O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Uma interação rara: Gorila da montanha beija humano


No Parque Nacional de Bwindi, no Uganda, um turista norte-americano foi abordado por um grupo de gorilas adultos e suas crias enquanto gravava imagens do local. O vídeo, divulgado há semanas no YouTube, já foi observado por mais de um milhão de pessoas (os gorilas aparecem após 1:04 minutos de visualização).
Ao verem o homem sentado na berma, os gorilas-da-montanha (Gorilla beringei beringei) fizeram uma paragem. A dada altura, uma fêmea aproxima-se e dá um "beijo" na face do turista.
Situado nas montanhas do extremo sudoeste do Uganda, à beira do Vale do Rift, junto à fronteira com a República Democrática do Congo e cobrindo uma área de 32 mil hectares, o Parque Nacional de Bwindi contém uma população considerável de gorilas-da-montanha em estado selvagem, uma espécie em vias de extinção (a contagem de 2006 deu conta de cerca de 340 indivíduos).

Alguns dados sobre os gorilas-da-montanha:
Nome popular: Gorila da Montanha
Nome Científico: Gorilla gorilla beringei Distribuição geográfica: Este do Zaire, Ruanda, Uganda, a altitudes entre os 1600 m e os 4000 m.
Habitat natural: Florestas tropicais secundárias.
Hábitos alimentares: Os gorilas são animais predominantemente herbívoros, alimentando-se de folhas e rebentos.
Tamanho: Macho: média de altura de 1,70 metros; Fêmea: média de altura de 1,50 metros.
Peso: Macho: 160 kg; Fêmea: 90 kg (em liberdade).
Período de gestação: 250-270 dias
Número de crias: 1, gémeos raros
Tempo médio de vida: 35 anos
Estado de conservação da espécie: Esta espécie encontra-se em perigo de extinção, devido à caça e à destruição do seu habitat natural.

Hiperligações:
Parque Nacional de Bwindi
Gorila - Wikipedia
International Gorilla Conservation Programme (IGCP)
Rosa Espada


William Turner (2ª edição)

William Turner
(1775-1851)

O mais importante pintor britânico do século XIX
e um dos maiores paisagistas de todos os tempos na arte mundial

Joseph Mallord William Turner (23 de abril de 1775 - 19 Dezembro 1851) foi um pintor paisagista romântico, aquarelista e gravurista, cujo estilo lançou as bases para o impressionismo.
Embora Turner tenha sido uma figura controversa na sua época, é considerado o artista que elevou a pintura de paisagem, rivalizando com a pintura de temática histórica.
O seu trabalho foi exibido quando ele ainda era um adolescente. A sua vida inteira foi dedicada à arte. Ao contrário de muitos artistas do seu tempo, foi bem sucedido ao longo de sua carreira.
William Turner deixou mais de 19.000 aquarelas, desenhos e óleos para a nação britânica. A maioria desses trabalhos estão na National Gallery e Tate Gallery, em Londres.

Fonte:

Disponível para consulta na BECRE


Slideshow
William Turner


Bibliografia recomendada e disponível
para consulta na BECRE


Artigo relacionado:

Hiperligações:

José Fernando Vasco

Património industrial de Cacilhas: As memórias do trabalho

Graças a amável oferta da Junta de Freguesia de Cacilhas o acervo da nossa BECRE foi reforçado com uma obra que reflete cerca de quatro décadas de trabalho industrial na área da reparação naval em Cacilhas.

