O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.
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«A República Mês a Mês» - textos de apoio

Disponível para consulta na BECRE
a partir de 19 de Julho de 2011

A Fundação Mário Soares e a Câmara Municipal de Lisboa, com o apoio da Comisão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, editou o caderno «Textos de Apoio»: um instrumento de complemento aos colóquios de 2010 e 2011, englobados na série «A República Mês a Mês» e que contém fontes importantes para o estudo e compreensão da I República. São particularmente significativas para a preparação de aulas de História A e para as aprendizagens dos alunos.

Entre outros recursos, o caderno contém:

*Texto de António José de Almeida de 01.09.1910
*Circular do Grande Oriente Lusitano Unido de 20.06.1910
*Excerto de «A revolução portuguesa 1907-1910» de Machado Santos
*Excerto da Lei da Separação do Estado das Igrejas
*Excerto da Constituição de 1911
*Texto de Bernardino Machado sobre "Instrução e Educação".
*Texto de Afonso Costa sobre "As contas do Estado..."
*Excerto da "Declaração de guerra da Alemanha a Portugal".
*Panfleto republicano contra a Monarquia do Norte
*Folheto de apresentação do Grupo Português de Estudos Feministas
*Editorial "A Nação" - Diário de Lisboa, 02.01.1926
*Texto de Bernardino Machado "A ditadura clerical militarista em Portugal" de c. 1929


Artigo relacionado:
«A I República e a História» no Salão Nobre da C.M. Lisboa

Hiperligação:
A República Mês a Mês

José Fernando Vasco


«A I República e a História» no Salão Nobre da C.M. Lisboa

Foto de Mário Neves
Com a presença do Presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (Artur Santos Silva), do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (António Costa), entre outras individualidades, Mário Soares e Fernando Rosas encerraram ontem o ciclo de colóquios, resultante de uma parceria entre a Fundação Mário Soares e a Câmara Municipal de Lisboa, com duas intervenções bastante aplaudidas pelos participantes que encheram o Salão Nobre da edilidade alfacinha.
Fernando Rosas elucidou os presentes sobre a historiografia em torno das temáticas relacionadas com a I República, destacando o preconceito que existiu durante o regime do Estado Novo, o nascimento de um movimento historiográfico atento às realidades republicanas - quer com os estudos pioneiros de A. H. Oliveira Marques quer com a atenção dedicada ao movimento operário por Pacheco Pereira, Vasco Pulido Valente ou Manuel Villaverde Cabral; e o novo fôlego resultante do início do processo de comemorações, primeiro com o centenário do Regicídio, depois com o da Revolução do 5 de Outubro, e que possibilitou uma verdadeira "explosão" de produção científica em torno da I República e que foi acompanhada por um conjunto de iniciativas de alto relevo, como foram as exposições na Cordoaria Nacional e na antiga Cadeia da Relação no Porto, a par dos inúmeros cursos, conferências e colóquios, muitos dos quais promovidos pela Fundação Mário Soares e pelo Instituto de História Contemporânea.
Mário Soares, utilizando a sua vasta experiência pessoal de contacto com as diversas oposições ao Estado Novo então existentes, reiterou a maioria das posições assumidas anteriormente por Fernando Rosas e de uma forma exemplar defendeu porque não se pode considerar senão o regime saído da Revolução do 25 de Abril como o da II República, dado o desprezo manifesto pelo Estado Novo em relação à I República, ao demo-liberalismo e às instituições parlamentares e político-partidárias. Relembrou ainda que foi num contexto de crise económica e financeira, resultante dos dois anos de Ditadura Militar, que o antigo ministro das Finanças António de Oliveira Salazar, pouco a pouco instituiu uma verdadeira ditadura, a qual os portugueses sofreram durante 46 anos (1928-1974). Pediu a todos os presentes que reflectissem sobre o passado, sobretudo tendo em conta as dificuldades do presente. Não deixou ainda de defender a Constituição de 1976 que, na sua opinião, não deve ser alterada.

