempre diferente. Desta vez foi o Cristo-Rei e na próxima quarta-feira é o Parque da Paz. 

Éramos mais ou menos dez (alunos e professores), mas espero que no futuro venham mais pessoas. E, claro, não posso esquecer, uma cadela também participou!
Posso recomendar a todas as pessoas que querem divertir-se e relaxar para se juntarem a nós e não se arrependerão. Até à próxima caminhada!

Svetlana
(formanda da Sérvia, nível A 2)

Dia Mundial da Poesia, em Cacilhas

Disponível para consulta na BECRE
graças à amável oferta de Henrique Mota/
Associação de Cidadania de Cacilhas «O Farol».

Assinalando o Dia Mundial da Poesia, a Associação de Cidadania de Cacilhas «O Farol», conjuntamente com «Chá de Histórias», publicou o caderno de poesia «A poesia vadia de volta a Cacilhas, com um pé na rua».
Com poemas de António Boeiro, Bernardes-Silva, Graça Nazaré, João de Jesus, Jorge Fernandes, José Mota, Luís Pulido, Nogueira Pardal, Pedro Marreiro, Susana Marreiro; o caderno de poesia agora publicado segue a tradição de vários anos de poetas e poesias  em Cacilhas e Almada.


Hiperligações:

José Fernando Vasco

Novos e novíssimos do cinema português

Os premiados filmes «A Nossa Forma de Vida», «Bab Sebta» e «É na Terra Não é na Lua» são algumas das obras que integram o ciclo «Novos e novíssimos do cinema português».

De acordo com a organização, o ciclo no Cinema Nimas propõe a exibição de longas e curtas-metragens portuguesas, recentes, grande parte das quais inédita em sala comercial e algumas delas premiadas em festivais.

O ciclo abre com o documentário «A Nossa Forma de Vida», de Pedro Filipe Marques, que partiu do universo particular dos avós, casados há 60 anos, para falar do país real. Com este filme, Pedro Filipe Marques foi premiado nos Caminhos do Cinema Português, no Festival de Cinema de Sarajevo, no DocLisboa e no Cinèma du Réel, em França.

João Viana, que em fevereiro esteve em Berlim com dois filmes, apresentará, no Nimas, um documentário sobre o cinema português, intitulado «Oh marquês, anda cá abaixo outra vez», que conta com a participação de realizadores como Alberto Seixas Santos, Edgar Pêra, Cláudia Varejão, João Salaviza, Manuel Mozos e Marco Martins.

Até ao dia 27, o ciclo incluirá, por exemplo, «É na Terra não é na Lua» e «Balaou», de Gonçalo Tocha, «Bab Sebta», de Pedro Pinto e Frederico Lobo, e também «Tebas», «Corrente» e «Golias», de Rodrigo Areias.

Haverá ainda uma sessão dedicada ao cinema de terror, com filmes de Manuel Pureza, Patrick Mendes, Mário Gajo de Carvalho e Clones, e outra só para o cinema de animação de realizadores como Marta Monteiro, João Fazenda, Pedro Brito e Pedro Lino.

A realizadora Salomé Lamas terá no ciclo os filmes «Golden Dawn», «A Comunidade», «VHS» e o documentário «Terra de Ninguém», exibido em fevereiro, em Berlim. Na exibição de «Terra de Ninguém», no dia 22, haverá um debate com a realizadora e com o produtor Luís Urbano, sobre «as novas formas de financiamento da produção cinematográfica em Portugal«.

Da programação destaca-se ainda a exibição de dois filmes de André Godinho: «Riders», sobre a ópera «Riders to the Sea», encenada por André E. Teodósio, e «Faz tudo parte», sobre o espetáculo «Três cantos», interpretado em 2009 por Fausto, Sérgio Godinho e José Mário Branco, que estarão na sessão do dia 24.

Fonte:
Cinema Sapo
Paula Penha

20 março = Dia Internacional da Felicidade



O Dia Internacional da Felicidade é assinalado hoje pela primeira vez. A data, 20 de Março, foi definida em resolução da Assembleia Geral aprovada no ano passado, reconhecendo a relevância da felicidade e do bem-estar como objectivos universais.

Numa mensagem sobre o dia, o Secretário-Geral da ONU destacou que a «busca pela felicidade é um elemento essencial do esforço humano». Ban Ki-moon lembrou que, em todo o mundo, as pessoas aspiram viver uma vida feliz e plena, livre de medos e em harmonia com a natureza.

O mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo e autor de uma pesquisa sobre a felicidade concorda: todos buscam esse estado de espírito. Em entrevista à Rádio ONU, Luciano Espósito Sewaybricker explica que não existe um segredo para a felicidade, mas é preciso a pessoa conhecer-se muito bem.

«Cabe a cada um descobrir a forma ideal de viver e que faz sentido para si. Acredito que o autoconhecimento é fundamental e é ele que vai garantir que a felicidade não seja tão banalizada, no sentido dos outros poderem dizer o que é felicidade para si. Porque então compra a felicidade em pacotes prontos e pré-programados. 


Entendo que a felicidade depende dessa introspecção, desse autoconhecimento, mas, ao mesmo tempo, de se estar aberto para se relacionar com outras pessoas», salientou.

O psicólogo sublinha que o conceito mudou ao longo do tempo. «Actualmente, ser feliz tornou-se um peso. ´Temos` que ser feliz. E quanto mais as pessoas querem ter a felicidade, mais elas se vão sujeitar a uma felicidade simplista. E esse movimento é potencializado face ao contexto em que vivemos, de uma sociedade que se organiza em torno do consumo».

O bem-estar material é também citado pelo Secretário-Geral da ONU. Ban Ki-moon notou ser uma meta «difícil de ser alcançada pelas pessoas que vivem na pobreza extrema» e por aqueles que enfrentam as ameaças das crises socio-económicas. Ban defendeu um maior compromisso com o desenvolvimento humano inclusivo e sustentável. Quando «contribuímos para o bem-estar comum, ficamos enriquecidos» e a «compaixão promove a felicidade e irá ajudar na construção do futuro que queremos», frisou.

Fonte:

José Fernando Vasco

2013: ano internacional da cooperação pela água

«As Nações Unidas esperam, através de esforços de cooperação entre Estados e organizações, melhorar significativamente as condições de vida de uma larga franja da população mundial que não tem acesso à água potável e/ou ao saneamento básico.

Cerca de 70% do nosso planeta é constituído por água. No entanto, apenas cerca de 3% é água doce, e destes, dois terços encontram-se retidos nos glaciares, restando apenas 1% de água disponível para utilização humana.

Estes 1% de água doce disponível, a que correspondem cerca de 13 600 000 km3, seriam, de acordo com a Organização das Nações Unidas, mais do que suficientes para suprir às necessidades de toda a população mundial, não fossem as más práticas que conduzem a um elevado desperdício e à poluição deste recurso em todo o mundo.

Assim, uma grande parte da água doce disponível não pode ser utilizada porque se encontra demasiado degradada e é inadequada para as utilizações pretendidas, nomeadamente o abastecimento para consumo humano. A água torna-se pois um recurso escasso, apesar de ser um bem comum.

Em Julho de 2010, a Organização das Nações Unidas declarou o acesso à água potável e ao saneamento básico um direito humano essencial. Actualmente, e em todo o mundo, cerca de 900 milhões de pessoas não tem acesso a água de qualidade e cerca de 2,6 milhões de pessoas não têm saneamento básico. Todos os anos, morrem 1,5 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade, devido a doenças relacionadas com a falta de água potável e de saneamento. Estima-se que 80% das doenças humanas estejam relacionadas com a utilização da água não tratada, com o saneamento precário e com a falta de cuidados básicos de higiene. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que as doenças transmitidas dessa forma provocam pelo menos 25 milhões de mortes por ano nos países em desenvolvimento, gerando custos altíssimos para a vida humana.

A Resolução das Nações Unidas apela a que as nações se empenhem na melhoria da situação actual e que as cooperações internacionais sejam reforçadas para que se cumpram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio na data acordada de 2015* .

Na sequência desta resolução, e para chamar a atenção da sociedade civil, empresas e governos para este facto, no sentido de tentar melhorar os índices de acesso à água potável e ao saneamento básico em todo o mundo, a ONU declarou, em Dezembro de 2010, o ano de 2013 como o Ano Internacional da Cooperação da Água. O dia 22 de Março de 2013, normalmente celebrado como o Dia Mundial da Água, será também este ano dedicado à cooperação da água.