«SORENA - 44 anos entre Cacilhas e o Ginjal, uma história com muitas estórias», da autoria de Augusto Flor, Ivone Marques e Violeta Morais, apresenta-se com um elenco de testemunhos de vidas do meio laboral. Para além  da história da Sociedade de Reparação de Navios o trabalho revive igualmente toda a indústria naval no concelho de Almada (a partir do relacionamento com outras empresas, CPP, H. Parry & Son, Arsenal do Alfeite, Lisnave) e a nível distrital e nacional (Setenave, Estaleiros Navais de Pedrouços), reconhecendo o valor destas memórias e saber-fazer, "enquanto património social, cultural, tecnológico e económico extremamente relevante a nível local, regional e nacional."(da obra)

O livro apresenta as perspetivas de abordagem dos seus autores (da área da antropologia e da história), permitindo a perceção de vertentes diversas de um património industrial, não esquecendo os fatores humanos e sociais, para além da transmissão dos conhecimentos técnicos. Este estudo e divulgação socorreu-se dos testemunhos dos intervenientes diretos (através das narrativas de 70 trabalhadores) e registos materiais, nomeadamente fotografias e documentos pessoais e empresariais. A vida em Cacilhas e no Ginjal também nos aparece retratada durante a existência da empresa, assim como o ambiente social e político da época.

Ao longo de 12 capítulos a estrutura da obra é a seguinte:
I.A sociedade portuguesa nos anos 40
II.A propriedade dos meios de produção
III.44 anos em Cacilhas
IV.A disciplina, o poder e o medo
V.As Secções, seus trabalhadores e suas estórias
VI.Identidade sociológica e antropológica
VII.O 25 de Abril de 1974
VIII.Alfabetização
IX.O Grupo Desportivo dos Trabalhadores
X.Nós e os outros - a solidariedade operária
XI.A amizade permanece
XII.Visita guiada à SORENA pelo Mestre Júlio Dinis

Certamente um valioso contributo para o nosso fundo local e um excelente recurso para a comunidade de utentes.

Conceição Toscano

Ciberescola da Língua Portuguesa

Comunidade de Leitores e a paixão pelo oriente, através de Hesse e Yourcenar


Na passada quarta feira, ao longo de cerca de duas horas, a Comunidade de Leitores da ES Cacilhas-Tejo reuniu-se uma vez mais na BECRE para analisar e debater duas obras de dois dos escritores mais importantes do século XX: «Siddharta» de Herman Hesse e «Contos orientais» de Marguerite Yourcenar. Enquanto os presentes escutavam em fundo «Close To The Edge» da banda britânica Yes, um dos membros da Comunidade de Leitores partilhou a sua leitura de «Siddharta», livro esse que marcou a nossa companheira de leituras em diversas fases da sua vida pessoal. Temáticas como o despojamento material, físico e mental; o papel do sofrimento individual na busca de uma verdade interior e pessoal ou a percepção da sabedoria enquanto caminho a trilhar individualmente, proporcionaram o debate em torno da "oposição" ocidente materialista/oriente espiritual e da busca incessante do sentido da existência. O conceito de verdade (e do seu caráter relativo) foi debatido a partir de uma reprodução de um quadro de René Magritte («Ceci n'est pas une pipe") e de uma frase de Ghandi.

A apresentação de «Contos Orientais», e em especial de «A salvação de Wang Fô» foi feita em articulação com a essência do livro de Hermann Hesse e, nesse sentido, aprofundou algumas das constantes no debate em torno dos dois livros: a busca do sentido e da essência de nós próprios e do mundo que nos rodeia; e a incessante confrontação entre o material e o espiritual. Como pano de fundo, a eterna atração que o misticismo oriental sempre despertou na mentalidade e consciência ocidentais.

..........................................................................................................................

 Divulgamos os dados estatísticos de avaliação referentes a
esta sessão da Comunidade de Leitores.


Jogos matemáticos IV - Avanço


No jogo Avanço, ganha o jogador que chegar com uma das suas peças à primeira linha do adversário.
Criado por Dan Troyka em 2000, utiliza um tabuleiro quadrado de 7 por 7 casas, com 14 peças para cada jogador em situação de início de partida.
Mais apontamentos sobre este jogo poderão ser consultados em: AVANÇO.

