O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.
Mostrar mensagens com a etiqueta Filosofia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Filosofia. Mostrar todas as mensagens

«A Utopia» de Thomas Morus, na perspetiva de um aluno

No âmbito da disciplina de Filosofia do 11º ano, os alunos analisaram uma obra à sua escolha, dentro de um conjunto de obras selecionadas pelos professores. Foi um trabalho faseado pelos três períodos que culminou na apresentação oral. O texto que a seguir se apresenta foi a base da apresentação oral do aluno Luís Branca, do 11ºD acerca da obra «A Utopia» de Thomas Morus.




Trabalho de Filosofia – História da Utopia – Poesia
Esta história que vos venho aqui contar está em formato de poesia
É uma obra de Thomas Morus e intitula-se de Utopia
O autor da obra teve a intenção de criticar a sociedade europeia
Mas de forma coerente e séria e não em brincadeira
Ideia de sociedade perfeita foi o que quis transmitir
O problema da obra está em ‘como a construir’
Apresenta-nos ao longo do livro várias soluções
Organização politica, regras sociais e outras condições

Bem, mas voltando ao livro que é o que me trás por cá
Vou-vos contar a história que não é nada má
A ilha da utopia é um lugar bastante diferente
Foi criada através da separação de um continente
Tem leis próprias e a sua organização social
Sem classes sociais e sem nenhuma outra nação igual


No Primeiro Livro, Morus apresenta as personagens principais
Rafael Hitlodeu e Pedro Gilles são os nomes ideais
Pedro Gilles é um amigo que Morus nos apresentou
Hitlodeu, um português navegador que a ilha encontrou
O livro é uma comparação entre as sociedades utopiana e europeia
Nomeadamente a Inglesa como vão entender através desta minha epopeia
Morus e Rafael começam os dois por nos contar
Uma conversa entre o português e um cardeal inglês para recordar
São debatidos diversos temas sobre Inglaterra como país
Vai desde a nobreza ao povo, do rico ao infeliz
É um país com altas taxas de criminalidade e pobreza
Enquanto uns deitavam fora outros não tinham comida na mesa
Tudo devido à exploração do povo por parte da nobreza
Ai ai, e a criminalidade crescente?
Era consequência da miséria existente
Digam-me vocês, o que nesta situação iriam fazer?
O povo não tinha outra opção senão roubar para sobreviver
Mas Rafael, iluminou-se e sugere ao cardeal
Que uma cedência de terrenos dos nobres era o ideal
Evitava o monopólio e criava empregos para os pobres
Desenvolvia a agricultura e enfraquecia um pouco os nobres
Para a criminalidade Rafael rejeitou a pena de morte
Diz que é injusta, e já viram o que é ver cabeças a rolar com um corte?
Ele diz ainda que é uma pena cruel para o roubo punir
Mas porém, bastante fraca para o impedir
Rafael argumenta, que se houvessem melhores condições de vida ninguém roubaria
Se houvesse igual porção de bens na sociedade, não haviam ladrões e ninguém morreria
Na ilha da Utopia todas estas propostas de Rafael conseguem uma aceitação
Funciona uma sociedade justa com iguais deveres e direitos para todo o cidadão
Ai a Utopia a Utopia, fundada por Utopos esse grande senhor
Era tramado para a pancada e era um homem com muito amor
Ele que separou a terra do continente
Com ajuda de soldados e indígenas, tudo muito boa gente
Na Utopia não existiam classes sociais e a riqueza pessoal era distribuída de igual maneira
De modo a que todos vivessem bem e tivessem uma carreira
Os Utopianos são ainda um povo aberto a novas culturas e civilizações
Instruindo-se assim com ciência e arte através da troca de conhecimentos entre as populações
Atualmente somos bastante diferentes dos Utopianos
Uns dizem que somos anjinhos outros dizem que somos tiranos
Os Utopianos tinham rotinas e não se cansavam de trabalhar
Nós preferimos a ‘caminha’ e ficamos a mandriar
O Utopiano é um ser que não é em nada preguiçoso
Nos somos o oposto de tal forma que chega a ser embaraçoso
Eles conseguem o trabalho e o descanso equilibrar
Nos lutamos para da cama nos conseguirmos levantar
Hoje em dia uns trabalham de mais e outros nem trabalham
Outros fabricam coisas desnecessárias e que só atrapalham
Depois temos aqueles opostos, uns descansam na sua riqueza
Os outros comem restos e mal se alimentam tal é a pobreza
A Utopia está organizada segundo os princípios utilitaristas
Ausência de dor e sofrimento gerando o bem comum, estes homens eram especialistas
Tudo está organizado de modo é que eles não tenham qualquer sofrimento ou dor
Desfrutam da felicidade de igual modo, com prazer e com muito amor
Na Utopia a igualdade económica é mantida com uma série de medidas
Iguala-se o poder económico de cada cidade e cidadão, ai ai, belas vidas
Há um equilíbrio constante, os que produzem demais ajudam os que produzem menos
Era como nos dias de hoje se os alemães ajudassem os romenos
Esta compensação é gratuita e garante equidade económica entre as cidades utopianas
Isto hoje era fácil, aplicavam-se estas medidas ao país em semanas