Dado o carácter universal e transversal da água, que interliga aspectos naturais, ambientais, científicos, educacionais e culturais, as Nações Unidas delegaram na UNESCO a organização do Ano internacional da Cooperação da Água. O principal objectivo deste Ano Internacional é assim alertar para as questões relacionadas com a água, ao nível quer das potencialidades para a cooperação entre nações e organizações, quer dos desafios que se colocam à gestão dos recursos hídricos, tendo em conta o aumento da procura e as crescentes necessidades de acesso e disponibilização do recurso água.

Este Ano Internacional incidirá sobre casos de iniciativas bem sucedidas de cooperação da água, bem como sobre os temas mais prementes relacionados com a educação, a diplomacia, a gestão transfronteiriça dos recursos hídricos, a cooperação financeira, os enquadramentos legais nacionais e internacionais e as ligações com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Pretende-se também que sejam capitalizados os desenvolvimentos conseguidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), no sentido de serem formulados novos objectivos que possam contribuir para o um desenvolvimento verdadeiramente sustentável dos recursos hídricos (UN-Water, 2011).

Durante 12 meses, a UNESCO irá promover eventos e debates que ajudem a procurar soluções para combater alguns dos mais graves problemas da Humanidade, nomeadamente a ausência de água potável para cerca de 11% da população mundial, a falta de saneamento para cerca de um terço da população mundial e a morte de cerca de 5 mil crianças todos os dias devido a doenças provocadas pela falta de acesso a água de qualidade.»

O Dia Mundial da Água é comemorado anualmente em 22 de março como meio para chamar a atenção sobre a importância da água doce e defender a gestão sustentável dos recursos hídricos.

Um dia internacional para celebrar a água foi recomendado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED). A Assembleia das Nações Unidas respondeu ao apelo designando o dia 22 de março de 1993 como o primeiro Dia Mundial da Água.

Cada ano, o Dia Mundial da Água destaca um aspecto específico da água doce.»

Fonte:


José Fernando Vasco

«A Minha Janela» de Maria Gertrudes Novais + Poetas Almadenses


A décima sessão de «O Prazer de Ler+» - realizada no passado dia 13 de março na Biblioteca Escolar da ES Cacilhas-Tejo, encerrou da melhor forma o programa de incentivo e promoção do livro e da leitura organizado pela BECRE e pelo CNO de Cacilhas.
Contando com a habitual presença de «Poetas Almadenses» e centrado no último livro de poesia  («A minha janela») de Maria Gertrudes Novais, presidente da direção da SCALA; a sessão iniciou-se com a intervenção inicial do professor bibliotecário que agradeceu e relembrou todos os convidados das sessões anteriores: Amélia Campos, Joana Rodrigues, Guilhermina Gomes, Orlando Ferreira, Rui Zink, Miguel Almeida, Inácio Ludgero, Rui Paiva, António Júlio Rosa, Júlia Coutinho, Graça Ferreira, Carmo Miranda Machado, Américo Morgado, Cristina Carvalho, Rosa Alface, José Mário Costa, Maria Amélia Cortes e Luís Alves.


Ermelinda Toscano apresentou a autora e a sua obra e os «Poetas Almadenses», bem como outros presentes na sala, declamaram poemas da mais recente coletânea da autora.


Como corolário interessante - e inesperado - da sessão, um formando de curso EFA declamou um poema de Bob Dylan, «Blowin' In the Wind» que traduziu para português em simultâneo.
A escolha do poema revelou-se muito adequada!


Alzira Lopes, formanda de curso EFA, homenageou todos os poetas presentes nas várias sessões de «O Prazer de Ler+» com um poema da sua autoria e que, com a sua autorização, aqui transcrevemos.

A poesia é uma arte
Ela expressa sentimento
Ela transmite emoção
Ela sai do mais profundo ser
É com alma e coração
É no fundo um saber

Tanta poesia escutei
Destes poetas vadios
Foram versos, foram prosas
Foram tantas palavras soltas
Que escutei com atenção
Ditas com tanta ternura
Que me encheram o coração

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Divulgam-se os dados estatísticos de avaliação da atividade
«PDL+ X - Maria Gertrudes Novais», integrada no programa «O Prazer de Ler+».