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Hiperligações:
José Fernando Vasco

«100 anos de património»: os filmes

.«Integrada nas comemorações do centenário da República e contando com o apoio mecenático da Fundação EDP, o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e a colaboração de dezenas de entidades públicas e privadas, a Exposição 100 Anos de Património pretendeu reflectir a evolução dos conceitos e da prática no Património em Portugal, englobando os antecedentes pré-republicanos e evoluindo até à actualidade. A complexidade do tema ficou demonstrada na própria extensão da exposição, estruturada cronologicamente em cinco núcleos, procurando deixar espaço para outras abordagens e interpretações possíveis e chamando a atenção do visitante para dois aspectos fundamentais sempre presentes ao longo do tempo do Património - a memória, sem a qual não seria concebível o nosso presente e uma perspectiva de futuro, e a identidade, que nos permite reconhecermo-nos e reencontrarmo-nos nas nossas particularidades e nas nossas diferenças, num mundo gradualmente mais globalizado e uniformizado.»
.
A exposição estruturou-se nos seguintes núcleos apresentados agora em seis filmes que poderá visionar.

Filme 1 - Apresentação
Filme 2 - Os Fundamentos
Filme 3 - A República e Criação do Património (1910-1932)
Filme 4 - Os Monumentos da Nação: restaurar, restaurar, restaurar (1932-1964)
Filme 5 - Depois da Carta de Veneza ( 1964-1980)
Filme 6 - Sociedade, Cidadania e Modernização das Políticas do Património ( 1980-2010)

Fonte:
IGESPAR (Instituo de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico)

José Fernando Vasco

«O Escudo: a nova unidade monetária da República» na Casa da Moeda

Comissão Nacional para as Comemorações
do Centenário da República

Palácio Foz - Praça dos Restauradores
1250-187 LISBOA
T +351 213 405 500 / F +351 213 405 519

Fonte:
Centenário da República

José Fernando Vasco

Seminário - «Práticas Culturais e Municípios»

Cidades de atracção | Para além do local |
Práticas culturais e território | Cultura e representação

Portugal democrático entendeu a cultura como um factor de desenvolvimento dos cidadãos e do país. Assistiu-se, desta forma, ao irromper de novas práticas culturais, sobretudo urbanas e centralizadas, muitas vezes fruto de iniciativas de dimensão internacional. Mas o Estado central detecta, alertado também pelos sinais que lhe chegavam das estruturas locais, nomeadamente dos municípios, a necessidade de dotar o interior do país de equipamentos culturais. Assim, podemos hoje encontrar espalhados pelo território diversos equipamentos dependentes das autarquias, com valências diferenciadas e que vão dos arquivos às bibliotecas, dos cineteatros aos museus, centros culturais e auditórios, proporcionando o desenvolvimento de práticas culturais continuadas, algumas das quais inovadoras no panorama cultural português, e que vieram criar novas possibilidades ao dispor dos cidadãos, transformando os hábitos de consumo e de fruição cultural.
Sendo certo que se detectam fortes assimetrias na distribuição desses equipamentos, uma marcada sazonalidade em muitas actividades e que as práticas culturais são, muitas vezes, consideradas pelo poder político como secundárias, não é menos verdade que os autarcas encontraram no sector cultural a “última fronteira” que lhes permite desenhar uma nova paisagem, humana e cultural, para os seus municípios.
Neste contexto, complexo e em constante mudança, este Seminário procurará dar conta e reflectir sobre as diversas práticas culturais, a sua relação com os municípios, e ao mesmo tempo perceber, através da apresentação de estudos de caso, as dinâmicas que atravessam o território nacional e que constituem hoje, apesar da crise económica e financeira, um importante factor de desenvolvimento sustentado para Portugal.

Organização:
António Camões Gouveia, Carlos Vargas e Margarida Lages
FCSH/ UNL Departamento de História com o apoio do Observatório Político

Apoio institucional:
Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República

PROGRAMA

Quinta-feira, dia 19 de Maio 
(FCSH Sala Multiusos 2 – Edifício I&D, 4º andar)

 15h30
Recepção dos participantes


16h00
ABERTURA

Quando vês, o que vemos?
Diogo Ramada Curto. FCSH/ UNL
Paulo Catrica. Universidade de Westminster, Londres

 17h30-19h30
1.º Painel - CIDADES DE ATRACÇÃO


A candidatura do fado a património da humanidade
Rui Vieira Nery. Fundação Calouste Gulbenkian