Esta família utopiana é um exemplo de sociedade perfeita
Se os políticos querem fazer algo de bom, têm neste livro a receita
Seguem princípios utilitaristas e todos os homens querem tornar iguais
Tanto em direitos como em deveres são todos proporcionais
Cada cidadão tem uma vida cómoda e cumpre as suas obrigações
Assim não têm de trabalhar demais e não têm preocupações
Morus mostra que os utopianos não se guiam por dinheiro e posses materiais
É uma sociedade onde não existem classes nem diferenças sociais
O autor apresenta ainda solução para os problemas das sociedades europeias
E em nada adiantou pois não passaram de ideias
Esqueceu-se que o homem é ambicioso e quer sempre mais e melhor que todos os outros
Assim me despeço meus caros, espero poder ver-vos noutros encontros
Termina assim a minha epopeia, faço votos para que tenham gostado
Voltem sempre que quiserem, espero não vos ter assustado
                                                                                            
Luís Branca
(aluno CCH - Línguas e Humanidades)
Sónia Lapa
 (texto introdutório)

Ciclo de Cinema - Matrix

Disponível para consulta na BECRE

Realização: Andy Wachowski, Larry Wachowski
Argumento:  Andy Wachowski, Larry Wachowski
Elenco:  Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Carrie-Anne Moss
Género: Ação|Aventura|Ficção Científica
Duração: 131 min
Ano: 1999

Thomas A. Anderson ou Neo é um entre os bilhões de seres humanos adormecidos. Vive na Matrix pensando que é a verdadeira realidade. A Neo, é oferecida a opção de se manter na sua vida quotidiana, confiando nos sentidos, ou ver a realidade e aprender o que é a Matrix. Neo aceita esta segunda via e, com Morpheus, compreenderá a verdade sobre o mundo real e sobre o destino da humanidade. No entanto, a Neo apenas é-lhe indicado o caminho da verdade, que terá de ser percorrido por ele.
O que posso saber? O que devo saber? O que posso esperar? O que é real? O que é a felicidade? O que é a mente? O que é liberdade, e como a obtemos? A inteligência artificial é possível? As respostas a essas perguntas levam-nos a explorar muitos dos principais ramos da filosofia, incluindo metafísica, epistemologia, ética, estética, filosofia da mente, filosofia da religião e filosofia política.
 
Fica lançado um desafio mais concreto: interpretar o filme à luz das filosofias de Platão e Descartes...

Cypher: Eu sei que este bife não existe. Eu sei que, quando o coloco na boca, a Matrix diz ao meu cérebro que o bife é suculento e delicioso. Depois de nove anos, sabe o que percebi? A ignorância é a felicidade.               (cena do restaurante em Matrix)
 
Hiperligações:

23 de janeiro de 2013
10:05 horas
Organização BECRE
Sónia Lapa
 

Ciclo Pensamento, Filosofia e Contemplação Artística - fevereiro a março de 2013


O ciclo Pensamento, Filosofia e Contemplação Artística resulta de um laboratório de pesquisa proposto pelo CCB/Fábrica das Artes ao Teatro do Silêncio, a Ana Silvestre (Biblioteca Mínima) e a Rita Pedro (Filosofia para Crianças) e que se debruça sobre o espanto, o impulso, a pergunta, como chaves da interpretação e reflexão artística e sua mediação. Este programa oferece espetáculos de pequeno formato e oficinas dirigidas a escolas, famílias e graúdos, assim como espaços de formação para educadores e artistas e um Encontro – debate em que os artistas partilham esta experiência.
Consulte programa
Fonte: CCB
Sónia Lapa