Artigos relacionados:
Jogos matemáticos II (Torre de Hanói)
Rosa Espada

Gradiva: Coleção «O Prazer da Matemática»


Desenvolver uma atitude favorável face à matemática criando o gosto por esta disciplina, organizar o processo de ensino-aprendizagem de uma forma lógica com base nos princípios pedagógicos que subjazem ao desenvolvimento do pensamento matemático e desenvolver a capacidade de comunicação matemática e da sua aplicação a situações da vida real, constituem os principais objectivos da reconhecida coleção editada pela Gradiva - O Prazer da Matemática - e da qual a BECRE possui diversos volumes à espera de serem consultados. Para professores e alunos dos 7 aos 77 anos. 








 Rosa Espada


Historypin: Do que somos ao que fazemos



Viajar até ao passado ou ajudar a construir a história de todos nós é mais uma aposta ganha com a participação da multinacional Google Maps no projeto da empresa britânica We Are What We Do. Em Historypin um extraordinário arquivo fotográfico vai nascendo com a colaboração de qualquer cidadão. Podem acrescentar-se fotografias ou procurá-las por datas e/ou através do mapa mundo, ou, ainda, escolher um determinado local e comparar diversas fotos de datas diferentes da mesma área geográfica.
São mais de 55 mil fotografias, de todos os pontos do globo, que contam a história recente do mundo desde o início do século XIX até aos dias de hoje. O objectivo é criar o maior banco de imagens históricas do mundo.

Para aceder a esta aplicação clique em: Historypin

Uma fotografia presente em Historypin, mostrando uma partida de atletismo (marcha) nos Jogos Olímpicos de 1908 realizados em Londres (White City Stadium). A estranheza maior talvez resida nas bancadas, que se mostram praticamente vazias. 

Rosa Espada

Novos manifestantes, novos espaços - hacktivismo

O Nº 191 do Courrier internacional está disponível para consultar na BECRE.
Em destaque, como tema de capa - A hora do hacktivismo.

«O irresistível apelo da pirataria» - Protestos, muitas vezes ilegais, são praticados por grupos de piratas informáticos, como o Anonymous ou o LulzSec; o ciberespaço prolonga a realidade física e torna-se plataforma de luta política.

«A era do iluminismo digital» - "Os clubes de piratas informáticos (hackerspaces) têm poder para mudar o mundo, explica um jornalista especializado na área das tecnologias de informação".

«Uma arma inesperada para o cibercrime» - o novo fenómeno informático, o cloud computing, levanta inquietações de variada ordem. Não rejeitando o progresso, há que "ter os olhos bem abertos e não embarcar de olhos fechados no Admirável Mundo Novo, não vá este transformar-se em Mil Novecentos e Oitenta e Quatro" (Richard  Stallman).

A ler igualmente:

Portugal - biografia: «Um olhar brasileiro sobre Pessoa» - Alguns factos inéditos são apresentados, contrariando escritos até agora publicados.

Economia: «A morte do capitalismo de cavalheiros»

Ciência e tecnologia - tecnologia: «O 'Big Brother' aperfeiçoa-se» - Novos dispositivos permitem maior controlo.

Ciência e tecnologia - genética: «Viagem aos laboratórios de biotecnologia» - A nova forma de ultrapassar a crise alimentar global, a partir de culturas capazes de superar as dificuldades, quer dos ambientes hostis, mas também como possibilidade de um aumento da produtividade.
Conceição Toscano

Etta James (1938-2012)


Adeus, Etta James!
Boa viagem até ao Olimpo das grandes vozes do século XX!

At Last (1960)

Compositores:
Mack Gordon, Harry Warren

 

Hiperligação:
José Fernando Vasco

Óscares 2012 - as nomeações


Melhor Filme
O Artista - Os Descendentes - Extremely Loud & Incredibly Close - The Help - Hugo - Midnight in Paris - Moneyball - A Árvore da Vida - War Horse

Melhor Ator Principal
Demián Bichir (A Better Life) - George Clooney (Os Descendentes) - Jean Dujardin (O Artista) - Gary Oldman (Tinker Tailor Soldier Spy) - Brad Pitt (Moneyball)

Melhor Atriz Principal
Glenn Close (Albert Nobbs) - Viola Davis (The Help) - Rooney Mara (Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres) - Meryl Streep (The Iron Lady) - Michelle Williams (My Week With Marilyn)