 A candidatura da baixa pombalina a património da humanidade
João Mascarenhas Mateus. CES, Universidade de Coimbra

Guimarães, Capital Europeia da Cultura 2012
Francisca Abreu. Câmara Municipal de Guimarães

 Cidades criativas, atractividade e dinâmicas culturais sustentáveis
Pedro Costa. ISCTE, IUL

 Comentário
Raquel Henriques da Silva. FCSH/ UNL


20h00-22h00
2.º Painel - PARA ALÉM DO LOCAL


 O campo arqueológico de Mértola
Santiago Macias. Universidade de Coimbra

Práticas culturais e Tavira
Jorge Queiroz. Câmara Municipal de Tavira

 As Comédias do Minho
Helena Santos. Universidade do Porto e Cetac.media

 A conquista do espaço
Madalena Vitorino

 Comentário
Pedro Cardim. FCSH/ UNL

 Sexta-feira, dia 20 de Maio
(FCSH - Auditório 002 – Torre A)

 16h00-18h00
3.º Painel - PRÁTICAS CULTURAIS E TERRITÓRIO


 Óbidos Criativa
Miguel Silvestre. Câmara Municipal de Óbidos

Correntes D' Escritas: uma improbabilidade, um milagre
Manuela Ribeiro. Câmara Municipal da Póvoa de Varzim

 A cultura na cidade: responsabilidade e convicção
Carlos Vargas. FCSH/ UNL

 Comentário
Amélia Andrade. FCSH/ UNL

18h30-20h30
4.º Painel - CULTURA E REPRESENTAÇÃO


 Porto 2001. Capital Europeia da Cultura
Teresa Lago. Universidade do Porto

500 anos no Funchal: comemorações, práticas culturais e representação
Francisco Faria Paulino. Edicarte

 Edições: a possibilidade da memória
Margarida Lages. FCSH/ UNL

 As comemorações da República: os municípios
Maria Fernanda Rollo. FCSH/ UNL

Comentário
António Camões Gouveia. FCSH/ UNL
Cristina Montalvão Sarmento. FCSH/ UNL


Informações:
Av. de Berna, n.º 26 C | 1069-061 Lisboa
T. +351 217 908 325 | F. +351 217 908 308 | E-mail: historia@fcsh.unl.pt | www2.fcsh.unl.pt/deps/historia/

José Fernando Vasco

Exposição: «A Lei da Separação - Estado e Igrejas na República

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Comissão Nacional para as Comemorações
do Centenário da República

Palácio Foz
Praça dos Restauradores
1250-187 LISBOA
T +351 213 405 500
F +351 213 405 519

José Fernando Vasco

«Aljube: a voz das vítimas»


Comissão Nacional para as Comemorações
do Centenário da República

Palácio Foz
Praça dos Restauradores
1250-187 LISBOA

T +351 213 405 500
F +351 213 405 519

comissaorepublica@cnccr.pt
http://centenariorepublica.pt

José Fernando Vasco

«Memórias de Maria Veleda»

Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República
Palácio Foz. Praça dos Restauradores. 1250-187 LISBOA
T +351 213 405 500 / F +351 213 405 519

José Fernando Vasco

Ler História 59 - Repúblicas: culturas e práticas»