«O Eterno Retorno do Fascismo» de Rob Riemen

«O que caracteriza e define o fascismo? De que diferentes máscaras se reveste de um país para outro? Porque podemos afirmar que está hoje de regresso à Europa? Em que medida é a expressão de uma profunda crise da civilização? Que relação tem com o declínio dos valores espirituais? E com o triunfo do materialismo e do individualismo? Que responsabilidades têm as elites no seu ressurgimento? E como lutar contra a sua propagação? Num pequeno ensaio tão brilhante quanto militante, Rob Riemen, apoiado nas reflexões de grandes pensadores europeus — Camus, Thomas Mann, Nietzsche, Adorno, Paul Valéry — ajuda-nos a compreender (e a combater) melhor o fascismo, um mal dos nossos dias.»
Fonte:

Rob Riemen é um filósofo holandês e diretor do Instituto Nexus, sediado em Amsterdão e dedicado à reflexão intelectual e à inspiração do debate cultural e filosófico ocidental.

Hiperligações:

José Fernando Vasco

Matrix

«Notei, há alguns anos já, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradoiro nas ciências.»            
Descartes, Meditações sobre a filosofia primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p.105 

Disponível para consulta na BECRE

Realização: Andy Wachowski, Larry Wachowski
Argumento:  Andy Wachowski, Larry Wachowski
Elenco:  Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Carrie-Anne Moss
Género: Ação|Aventura|Ficção Científica
Duração: 131 min
Ano: 1999

Sinopse: Thomas A. Anderson é um entre os bilhões de seres humanos adormecidos. Neuralmente conectado à Matrix, ignorava que o mundo em que vivia é diferente do que parece. Nesse mundo simulado, ele vive uma vida dupla. Nas suas atividades legais, ele é um tranquilo programador para a companhia de software Metacortex. Mas Anderson também é um hacker, com o nome de "Neo", que penetra em sistemas de computador e rouba informações. Durante a sua vida como um hacker, Anderson descobre algo conhecido apenas como a "Matrix" que é descrita por Morpheus como uma vaga intuição de que Neo teve durante toda a sua vida: "que há algo de errado com o mundo".
 A Neo, é oferecida a opção de se manter na sua vida quotidiana, ou ver a realidade e aprender o que é a Matrix. Neo aceita aprender mais sobre a Matrix, e Morpheus diz a verdade sobre o mundo real e sobre o destino da humanidade. No início, Neo recusa-se a acreditar nele, mas finalmente percebe que a Matrix não é real e que não podia voltar atrás, não importa quanto queira. Depois de se recuperar do seu choque inicial, Morpheus também conta a Neo sobre a profecia do escolhido (the One) e de sua crença de que Neo é esse homem. No dia seguinte, Neo começa sua "formação", tornando-se especialista em muitas formas de combate, simplesmente carregando vários programas de treinamento diretamente em seu cérebro. Ele também recebe novas instruções de Morpheus, de como "libertar sua mente" e quão perigosos os agentes da Matrix podem ser.

Fonte:
Wikipédia

O que é a realidade? Pode o nosso mundo ser uma aparência? Poderá existir um Génio Maligno que constantemente nos engane? O que é a verdade? Teremos a coragem de pôr em dúvida todas as nossas certezas? Estas e outras questões filosóficas podem ser analisadas com o filme Matrix e relacionadas com as seguintes obras:

Disponíveis para consulta na BECRE e no domicílio

«[Sócrates:] - Depois disto (...) imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões.»                 
    Platão, República, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1980, Livro VII, p.317.


«Está gravada no meu espírito uma velha crença, segundo a qual existe um Deus que pode tudo e pelo qual fui criado tal como existo. Mas quem me garante que ele não procedeu de modo que não houvesse nem terra, nem céu, nem corpos extensos, nem figura, nem grandeza, nem lugar, e que, no entanto, tudo isto me parecesse existir tal como agora? (…) Porventura Deus não quis que eu me enganasse deste modo, ele que dizem que é sumamente bom (…).
Vou supor por consequência, não o Deus sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e astuto que pusesse toda a sua indústria em me enganar. Vou acreditar que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores não são mais do que ilusões de sonhos com que ele arma ciladas à minha credulidade.»
Descartes, Meditações sobre a filosofia primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p.110-114.