Melhor Ator Secundário
Kenneth Branagh (My Week With Marilyn) - Jonah Hill (Moneyball) - Nick Nolte (Warrior) - Christopher Plummer (Beginners) - Max von Snydow (Extremely Loud & Incredibly Close)

Melhor Atriz Secundária
Bérénice Bejo (O Artista) - Jessica Chastain (The Help) - Melissa McCarthy (Bridesmaid) - Janet McTeer (Albert Nobbs) - Octavia Spencer (The Help)



Melhor Filme de Animação
A Cat in Paris - Chico & Rita - Kung Fu Panda 2 - Puss in Boots - Rango

Cinematografia
O Artista - Millennium 1. Os Homens que Odeiam as Mulheres -
Hugo - A Árvore da Vida - War Horse

Melhor Realizador
O Artista (Michael Hazanavicius) - Os Descendentes (Alexander Payne) - Hugo (Martin Scorsese) -
Midnight in Paris (Woody Allen) - A Árvore da Vida (Terrence Malick)

Melhor Documentário
Hell and Back Again - If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front - Paradise Lost 3: Purgatory - Pina - Undefeated

Filme em Língua Estrangeira
Bullhead (Bélgica) - Monsieur Lazhar (Canadá) - A Separation (Irão) - Footnote (Israel) - In Darkness (Polónia)

Música (Trilha Original)
The Adventures of Tintin - O Artista - Hugo - Tinker Tailor Soldier Spy - War Horse

Música (Canção Original)
Man or Muppet (The Muppets) - Real in Rio (Rio)

Efeitos Especiais
Harry Potter and the Deathly Hallows Part 2 - Hugo - Real Steel - Rise of the Planet of the Apes - Transformers: Dark of the Moon

Melhor Argumento Adaptado
Os Descendentes - Hugo - Os Idos de Março - Moneyball - Tinker Tailor Soldier Spy

Melhor Argumento Original
O Artista - Bridesmaids - Margin Call - Midnight in Paris - A Separation

Fonte:
Blitz

José Fernando Vasco

Ciclo Docs: «Grandes Livros - Almeida Garrett» (avaliação)


Divulgam-se os dados estatísticos referentes à avaliação da
atividade «Grandes Livros - Ciclo Docs»,
integrada no Ciclo Docs.

Artigo relacionado:

Almeida Garrett e o Romantismo em Portugal



José Fernando Vasco

Aparelho de Ingenhouss


Trata-se de um aparelho para mostrar a condutividade térmica em diferentes materiais. É composto por um vaso cilíndrico de vidro com uma tampa metálica. Esta tampa possui seis orifícios tapados por rolhas de cortiça atravessadas por uma haste cilíndrica de material diferente: vidro, latão, madeira, cobre, ferro e chumbo. As seis hastes entram parcialmente dentro do vaso, sendo a metade exterior coberta por cera amarela que funde a 61ºC. Enchendo o vaso com água a ferver de tal modo que as extremidades inferiores das hastes apenas penetrem alguns milímetros dentro da água, ficando assim todas à mesma temperatura, observa-se que a cera funde mais depressa nas hastes metálicas até uma certa distância, o mesmo não acontecendo com as não metálicas. Verifica-se, assim, a condutibilidade dos diferentes metais e mostra-se que o calor se propaga mais rapidamente nos metais do que nos outros materiais. O nome deste aparelho deriva do nome do médico holandês que o inventou em finais do século XVIII: John Ingenhouss (1730-1799).

