No 1º centenário do Dia Internacional da Mulher, recordamos uma das maiores escritoras de todos os tempos.
Marguerite Yourcenar (1903-1987), escreveu entre outros verdadeiros clássicos da literatura mundial, "Alexis" (1929), "Contos orientais" (1938), "Obra ao negro" (1968) e o memorável "Memórias de Adriano" (1951), invocando a ímpar figura do imperador romano, nas suas virtudes e nas suas fraquezas. Quase cinquenta anos depois da sua primeira edição, "Memórias de Adriano" permanece no restrito grupo de livros insubstituíveis porque traça de forma admirável o retrato do imperador e, sobretudo, analisa com uma sensibilidade somente reservada aos maiores de todos nós, a condição masculina e a verdadeira natureza do poder.
«Há um único ponto em que me sinto superior ao comum dos homens: sou ao mesmo tempo mais livre e mais submisso que eles se atrevem a ser. Quase todos desconhecem igualmente a sua justa liberdade e a sua verdadeira servidão. Amaldiçoam as suas grilhetas; outras vezes, parece vangloriarem-se delas. Por outro lado, o seu tempo passa-se em vãos desregramentos; não sabem tecer, para si próprios, a mais ligeira sujeição. Por mim, procurei mais a liberdade que o poder, e o poder somente porque, em parte, favorecia a liberdade.»
Marguerite Yourcenar (1903-1987), escreveu entre outros verdadeiros clássicos da literatura mundial, "Alexis" (1929), "Contos orientais" (1938), "Obra ao negro" (1968) e o memorável "Memórias de Adriano" (1951), invocando a ímpar figura do imperador romano, nas suas virtudes e nas suas fraquezas. Quase cinquenta anos depois da sua primeira edição, "Memórias de Adriano" permanece no restrito grupo de livros insubstituíveis porque traça de forma admirável o retrato do imperador e, sobretudo, analisa com uma sensibilidade somente reservada aos maiores de todos nós, a condição masculina e a verdadeira natureza do poder.
«Há um único ponto em que me sinto superior ao comum dos homens: sou ao mesmo tempo mais livre e mais submisso que eles se atrevem a ser. Quase todos desconhecem igualmente a sua justa liberdade e a sua verdadeira servidão. Amaldiçoam as suas grilhetas; outras vezes, parece vangloriarem-se delas. Por outro lado, o seu tempo passa-se em vãos desregramentos; não sabem tecer, para si próprios, a mais ligeira sujeição. Por mim, procurei mais a liberdade que o poder, e o poder somente porque, em parte, favorecia a liberdade.»
disponível para consulta na BECRE
Marguerite Yourcenar, a par de Virginia Wolf, Marguerite Duras e outras notáveis escritoras e personalidades do século XX, faz parte do património da Humanidade ... todos os dias de cada um dos anos que pelas nossas vidas fluem.
José Fernando Vasco
Parabéns pelo extracto maravilhoso que escolheste sobre o poder, a liberdade e a humildade.
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