«Este número temático da revista Ler História, subordinado ao tema «Repúblicas: culturas e práticas», reúne uma colaboração ampla e diversificada.
Foi objectivo geral dos organizadores procurar alargar o campo de análise e de debate em torno do tema «repúblicas e republicanismos», com base em análises sobre as influências internacionais, a circulação de modelos e de práticas políticas, a partilha de referências culturais ou ideológicas.
Procurou-se ainda concretizar outros objectivos, principalmente a apresentação de alguns dos avanços mais significativos realizados pela recente historiografia sobre a I República portuguesa. Aqui, dois temas emergiram como particularmente fortes: os repertórios republicanos e a definição de projectos de transformação da sociedade em alguns domínios, como a religião, a educação, a habitação ou a agenda colonial. Por outro lado, considerou-se importante e necessária uma abertura à reflexão histórica sobre a inserção da I República Portuguesa no contexto internacional – uma reflexão já trabalhada mas que ainda apresenta espaço para aprofundamento, especialmente quando se procura ultrapassar as considerações já clássicas relativas à influência da III República Francesa sobre o projecto republicano em Portugal. O repto foi lançado, mas nem sempre foi possível obter resposta. De facto, ainda não chegou o tempo de uma verdadeira história comparada dos modelos republicanos, mas procurámos dar um passo nessa direcção, com inclusão de artigos que abordam as realidades turca e brasileira, para além dos que se referem aos contextos europeus, talvez mais conhecidos pelo leitor português, como é o caso da Itália, da França e da Espanha.
Os estudos aqui apresentados estão organizados em torno de três temas: Modelos Nacionais, Culturas e Formas de Politização e Programas e Acções. No primeiro grupo, reuniu-se um conjunto de estudos onde os autores analisam modelos e experiências republicanas em vários espaços nacionais, salientando a circulação de ideias e de paradigmas, os contágios e influências múltiplas entre diversos movimentos republicanos. Espanha, Itália, Brasil e Turquia são os espaços nacionais aqui percorridos. Sob o tema Culturas e Formas de Politização, agruparam-se estudos onde são colocados em evidência aspectos da cultura democrática-republicana. A opção por análises prolongadas no tempo permitiu realçar dinâmicas, mudanças e permanência, de fenómenos como a laicização e a leitura no feminino. Por último, no terceiro conjunto de estudos focam-se aspectos do projecto e das realizações da I República portuguesa, percorrendo aspectos como a educação, a construção de habitação social, a política colonial e a acção da Marinha.»

Fonte:
José Fernando Vasco

«O sol bailou ao meio-dia: a criação de Fátima» de Luís Reis Torgal



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COMISSÃO NACIONAL
PARA AS COMEMORAÇÕES
DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Palácio Foz
Praça dos Restauradores
1250-187 Lisboa
T. 213 405 500
F. 213 405 519

«A República e os Monárquicos»


Conferência «A República e os Monárquicos»
por Joaquim Romero Magalhães
24 de Março de 2011 às 18h00
Lisboa, Paços do Concelho | Entrada livre
 
José Fernando Vasco

«Educar: educação para todos - ensino na I República»

 

Exposição
EDUCAR. EDUCAÇÃO PARA TODOS. ENSINO NA I REPÚBLICA

ENTRADA LIVRE

Inauguração: 16 de Fevereiro às 17h00

Local: Palácio Valadares, Lisboa (Largo do Carmo)

Horário: todos os dias das 10h00 às 18h00, até 30 de Junho de 2011

Informações: http://centenariorepublica.pt/conteudo/expoeducar


Exposição organizada pela
Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República
com o apoio da Parque Escolar.

Com esta exposição pretende dar-se a conhecer, a um público vasto, a importância da obra republicana no ensino, realçando o alcance e as características das inovações introduzidas. A exposição desenvolve-se ao longo de onze salas onde serão abordados os aspectos mais significativos da acção republicana no ensino, percurso acompanhado por equipamentos multimédia que permitem estabelecer interactividade com os conteúdos expostos.
Fonte:
José Fernando Vasco

«A República e as colónias»


Colóquio «A República e as Colónias»
16 de Dezembro de 2010
Lisboa, Paços do Concelho | Entrada livre
O Ultimatum britânico de 1890 constituíu fonte essencial da afirmação republicana na vida pública portuguesa - entendida como reacção nacional e patriótica à humilhação sofrida.

Após a partilha de África pelas potências coloniais, consumada na Conferência de Berlim (1884-1885) e a exigência da "ocupação efectiva" em detrimento da "ocupação histórica", Portugal lançara, à semelhança de outros países europeus, diversas campanhas de exploração e de avassalamento dos povos do interior, culminando na organização de sucessivas campanhas militares de "conquista e pacificação ", tendo como objectivo a eliminação da resistência dos povos africanos.

É nessa conjuntura e por tais meios que verdadeiramente se estabelece um império colonial que, durante quase um século, irá marcar e frequentemente determinar a realidade política, social e económica do nosso país.