Rosa Espada

«Dicionário de Luís de Camões» sob coordenação de Vítor Aguiar e Silva

Sob coordenação de Vítor Aguiar e Silva, professor jubilado da Universidade do Minho, membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa e doutor honoris causa da Universidade de Lisboa, o «Dicionário de Luís de Camões» proporciona ao leitor «informação abundante, rigorosa e atualizada sobre a biografia, a obra lírica, épica, dramatúrgica e epistolar de Camões, sobre a sua contextualização histórico-literária, sobre os seus problemas filológicos, sobre a influência e a crítica camonianas nos diversos períodos da literatura portuguesa e, numa perspetiva comparatista, sobre a receção de Camões nas principais literaturas mundiais, desde a espanhola à brasileira e à norte-americana. É cocedida especial atenção à relevância da tradição clássica na obra de Camões e às relações sobretudo da sua poesia lírica e épica com a literatura castelhana e com a literatura italiana dos séculos XV e XVI. [...] A bibliografia que acompanha os artigos do Dicionário, criteriosamente selecionada, é um valioso instrumento de informação para os leitores e estudiosos da obra do maior poeta da língua portuguesa.»

Fonte:
Badana lateral direita de «Dicionário de Luís de Camões»

Artigo relacionado:
Luís Vaz de Camões e «Os Lusíadas» (2ª edição)
José Fernando Vasco

Almeida Garrett e o Romantismo em Portugal

«João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu em 1799 no Porto e faleceu em Lisboa em 1854 .
É provavelmente o escritor português mais completo de todo o século XIX, porquanto nos deixou obras-primas na poesia, no teatro e na prosa, inovando a escrita e a composição em cada um destes géneros literários.

A vida
Na infância recebeu uma formação religiosa e clássica.
Concluiu o curso de Direito em Coimbra, onde aderiu aos ideais do liberalismo.
Em 1823, após a subida ao poder dos absolutistas, é obrigado a exilar-se em Inglaterra onde inicia o estudo do romantismo (inglês), movimento artístico-literário então já dominante na Europa.
Regressa em 1826 e passa a participar na vida política; mas tem de exilar-se novamente em Inglaterra em 1828, depois da contra-revolução de D. Miguel. Em 1832, na Ilha Terceira, incorpora-se no exército liberal de D. Pedro IV e participa no cerco do Porto.
Exerceu funções diplomáticas em Londres, em Paris e em Bruxelas. Após a Revolução de Setembro (1836) foi Inspector Geral dos Teatros e fundou o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Nacional.
Com a ditadura cabralista (1842), Garrett é posto à margem da política e inicia o período mais fecundo da sua produção literária. Durante a Regeneração (1851) recebe o título de visconde e é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros.

A obra
Tem o grande mérito de ser o introdutor do Romantismo em Portugal ao nível da criação textual - processo que iniciou com os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826).
Ainda no domínio da poesia são de destacar o Romanceiro (recolha de poesias de tradição popular cujo 1.º volume sai em 1843), Flores sem Fruto (1845) e a obra-prima da poesia romântica portuguesa Folhas Caídas (1853) que nos dá um novo lirismo amoroso.
Na prosa, saliente-se O Arco de Sant'Ana (1.º vol. em 1845 e 2.º em 1851), romance histórico, e principalmente as suas célebres Viagens na Minha Terra (1846). Com este livro, a crítica considera iniciada a prosa moderna em Portugal.
E quanto ao teatro, deve mencionar-se Um Auto de Gil Vicente (1838), O Alfageme de Santarém (1841) e sobretudo o famoso drama Frei Luís de Sousa (1844).»

Fonte:

Grandes Livros - Almeida Garrett. Viagens da Minha Terra

Literatura Portuguesa - Almeida Garrett

 


Recursos complementares selecionados, aconselhados e disponíveis
para consulta na BECRE


Hiperligações:
Arqnet/Almeida Garrett
Biblioteca Digital Camões/Almeida Garrett
Biblioteca Nacional/Almeida Garrett
Edusurfa/Almeida Garrett
Wikipedia/Almeida Garrett

Artigos relacionados:
Fernando Pessoa, «Escritor do Mês» (3ª edição)
Luís Vaz de Camões e «Os Lusíadas» (2ª edição)
Padre António Vieira, escritor do mês (2ª edição)

José Fernando Vasco
Conceição Toscano, Sónia Lapa
(tratamento documental)

Uma noite terrestre ou o legado de Edison


À noite, ou melhor dizendo, na variável zona da Terra não exposta à radiação luminosa solar diária, o nosso planeta não é aquele “ponto azul” no universo, mas um planeta escuro, com focos de luz artificial mais ou menos intensa, variando em função da riqueza económica e dimensão dos agregados populacionais humanos. As imagens que constam deste vídeo foram obtidas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), a uma altitude de 350 kilómetros sobre a superfície terrestre, durante a Expedição 29 (realizada entre 16 de setembro e 21 de novembro de 2011).

