«A magia das palavras em simbiose com os sentimentos do poeta»: as palavras de Maria Gertrudes Novais, para o prefácio do primeiro livro de poemas de Luís Alves, traduzem o que se pode esperar da 9ª sessão de «O Prazer de Ler+», o programa de promoção do livro e da leitura, co-organizado pela BECRE e pelo CNO de Cacilhas.
A sessão do próximo dia 12 de dezembro (19:30 horas) contará, uma vez mais, com a colaboração de «Poetas Almadenses», a quem agradecemos a disponibilidade, a colaboração e o entusiasmo.
O autor apresenta-se:
«Chamo-me Luís Alves, nasci a 30-08-1944 em Vale de Prados, uma aldeia do concelho de Mirandela.
Filho de lavradores analfabetos, cedo tive a ideia de partir e quem viveu os anos 50-60 sabe como foram duros esses tempos.
Deixei minha terra contrariando pai, mãe e toda a família. Vim para Lisboa um pouco à deriva, tinha, então, 18 anos.
Sozinho, não foi fácil a adaptação. A minha 4.ª classe não dava senão para moço de fretes. Passei por muito, mas a vida foi melhorando (sempre com a estrelinha da sorte) e depressa adotei esta Lisboa como se aqui nascesse, nunca esquecendo o meu povo e as minhas raízes.
Casei, tenho duas filhas e dois netos que são o meu orgulho. Já casado fui estudante trabalhador até ao 7.º ano (antigo). Ainda fui ao exame ADOC, mas entretanto vim trabalhar para Almada (morava em Odivelas) e os horários não eram compatíveis para continuar os estudos na faculdade.
Trabalhei neste concelho durante trinta anos, em vendas ao comércio. Também vivo deste lado há uns bons anos.
A escrita propriamente dita começou a sério há três anos atrás, mas o bichinho já vinha de longe. Recordo as noites de sábados e como ficava estarrecido a ouvir o João Vilaret com o seu Fado Falado, Procissão e outros.
Gosto da poesia de Manuel da Fonseca, Eugénio de Andrade, Ary dos Santos, Alexandre O’Neil, Vasco de Lima Couto e outros.
Agora, reformado, a poesia faz parte da minha vida. Já que o corpo parou, que a mente não pare. Deste modo assim nasceu o sonho da “Magia do Sentir”, o meu primeiro livro que, espero, nãos seja o último.»
José Fernando Vasco
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