Herdeira desse "patriotismo colonial", a República ensaiou respostas que pretendiam corresponder a uma visão moderna e civilizadora das possessões que então constituíam esse império colonial - propugnando uma sua ocupação efectiva e duradoura por colonos brancos, objecto de diversas iniciativas de fixação. Tais orientações, aliás, encontraram correspondência na crescente divulgação da temática colonial, reforçando-se assim, na metrópole, um generalizado sentimento africanista e colonialista - que viria a ser retomado, em novos moldes, pelo Estado Novo.

A República promulgou as primeiras Cartas Orgânicas de cada uma das colónias, regulando a sua administração civil em termos mais descentralizados e com vista à autonomia gradual de algumas dessas possessões. Foram também adoptadas algumas providências legislativas em matéria de definição de diferentes categorias de indígenas (civilizados e não-civilizados) e em matéria de promoção do "trabalho livre". Do mesmo modo, foram criadas as "Missões Laicas" ou "Missões Coloniais" para substituir as missões católicas estrangeiras, entretanto banidas.

Ao mesmo tempo, prosseguiram as "campanhas de conquista e pacificação", tentando eliminar a resistência dos povos autóctones, datando dessa época algumas das maiores revoltas anti-coloniais, como a Revolta dos Dembos em Angola, a revolta dos Balantas e Mandingas na Guiné, a revolta do Manufai em Timor, etc., etc.

É neste contexto que será grandemente justificada a entrada do nosso país na I Guerra Mundial (para defesa das possessões coloniais, ameaçadas pelas investidas alemãs) e, posteriormente, louvada a permanência das possessões africanas sob administração portuguesa, como corolário do Tratado de Versalhes.

Este 11.º colóquio da série A República Mês a Mês, organizado em parceria pela Fundação Mário Soares e pela Câmara Municipal de Lisboa, é precisamente dedicado à abordagem desta temática, que ainda não conheceu os estudos que a sua importância impunha.

O Ultimatum britânico de 1890 constituíu fonte essencial da afirmação republicana na vida pública portuguesa - entendida como reacção nacional e patriótica à humilhação sofrida.

Após a partilha de África pelas potências coloniais, consumada na Conferência de Berlim (1884-1885) e a exigência da "ocupação efectiva" em detrimento da "ocupação histórica", Portugal lançara, à semelhança de outros países europeus, diversas campanhas de exploração e de avassalamento dos povos do interior, culminando na organização de sucessivas campanhas militares de "conquista e pacificação ", tendo como objectivo a eliminação da resistência dos povos africanos.

É nessa conjuntura e por tais meios que verdadeiramente se estabelece um império colonial que, durante quase um século, irá marcar e frequentemente determinar a realidade política, social e económica do nosso país.

Herdeira desse "patriotismo colonial", a República ensaiou respostas que pretendiam corresponder a uma visão moderna e civilizadora das possessões que então constituíam esse império colonial - propugnando uma sua ocupação efectiva e duradoura por colonos brancos, objecto de diversas iniciativas de fixação. Tais orientações, aliás, encontraram correspondência na crescente divulgação da temática colonial, reforçando-se assim, na metrópole, um generalizado sentimento africanista e colonialista - que viria a ser retomado, em novos moldes, pelo Estado Novo.

A República promulgou as primeiras Cartas Orgânicas de cada uma das colónias, regulando a sua administração civil em termos mais descentralizados e com vista à autonomia gradual de algumas dessas possessões. Foram também adoptadas algumas providências legislativas em matéria de definição de diferentes categorias de indígenas (civilizados e não-civilizados) e em matéria de promoção do "trabalho livre". Do mesmo modo, foram criadas as "Missões Laicas" ou "Missões Coloniais" para substituir as missões católicas estrangeiras, entretanto banidas.

Ao mesmo tempo, prosseguiram as "campanhas de conquista e pacificação", tentando eliminar a resistência dos povos autóctones, datando dessa época algumas das maiores revoltas anti-coloniais, como a Revolta dos Dembos em Angola, a revolta dos Balantas e Mandingas na Guiné, a revolta do Manufai em Timor, etc., etc.

É neste contexto que será grandemente justificada a entrada do nosso país na I Guerra Mundial (para defesa das possessões coloniais, ameaçadas pelas investidas alemãs) e, posteriormente, louvada a permanência das possessões africanas sob administração portuguesa, como corolário do Tratado de Versalhes.