Sónia Lapa

Comemoração do Dia Internacional da Filosofia na ESCT

Cartaz por Bárbara Gonçalves
(CP - Design Gráfico)
No passado dia 15 de novembro comemorou-se, na ESCT, o Dia Internacional da Filosofia. Foram realizadas várias atividades, envolvendo turmas dos 10º, 11º anos de Filosofia e 3º ano de Área de Integração. Foi elaborado um mural da Filosofia, onde os alunos escreveram as suas definições de Filosofia, e organizaram-se três sessões de debate, a "FilmoSofia", em que se questionou a relação e a importância do cinema na Filosofia. Saliente-se ainda a dinamização do Grupo de Teatro da ESCT com a sua "Brigada Anti-Filosofia" que ao longo do dia, de um modo divertido, tentou convencer a comunidade educativa a não filosofar por ser uma atividade perigosa. Até ao fim do mês os alunos poderão ainda visitar, na BECRE, a "BiblioSofia", exposição de manuais, periódicos, DVD e obras de referência da história da Filosofia que resulta do empréstimo, pelos professores de Filosofia, e da seleção do acervo da BECRE.

"BiblioSofia"
Mural da Filosofia
"FilmoSofia"
Grupo de Teatro: "Brigada Anti-Filosofia"
Espaço de reflexões na sala dos professores 
"FilmoSofia"

Apresentam-se os dados estatísticos
referentes ao conjunto das atividades integradas nas
comemorações do Dia Internacional da Filosofia.


Hiperligações:
 Sónia Lapa

Dia Internacional da Filosofia: quinta feira, 15 de novembro de 2012

Cartaz elaborado por Bárbara Gonçalves do 2ºL
Em 2002, a UNESCO instituiu a celebração do Dia Internacional da Filosofia na terceira quinta-feira do mês de novembro de cada ano, ciente da importância que o questionamento filosófico assume para o diálogo entre os povos, onde cada um se deverá sentir livre de participar, segundo as suas convicções, em qualquer lugar, contribuindo para a progressiva tomada de consciência da nossa comunidade de condição: a humanidade.
Na Escola Secundária Cacilhas-Tejo o grupo de docentes de Filosofia irá promover um conjunto de atividades de modo a celebrar este dia. Assim, ao longo do dia haverá sessões de debate sobre a relação entre a filosofia e o cinema, que ocorrerão na BECRE, onde estará também patente uma exposição de obras de referência, manuais, periódicos cujo tema central é a filosofia. Esta exposição decorrerá até 30 de novembro. Os alunos irão construir um mural, no átrio junto à sala de professores, onde poderão expressar qual o significado e a importância da filosofia. E ainda poderemos contar com outras atividades...mas essas vão ser surpresa.
Para consultar o catálogo da exposição, clicar aqui.

Fonte: UNESCO
Sónia Lapa
Conceição Toscano
José Fernando Vasco


«Ciência e Iluminismo» de Thomas L. Hankins

Disponível para consulta na BECRE

«A Colecção História e Filosofia da Ciência põe à disposição do leitor português obras de história e filosofia das ciências da autoria de reputados especialistas internacionais; obras que aliam à modernidade do tratamento uma reconhecida consagração pela comunidade de estudiosos. Serão também publicados nesta colecção textos de autores portugueses que, pela temática tratada, sejam de particular interesse para o público nacional. Espera-se que o aparecimento desta colecção contribua, junto de alunos, docentes e público interessado, para estimular o estudo da evolução histórica das ciências e a reflexão sobre questões filosóficas correlacionadas.»

Fonte: contacapa
Rosa Espada 

«O Homem e a Natureza no Renascimento» de Allen G. Debus

Disponível para consulta na BECRE

«A Colecção História e Filosofia da Ciência põe à disposição do leitor português obras de história e filosofia das ciências da autoria de reputados especialistas internacionais; obras que aliam à modernidade do tratamento uma reconhecida consagração pela comunidade de estudiosos. Serão também publicados nesta colecção textos de autores portugueses que, pela temática tratada, sejam de particular interesse para o público nacional. Espera-se que o aparecimento desta colecção contribua, junto de alunos, docentes e público interessado, para estimular o estudo da evolução histórica das ciências e a reflexão sobre questões filosóficas correlacionadas.»