José Fernando Vasco

Vídeo-poema XV: «Cântico Negro» de José Régio

«Cântico Negro»

Poema de José Régio

Declamado por:

 I - Marco d'Almeida
II - João Villaret



I
«Cântico Negro»
declamado por Marco d'Almeida


II
«Cântico Negro»
declamado por João Villaret



"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


Hiperligações:
Video-Poema I - «O Portugal Futuro» de Ruy Belo
Vídeo-Poema II - «As palavras interditas» de Eugénio de Andrade
Vídeo-Poema III - «Da mais alta janela da minha casa» de Alberto Caeiro
Vídeo-Poema IV - «Quando vier a Primavera» de Alberto Caeiro
Vídeo-Poema V - «Mãezinha» de António Gedeão
Vídeo Poema VI - «Portugal» de Alexandre O'Neil
Vídeo-poema VII - «Pastelaria» de Mário Cesariny
Vídeo-poema VIII - «O Sorriso» de Eugénio de Andrade
Vídeo-poema IX: «Acordai» de José Gomes Ferreira
Vídeo-poema X: «Sabedoria» de José Régio
Vídeo-poema XI: «Uma pequenina luz» de Jorge de Sena
Vídeo-poema XII: «Tabacaria» de Álvaro de Campos, por Mário Viegas
Vídeo-poema XIII: «As mãos» de Manuel Alegre
Vídeo-poema XIV: «You Are Welcome To Elsinore» de Mário de Cesariny


José Fernando Vasco

«A Minha Janela» de Maria Gertrudes Novais, em «O Prazer de Ler+ X»

«Foi através da janela que a poesia floriu e não precisou de esperar muito tempo para que nascesse este belo livro de poemas - que só é pequeno no tamanho - ganhasse vida.»

(MILHEIRO, Luís Alves, in: Quase Prefácio)

As palavras de Luís Alves Milheiro são um excelente mote, não somente para a abordagem ao novo livro de poemas de Maria Gertrudes Novais mas igualmente como incentivo a uma deslocação à Biblioteca Escolar da ES Cacilhas-Tejo para a décima sessão de «O Prazer de Ler+», a realizar na próxima quarta feira - 13 de março - pelas 21:00 horas.



Maria Gertrudes Novais, algarvia e natural de Aljezur, reside em Almada desde 1973.
Ainda muito jovem, começou a mostrar inclinação para a poesia.
O seu primeiro livro "Poemas do Meu Sentir", surgiu à luz do dia em 1987, por iniciativa da Casa do Algarve do Concelho de Almada. Em 1988 publicou, "Jeito de Ser", uma nova colectãnea de poemas. Em 1991, por convite da Câmara Municipal de Aljezur, publicou o seu terceiro livro, "Magia do Sonho".
Participou em convívios e festas de solidariedade, sempre que a sua declamação foi solicitada. Ao longo destes anos, que já leva de alguma produção poética, viu o seu nome e muitos dos seus poemas serem incluídos em Antologias, Jornais e Revistas.
Em 2002 foi publicada a colectânea, "Poesia a Cinco Vozes da Margem Sul", de poetas que entre si partilhavam a vivência e a cultura do Sul do País. Em 2005 fez parte da Antologia de Poetas Almadenses, "Alma (da) Nossa Terra" e participou no livro, "Vidas na Corda Bamba", antologia da SCALA. Em 2006 fez parte do CD, "Poetas e Vozes d'Almada", apresentado durante o 1 o Encontro de Poetas Almadenses.
Em 2007 publicou "Uma Dúzia de Poemas", no nº 51 da colecção INDEX POESIS. Em 2009 publicou mais um livro de poemas, "Expressão Viva", editado pela SCALA com o apoio do Município de Almada.
Desde 2008 até à actualidade tem participado em várias antologias temáticas, editadas pelos "Poetas Almadenses" e pela SCALA.

Fonte:
Contracapa de "A Minha Janela"

Hiperligação:

José Fernando Vasco

«Cultivar o Mar»: a nova exposição bibliográfica BECRE


Na próxima segunda feira, 11 de março, abre a nova exposição bibliográfica BECRE, subordinada à temática «O Mar» e integrada na Semana da Leitura 2013. Todos os interessados encontrarão uma seleção de obras de literatura nacional e estrangeira, ensaios, periódicos,  BD e DVDs de ficção e não ficção.





Pode aceder ao catálogo aqui.