Este 11.º colóquio da série A República Mês a Mês, organizado em parceria pela Fundação Mário Soares e pela Câmara Municipal de Lisboa, é precisamente dedicado à abordagem desta temática, que ainda não conheceu os estudos que a sua importância impunha.
O Ultimatum britânico de 1890 constituíu fonte essencial da afirmação republicana na vida pública portuguesa - entendida como reacção nacional e patriótica à humilhação sofrida.

Após a partilha de África pelas potências coloniais, consumada na Conferência de Berlim (1884-1885) e a exigência da "ocupação efectiva" em detrimento da "ocupação histórica", Portugal lançara, à semelhança de outros países europeus, diversas campanhas de exploração e de avassalamento dos povos do interior, culminando na organização de sucessivas campanhas militares de "conquista e pacificação ", tendo como objectivo a eliminação da resistência dos povos africanos.

É nessa conjuntura e por tais meios que verdadeiramente se estabelece um império colonial que, durante quase um século, irá marcar e frequentemente determinar a realidade política, social e económica do nosso país.

Herdeira desse "patriotismo colonial", a República ensaiou respostas que pretendiam corresponder a uma visão moderna e civilizadora das possessões que então constituíam esse império colonial - propugnando uma sua ocupação efectiva e duradoura por colonos brancos, objecto de diversas iniciativas de fixação. Tais orientações, aliás, encontraram correspondência na crescente divulgação da temática colonial, reforçando-se assim, na metrópole, um generalizado sentimento africanista e colonialista - que viria a ser retomado, em novos moldes, pelo Estado Novo.

A República promulgou as primeiras Cartas Orgânicas de cada uma das colónias, regulando a sua administração civil em termos mais descentralizados e com vista à autonomia gradual de algumas dessas possessões. Foram também adoptadas algumas providências legislativas em matéria de definição de diferentes categorias de indígenas (civilizados e não-civilizados) e em matéria de promoção do "trabalho livre". Do mesmo modo, foram criadas as "Missões Laicas" ou "Missões Coloniais" para substituir as missões católicas estrangeiras, entretanto banidas.

Ao mesmo tempo, prosseguiram as "campanhas de conquista e pacificação", tentando eliminar a resistência dos povos autóctones, datando dessa época algumas das maiores revoltas anti-coloniais, como a Revolta dos Dembos em Angola, a revolta dos Balantas e Mandingas na Guiné, a revolta do Manufai em Timor, etc., etc.

É neste contexto que será grandemente justificada a entrada do nosso país na I Guerra Mundial (para defesa das possessões coloniais, ameaçadas pelas investidas alemãs) e, posteriormente, louvada a permanência das possessões africanas sob administração portuguesa, como corolário do Tratado de Versalhes.

Este 11.º colóquio da série A República Mês a Mês, organizado em parceria pela Fundação Mário Soares e pela Câmara Municipal de Lisboa, é precisamente dedicado à abordagem desta temática, que ainda não conheceu os estudos que a sua importância impunha.

Fonte:
Centenário da República
Fundação Mário Soares - Conferências Mês a Mês

José Fernando Vasco

«Cinema em Portugal: os primeiros anos»




Enquadrada numa parceria com a
Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República
e a Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema,
o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa abre ao público
na próxima quinta feira, dia 9 de Dezembro, às 19 horas,
a exposição «Cinema em Portugal: os primeiros anos».

Das primeiras imagens em movimento aos alvores do cinema sonoro, a exposição percorre as primeiras décadas do cinema em Portugal, recordando a evolução da técnica e tecnologia envolvidas durante a I República. Dos primeiros espectáculos e primeiros filmes aos estúdios e rodagens, passando pelas salas e públicos e estrelas de cinema, sem esquecer os coleccionadores, mostram-se equipamentos, documentos e filmes, que são um testemunho, em Portugal, do nascimento fulgurante desta arte de multidões e da invenção de uma nova indústria no virar do século. Esta exposição pretende também ser um estímulo ao fomento de uma cultura histórica de base científica, um excelente ponto de partida para a divulgação da ciência e do seu impacto nas sociedades.