Fonte: contracapa
Rosa Espada

«A coragem de escolher» de Fernando Savater

Disponível para consulta na BECRE

«O que é que define o ser humano? Não os instintos ou a nossa dotação genética, tão semelhante ao dos outros animais, mas a nossa capacidade de decidir e inventar acções que transformam a realidade (...) e a nós mesmos. Essa disposição, chamada "liberdade", é a nossa condenação e também o fundamento do que consideramos e nossa dignidade racional [...]»

Fonte:
contracapa


José Fernando Vasco

Palestra Empreendedorismo pelo Professor Doutor Lopes Costa

"O mundo está a mudar e cada vez mais rápido". Esta foi uma das afirmações que deu o mote para a abordagem do empreendedorismo na palestra ocorrida no dia 12 de abril na BECRE. A palestra do Professor Doutor Lopes da Costa, do ISG (Instituto Superior de Gestão) do Grupo Lusófona, levou os alunos do 2ºK e do 2ºL a refletirem sobre a crescente automatização e globalização no mundo levando à problemática de como será trabalhar no futuro. 
A atitude empreendedora revela-se fundamental, no mundo de instabilidade e crise financeira que vivemos, quer para os que procuram emprego, quer para os que trabalham por conta própria ou por conta de outrem. Neste último caso o trabalhador, se não tiver uma atitude empreendedora, poderá ser compreendido não como um investimento para a empresa, mas como um custo, com as inevitáveis consequências que poderá trazer. 
Numa sociedade cada vez mais desmaterializada, com produtos cujos ciclos de vida são cada vez mais curtos, a estratégia apontada foi uma competitividade assente na inovação e na diferenciação. A visão estratégica é compreender o valor do bem para o cliente; o principal desafio é identificar as oportunidades de negócio e responder-lhes atempadamente. Uma última ideia sobre o empreendedorismo, apontando para o espírito criativo que se tem de ter, é a de que o grande obstáculo ao empreendedorismo não é a falta de dinheiro mas o não ter ideias. Para isso é necessário olhar o que nos rodeia e procurar ideias originais e estudá-las. No fim da palestra o Professor sugeriu que os alunos vissem o exemplo de Miguel Gonçalves, responsável pela Spark, uma agência  que desenvolve ações de formação, palestras e sessões de geração de ideias para empresas. Deixamos aqui a sua intervenção realizada no programa "Prós e Contras" da RTP1.


Divulgam-se os dados estatísticos referentes à avaliação da 
atividade «Empreendedorismo», integrada no Ciclo conferências.



Sónia Lapa

Congresso Internacional “Da Ficção à Filosofia, no Cinquentenário de Estrela Polar e Da Fenomenologia a Sartre" - 17, 18 e 19 de maio de 2012

O CEFi - Centro de Estudos de Filosofia da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, divulgando o labor de investigação no âmbito do “Seminário Internacional sobre Vergílio Ferreira”, organiza o Congresso Internacional “Da Ficção à Filosofia, no Cinquentenário de Estrela Polar e Da Fenomenologia a Sartre”, através do qual se possa reavivar a presença interpelante do infatigável escritor de “romances-problema”.
O CEFi endereça o convite à participação neste Congresso a todos os que se inquietam com o destino do ser humano.
Para mais informações sobre o evento e inscrições, visite o blog do Congresso em http://vergilioferreira.blogspot.com/
 Sónia Lapa

«Se eu fosse livre...»

E se eu fosse livre? Livre para praticar o meu desporto favorito desde a alvorada até ao cair da noite, livre para percorrer o mundo e ver o que ele de melhor tem para me oferecer.
Oh! Doce liberdade; incontáveis as vezes que me perdi no significado desta palavra; e as lágrimas derramadas pela sua ausência, afogam-me na tristeza.

Muitos preferem acreditar que são livres, e prendem-se a essa quimera ilusória. Eu sei que não sou livre! Mas se fosse... Seria mesmo capaz de fazer o que mais quero, enquanto a melancolia enche os olhos das pessoas acorrentadas, forçados a uma rotina monótona e cansativa, que lhes corrói, gradualmente, a vontade de viver?

Pergunto-me se me conseguiria manter alegre, sozinho no reluzente mundo, que, com toda a sua policromia, nos atrai do lado de fora desta intransponível barreira cinzenta. Nenhum de nós é livre nas suas acções, alguns apenas pensam que o são. O sistema político-social e monetário limita indirectamente as nossas acções. No entanto, nunca conseguirão acorrentar o meu pensamento! Não existem grilhetas suficientemente fortes para o conter.