José Fernando Vasco

O Dia Internacional da Mulher 2013, segundo alunos de Marketing



Os alunos do primeiro e segundo ano do Curso Profissional de Técnico de Marketing assinalam o Dia Internacional da Mulher 2013 com um conjunto de cartazes expostos no corredor do Bloco A - 1º piso, em frente à BECRE.
Quatro desses cartazes foram selecionados e estão igualmente expostos na Área "Livro e Leitura" da Biblioteca Escolar.
Aos alunos que participaram e, em especial, a Tânia Freitas, Ana Malanho, Paulo Ribeiro e Andreia Oliveira, a Equipa BECRE endereça os parabéns pelo trabalho desenvolvido.

José Fernando Vasco

«Quinzena da Juventude 2013» em Almada


A Quinzena da Juventude tem a sua abertura no dia 8 de março, sexta-feira, com a associação juvenil anTUNiA a animar os Paços do Concelho com a já tradicional “Noite de Serenatas”, trazendo à cidade muitas outras Tunas convidadas.

No sábado a animação das tunas universitárias vai continuar com o “Passe Calles” percorrendo durante a tarde as ruas de Almada entre a Academia Almadense e a Praça S. João Batista.

O sábado, dia 9 de março, vai estar marcado por muitas outras atividades a decorrer em todo o Concelho e terás oportunidade de assistir a concertos nas duas Casas Municipais da Juventude, de participar em workshops e de assistir às inaugurações das exposições que irão estar patentes durante a Quinzena da Juventude.

Estas são apenas uma amostra das atividades que marcam a abertura da Quinzena da Juventude, mas muitas outras irão estar a decorrer de 8 a 23 de março.
 
Para consultares o calendário das atividades da QJ2013 , clica aqui.

O programa completo da QJ2013, está disponível para download, clica aqui.

Fonte:
Câmara Municipal de Almada

José Fernando Vasco

Exposição «Design Gráfico - Cacilhas-Tejo»

O Grupo de Artes Visuais da Escola Secundária de Cacilhas-Tejo tem o prazer de convidar a Comunidade Educativa para a inauguração da exposição "Design Gráfico - Cacilhas-Tejo", no dia 9 de março, pelas 17h, na Oficina da Cultura.
A exposição é constituída por uma seleção de projetos realizados nos últimos três anos letivos, no âmbito da Prova de Aptidão Profissional do Curso Profissional Técnico de Design Gráfico.
A exposição, integrada no programa da Quinzena da Juventude de Almada 2013, estará patente até dia 24 de março.

António Moreira
Coordenador  do Grupo de Artes Visuais

9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos

A Escola Secundária de Cacilhas Tejo participou no 9º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos realizado em Évora no passado dia 1 de março. Representaram a Escola os alunos João Lourenço (12º B) no jogo HEX e Ricardo Reis (12º B) no jogo AVANÇO.


Gregório Pirraça
Coordenador do Grupo 500

A integração em Portugal

A vida leva-nos sempre a fazer escolhas. Queremos sempre lutar por uma vida melhor, encontrar respostas para as nossas perguntas e queremos sempre conseguir os melhores resultados.
A integração num país estrangeiro não é fácil. Isto inclui um caminho de dificuldades, principalmente ao início.
Há quatro anos que chegámos a Portugal. Tivemos sorte, porque temos aqui a família que nos ajudou bastante.

Nós chegámos a um país estrangeiro e a primeira barreira para uma boa integração foi a comunicação. Para aprender uma língua estrangeira é preciso tempo e força de vontade. Senti-me mais integrada depois de ter aulas, pois o convívio com os professores e colegas muito contribuíram para facilitar a integração desejada. 
A necessidade e a procura de trabalho é a outra fase determinante para uma boa integração neste país.
O meu marido, de início, não trabalhava para o que estava preparado, mas quando alcançou o emprego desejado, sentimos que a integração se fazia naturalmente. Aconteceu o nascimento do nosso filho, educado na escola portuguesa, fala português e assim estamos contentes, embora nos lembremos sempre do nosso país e em especial da nossa família.
Também consegui trabalho e sinto-me respeitada e acarinhada, mas gostaria de ter um trabalho mais estável.
Sinto-me cada vez mais integrada neste país. Gosto muito de estar em Portugal, gosto muito da cidade onde moro – Almada. Conheço um pouco mais das tradições e cultura portuguesas.
Estou contente porque sempre que saio à rua encontro pessoas conhecidas. Estou contente porque tenho aqui muitos amigos moldavos, mas guardo sempre no meu coração o país onde eu nasci e tenho sempre saudades da minha família da Moldávia.

Valentina Besarab
(formanda da Moldávia, nível B 2)
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