Período de exibição: 10 de Dezembro de 2010 a 29 de Maio de 2011
Local: Museus da Politécnica, Rua da Escola Politécnica, 58, 1250-102 Lisboa
Horário: Terça a Sexta das 10h às 17h, Sábados e Domingos das 11h às 18h
Contactos: Tel. 213 921 803, geral@museus.ul.pt, www.mc.ul.pt

Fonte:
José Fernando Vasco

«Mulheres na 1ª República» vs «Vivências Monárquicas» - Faces de Eva na ESCT


 Adelaide Cabete e Veva de Lima

Hoje, dia 26 de Novembro, pelas 15 horas, terá lugar a dupla conferência “ Mulheres na 1ª República versus Vivências Monárquicas”, com os oradores João Esteves e Maria Emília Stone do Centro de Estudos Sobre a Mulher - Faces de Eva/SOCINOVA.
Tem sido sempre preocupação da BECRE proporcionar à comunidade escolar uma perspectiva o mais abrangente possível de assuntos de interesse na nossa sociedade, indo além dos programas escolares. Assim, tendo este objectivo em mente, e porque estamos no ano do centenário da República, pensámos “Porque não trazer à escola uma visão do lado da História que muitas vezes é obnubilado nos manuais, se não mesmo totalmente esquecido – a participação das mulheres em momentos decisivos como o foi a Implantação da República?”
Para atingir este propósito convidámos dois elementos do Centro de Estudos Sobre Mulher -Faces de Eva, uma unidade de investigação criada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Este Centro teve origem num Projecto de Investigação com o mesmo nome, sediado no Instituto Pluridisciplinar de História das Ideias da mesma Faculdade. Rapidamente cresceu o número de membros e especialização dos mesmos, o que exigiu a criação de um Centro, algo que se concretizou no dia 3 de Maio de 2001, Este núcleo teve, desde então, estatutos próprios e objectivos que pretendia alcançar mediante acções concertadas de investigação, de formação e de divulgação. O Centro pôde, desde o início, congratular-se pela diversidade de áreas de saber que o enriquecem através dos colaboradores graduados, todos almejando o mesmo fim, e passa-se a citar do sítio:”A mulher esteve sempre presente na sociedade de múltiplas formas, sem que a sociedade guardasse a memória do seu contributo, que por ter sido silenciado não foi menos real. Só a transversalidade, resolvida na pluralidade das abordagens, a podia descobrir onde quer que ela se encontrasse.”

Assim surgiu o projecto Dicionário no Feminino, lançado a 8 de Março de 2005, um instrumento de consulta e uma ferramenta de trabalho imprescindível para os interessados na influência das mulheres no nosso mundo. Aqui, ganha vida todo um universo feminino, pois não só são tratadas as figuras singulares, como também as instituições por elas fundadas, periódicos integralmente da responsabilidade de mulheres e iniciativas. Urgia completar a nossa História e este dicionário é, sem dúvida, um contributo precioso.

Com objectivo similar o Centro edita semestralmente a revista Faces de Eva . Estudos sobre a mulher, cujo nº 24 será lançado no próximo dia 2 de Dezembro no Goethe Institut. De referir que o nº. 5 recebeu o Prémio Divulgação Elina Guimarães atribuído pelas ONG’s do Conselho Científico da CIDM.

As Faces de Eva, juntamente com a UMAR publicaram a agenda Feminista 2010, com revisão da responsabilidade de Maria Emília Stone, completamente dedicada às figuras femininas mais representativas da República.

Uma vez que o Centro considera de extrema importância não só a investigação, mas também a divulgação e partilha de conhecimentos, desde 1999 que está envolvido na organização de colóquios, cursos livres e neste momento é responsável por um curso de Mestrado nesta área.

Os oradores convidados, João Esteves e Maria Emília Stone, têm sido elementos extremamente interventivos em todas as iniciativas aqui referidas e os seus estudos pioneiros sobre as mulheres na primeira República (João Esteves) e monárquicas (Maria Emília Stone) têm-lhes valido vários convites para conferências em diversas zonas do nosso país, destacando-se, por exemplo as realizadas no âmbito do Ciclo de Conferência da Biblioteca- Museu República e Resistência em Lisboa. Apesar dos títulos das conferências não serem originais, o contacto com o público do ensino secundário será, certamente, uma novidade.