Não! Não seria feliz, a liberdade apenas me entristeceria. Prefiro manter-me fiel aos meus ideais, e se for livre, então que seja livre de me enjaular ao lado dos ávidos soldados da paz, que me deixem lutar pela liberdade global, não só para mim, um mero e mortal indivíduo, mas para toda esta gloriosa espécie! Até lá, contento-me com um sonho, e com a simbologia que acompanha as minhas pequenas acções.

Não pertenço a ninguém, tal como espero que ninguém me pertença.

«A Liberdade»


A liberdade é... relativa. Na sua forma mais simples, o seu conceito traduz-se na ausência total de limitações e obrigações. Toma diversas formas, podendo referir-se à política, passando pela liberdade de expressão, de escolha, até à individual, sendo esta é intemporalmente precisa. Porém, é curiosamente complexa, visto que tem, a todo o momento, a necessidade de ser gerida pelo simples facto de não sobreviver na sua completa ausência ou excesso.

É quase inacreditável o quanto que por ela já se lutou, desejou, e o muito que ainda falta ser conquistado. Negar a liberdade a um ser humano, fazê-lo subordinar-se a um outro, é recusar-lhe o mais natural dos direitos, é recusar a sua própria dignidade, vontades, felicidade.

Por outro lado, é quase impossível o seu estabelecimento na sua mais natural e ilimitada natureza. Essa situação traduzir-se-ia, mais uma vez, na subordinação dos mais fracos aos mais fortes, resultante das buscas cegas de poder, tão características do ser humano, sendo necessário, para tal não acontecer, o estabelecimento de leis, não para limitar a liberdade de cada um, mais sim para preservá-la.

Jean-Paul Sartre afirmava que “O homem está condenado a ser livre” e esta é, muito provavelmente, a posição mais positiva a adotar. Por muitas correntes que aprisionem o corpo, por muitas duras ordens que sejam invocadas, por mais chicotadas sentidas na pele, até a um “escravo” não se consegue roubar a liberdade, pois nada o pode fazer pensar algo que este não queira; ninguém poderá silenciar os seus pensamentos, ninguém poderá apagar os seus sonhos, ninguém poderá limitar a sua imaginação.

Todos seremos livres, enquanto viajarmos com alma.
Ana Maria Pereira
(aluna CCH - Línguas e Humanidades)

Uma crónica a propósito de «Filosofia em Directo» de Desidério Murcho


O atual governo, desde um inenarrável secretário de estado da juventude que aconselhou os jovens desempregados portugueses a saírem da sua «zona de conforto» e a emigrarem (veja-se: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/secretario-de-estado-apela-a-jovens-para-emigrarem) até ao primeiro-ministro, tem sido pródigo em intervenções que se podem qualificar como autênticas pérolas argumentativas.

Recentemente o primeiro-ministro estabeleceu uma relação de causalidade entre a saída da crise e o empobrecimento (veja-se: http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id =32031). O seu argumento poderia ser assim exposto: se queremos sair da crise, temos de empobrecer; ora, queremos sair da crise; logo, temos de empobrecer. (Está bem de ver que o empobrecimento é uma realidade crescente e avassaladora; já a saída da crise…).

Por razões que aqui não cabe esclarecer, quem estuda filosofia sabe que aquele argumento passistacoelho é um argumento válido.

Quem estuda filosofia sabe também que a pergunta que aqui se deve fazer é esta: e é um argumento sólido? Trata-se de um bom argumento? Tem premissas verdadeiras e plausíveis?

Por mais que incomode a elite governante, a partir desta interrogação e colocação do problema abre-se todo um campo de discussão, de análise, de crítica, de aprofundamento das questões e das vias de superação da situação que vivemos; em suma, dá-se sentido à democracia.

As soluções (há sempre soluções, há sempre caminhos alternativos…) não serão fáceis, exigem estudo sério e trabalho persistente; exigem desde logo crítica corajosa contra a dogmática neoliberal dominante, rendida ao objectivo supremo de aumentar o lucro em detrimento do interesse público, do interesse e bem-estar da grande maioria das pessoas. Crítica que exponha o que está implícito nesta proposta de via milagrosa para o empobrecimento, leia-se, a via da regressão civilizacional, da perda de direitos, da marcha cega para o precipício.

