Há já várias semanas que se vem registando uma atividade acima do
normal na superfície do Sol, consistindo esta em conjuntos de explosões de
plasma solar ocorridas na superfície deste astro (coroa solar) e cujo material
libertado ultrapassa, por vezes, a órbita solar, atingido a Terra.
As“tempestades solares”, designação para este fenómeno
característico do Sol associado a mudanças repentinas no seu campo magnético, visíveis por intermédio do número e disposição das manchas solares, originam ventos
cósmicos carregados de partículas (p.e., electrões, protões, neutrões,
iões de hidrogénio e hélio) que podem deslocar-se a velocidades compreendidas entre
os 100Km/s e os 2500Km/s.
Ao entrarem na atmosfera terrestre, estas partículas solares podem afetar em diversos graus (dependendo da sua intensidade magnética) a distribuição da corrente elétrica, o sistema GPS e as comunicações por rádio satélite, bem como o transporte aéreo que está dependente destas comunicações. Também a sua colisão com o campo magnético da Terra, que protege o planeta destas agressões solares, pode desencadear trovoadas magnéticas ou auroras boreais.
A magnetosfera terrestre
A interação entre o campo
magnético terrestre e o vento solar dá origem à magnetosfera.
(imagem artística)
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A
última explosão solar aconteceu no passado dia 6 deste mês, mas tudo indica
cientificamente que a Terra continuará bem protegida pelo seu próprio campo
magnético.
A explosão solar do dia 6 de março de 2012 captada pelo Observatório Solar Dynamics (SDO) a 171 e 131 Angstrom de comprimento de onda.
As auroras boreais são um fenómenos óticos que resultam do impacto entre as
partículas de vento solar e a poeira espacial que se encontra na Via Láctea com
a alta atmosfera da Terra, conduzidas pelo campo magnético terrestre e sendo principalmente visíveis nas regiões polares. As imagens do vídeo referem-se à aurora boreal observada na Escandinávia (Noruega), como resultado da explosão solar de janeiro deste ano.
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Rosa Espada
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