Ficamos a aguardar o contraponto que sabemos que será feito entre as duas realidades coevas e antagónicas: republicanas e monárquicas


Muito breve nota biográfica dos oradores:

João Esteves - Professor do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola E B 2,3 de São Bruno (Caxias); Licenciado em História pela F.L.L. (1983) e Mestre em História dos Séculos XIX e XX pela F.C.S.H. da U.N.L. (1988). É autor de livros, artigos e comunicações sobre o movimento feminista na 1.ª República e encontra-se a preparar o Doutoramento sobre a “Génese do Movimento Feminista em Portugal (1906-1928)”.

Algumas das suas OBRAS PUBLICADAS

ESTEVES, João Gomes, A Liga Republicana das Mulheres Portuguesas: uma organização política e feminista (1909-1919), Lisboa, CIDM, 1992.

ESTEVES, João Gomes, As origens do Sufragismo Português, Lisboa, Edições Bizâncio, 1998.

ESTEVES, João Gomes, "A fidelidade das mulheres republicanas a Afonso Costa: a Associação Feminina de Propaganda Democrática (1915-1916), Leituras, Revista da Biblioteca Nacional, nº. 3, Outono de 1998.

ESTEVES, João Gomes, Professoras e Educadoras na construção do Movimento Feminista em Portugal (1898-1928), Comunicação ao III Congresso Luso-Brasileiro de História da Educare, Coimbra, 2000.

ESTEVES, João Gomes, "VELEDA, Maria - 26/2/1871 (Faro) - 8/1/1955 (Lisboa)", in Dicionário de Educadores Portugueses, dir. António Nóvoa (no prelo).

ESTEVES, João Gomes, Os primórdios do feminismo português: a 1ª. década do século XX, Revista Penélope. Fazer e desfazer a História, nº 25..

(fonte: Associação de Professores de História)


Maria Emília Stone - Licenciou-se em História pela Universidade Autónoma de Lisboa, em 1987, onde é assistente do Curso de História do Departamento de Ciências Sociais e Humanas. Mestre em História Cultural e Política na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a dissertação O Abade de Medrões, Cidadão e Cristão.

Tem-se dedicado ao estudo de temas relacionados com a História Cultural e das Mentalidades nos séculos XVIII-XIX. Coordenou o Dicionário no Feminino, apresentou diversas comunicações, entre elas em dois cursos livres do Centro Faces de Eva subordinados ao tema “História e Historiografia”, participou no seminário internacional Barcelona 2009 "Mulheres na Guerra Anti-Napoleónica"; colaborou na Cátedra de Madrid subordinada ao tema "Heroínas e Patriotas, as mulheres de 1808"; foi revisora da "Agenda feminista de 2010", sobre as republicanas, resultante de estreita colaboração entre o Centro Faces de Eva e UMAR e colaborou nos "Roteiros Feministas", também da responsabilidade da UMAR e Faces de Eva.

Cristina Oliveira

«A República foi ao Teatro»

Exposição - A República foi ao Teatro

Local - Lisboa, Museu Nacional do Teatro
Inauguração - 25.11.2010 - 18:00 horas
Período de exibição - 25.11.2010 a 29.05.2011
Horários:
4ª Feira a Domingo, das 10h-18h.
3ª Feira, das 14h-18h.
Encerra à 2ª Feira.

Em 1910, o Teatro era o centro de toda a actividade cultural, artística e lúdica da sociedade portuguesa e europeia. As artes do palco, do teatro de revista ao grande teatro lírico eram, ainda, a única “indústria do espectáculo” e de diversão “artística ou cultural” verdadeiramente existente (o cinema estava a dar os seus primeiros passos e os concertos de música ou os espectáculos de dança não tinham, ainda, a expressão que irão mais tarde atingir), nelas se reflectindo, directa e indirectamente, a vida social, as tensões e os problemas sociais, a intriga e o combate político e, até, a vida amorosa, mais ou menos clandestina.
 

Fonte:
Centenário da República
José Fernando Vasco
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