Vem tudo isto a propósito do mais recente livro do filósofo Desidério Murcho, Filosofia em Directo (Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011), disponível na nossa BECRE. Trata-se de uma obra útil e sugestiva de introdução a alguns temas e problemas trabalhados pela investigação filosófica, alguns deles presentes no programa de filosofia do 10º e 11º anos de escolaridade.

Nesta obra pode ler-se a dado passo (p. 23):

«A liberdade de expressão, a menos que seja mero palavreado, é a liberdade de exprimir, ensinar e promover em público precisamente as ideias que não queremos ouvir. E é precisamente por isso que se pode defender que não devia haver liberdade de expressão; na verdade, só porque se tornou politicamente incorrecto atacar a liberdade é que muitas pessoas não a atacam directamente; mas atacam-na de facto sempre que defendem que certas ideias não deveriam ser publicamente expressas ― as ideias com que se ofendem.»

A citação suscita-nos um comentário.

Enquanto para alguns a filosofia é uma ocupação entediante para quem tem pouco que fazer.

Enquanto para outros a filosofia trata de matérias, no imediato, abstrusas, e, no mínimo, distantes da vida de todos os dias.

Enquanto ainda para outros sai-se da filosofia como nela se entrou, ou seja, ignorantes do seu sentido e alcance; (uma figura pública que vi há uns anos fazer uma observação deste género dá pelo nome de Duarte Lima…).

Para nós ― e o livro de Desidério Murcho também o mostra ― a filosofia é de princípio um exercício fundamental de questionamento do poder e das suas múltiplas instâncias, de todos os poderes, qualquer que seja a modalidade, a configuração, a coloração e a força que assumirem.

Razão, distância crítica, capacidade de entendimento do real, abertura para uma intervenção humana e humanizante ― eis alguns dos aspectos (agora está na moda dizer competências…) que a filosofia ajuda a fomentar e consolidar.

Percebe-se por que motivo a filosofia incomodou tanta gente no passado e continuará a importunar.
 
Artigo relacionado:
Pedro Santos Maia

Dia Internacional da Filosofia (17 de novembro)

Cartaz realizado por Pedro Barros
Curso Profissional de Design Gráfico, 3º ano
No dia 17 de novembro comemora-se o Dia Internacional da Filosofia, instituído pela UNESCO desde 2002. A comemoração ocorre sempre na terceira quinta-feira do mês de novembro e pretende valorizar a formação de cidadãos reflexivos, capazes de assumir posições e responsabilidades nos grandes problemas contemporâneos.

Porquê um dia da filosofia?
Muitos pensadores afirmam que o "espanto" é a raiz da filosofia. De facto, a filosofia deriva da tendência natural dos humanos para serem surpreendidos por eles mesmos e o mundo em que vivem.
Esta área, que se vê como uma forma de "sabedoria", ensina-nos a refletir sobre a própria reflexão, para continuamente questionar as verdades estabelecidas, para verificar hipóteses e encontrar conclusões.
Durante séculos, em cada cultura, a filosofia deu origem a conceitos, ideias e teorias e, por isso, fixou a base para o pensamento crítico, independente e criativo.
A UNESCO ao instituir o Dia da Filosofia pretendeu celebrar, em particular, a importância da reflexão filosófica, e incentivar as pessoas em todo o mundo a compartilhar a sua herança filosófica.
Para a UNESCO, a filosofia fornece as bases conceptuais de princípios e valores, fundamentos da paz mundial: democracia, direitos humanos, justiça e igualdade. A filosofia ajuda a consolidar essas fundações autênticas de coexistência pacífica.

Fonte: Unesco

Programa do Dia da Filosofia na ESCT

Dia 17 de novembro
(Manga entre os blocos A e B)

10h -18.00h:
- Exposição e projeção de trabalhos dos alunos.
- Jogos/concursos.
- Exposição-venda de livros de/sobre filosofia (colaboração com a Livraria Escriba).
- Elaboração do painel da filosofia.

15h20m:
- Exibição do filme “Ágora” (na BECRE)

Dia 18 de novembro
(Manga entre os blocos A e B; Sala de Professores)

10h -18.00h:
- Exposição e projeção de trabalhos dos alunos.
- Jogos/concursos.
- Exposição-venda de livros de/sobre filosofia (colaboração com a Livraria Escriba).

Hiperligações:
Sónia Lapa
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...