A equipa de seis astronautas da Expedição 29: Furukawa, Fossum, Volkov,
          Ivanishin, Burbank e Shkaplerov (da esquerda para a direita).
Hiperligação:
NASA - Expedition 29
Rosa Espada


«A "Vida" dos Materiais e os Materiais e a Vida» de M. Elisabete M. Almeida

O livro A "Vida" dos Materiais e os Materiais e a Vida (350 pp.), da autoria da Doutora M. Elisabete M. Almeida, Investigadora Coordenadora aposentada do INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), constitui uma gentil oferta da Ordem dos Engenheiros à ESCT no âmbito das comemorações dos 75 anos desta ordem profissional, completados em 2011.
Os materiais fazem parte do quotidiano das nossas vidas, rodeando-nos ou fazendo parte do nosso corpo como é o caso dos biomateriais, que também integram este original trabalho dirigido a toda a população interessada em aumentar a sua cultura geral neste domínio. Considera-se que particularmente os alunos e professores de ciências físico-químicas e de geologia se incluem neste grupo.
“Esta obra, única no seu género e de grande utilidade para a divulgação dos materiais junto, nomeadamente, dos mais jovens, apresenta em versos ilustrados os cerca de 160 materiais mais usados pelo Homem. Atendendo ao interesse do tema e ao prestígio científico e profissional da Autora, o (…) livro é apoiado pelo Colégio Nacional de Engenharia de Materiais da Ordem dos Engenheiros.” (do site oficial da Ordem dos Engenheiros)
A apresentação dos materiais encontra-se organizada segundo o seguinte índice resumido:
- Introdução
- Materiais Artificiais (cerâmicos e afins, metálicos, poliméricos, compósitos, especiais)
- Materiais Naturais (de origem animal, mineral e vegetal)
A aumentar a utilidade deste livro salienta-se, ainda, a existência de dois índices remissivos (por materiais e produtos, e por aplicações e características).


ADOBO E TAIPA

Em tempos antigos
Em certas regiões
Sem grandes perigos
Enormes produções
  
Barros escolhidos
Eram escavados
Depois revolvidos
E bem amassados

E para evitar
Alguns rachamentos
Palh'adicionar
Certos comprimentos

Após bem amassar
P'ra tudo envolver
Havendo que moldar
Há que bons moldes ter

Moldes de madeira
Depois de molhados
Cheios "à maneira"
Depois desmoldados
  
Já bem secos ao ar
Como é bom de ver
Bast'adobos montar
Para casa fazer!

(A "Vida" dos Materiais e os Materiais e a Vida, p.19)


Parede levantada com tijolos de barro amassados com palha (adobos) e
madeira, material de construção designado em Portugal por taipa.


  
 

Hiperligações:
Ordem dos Engenheiros
Ciência dos Materiais (site didático)
Rosa Espada

«Ética e Consciência Ambiental» no âmbito da «Educação para a Saúde»


Ontem de manhã, inserido nas atividades das turmas D e E do 11º ano, o professor Miguel Almeida proferiu uma palestra em torno da necessidade de desenvolvimento da consciência ambiental e de uma abordagem científica e política integradas face à maior e presente ameaça ao planeta e à Humanidade.
Interagindo com os alunos das duas turmas referidas, o professor Miguel Almeida abordou estes temas com base na sua obra «O planeta ameaçado» (obra disponível para consulta na BECRE), síntese da sua tese de mestrado em Filosofia do Ambiente.

clique na imagem para aceder à apresentação


Para além de disponibilizarmos a apresentação utilizada durante a sessão, divulgamos os dados relativos à avaliação da atividade.



José Fernando Vasco


Aquisições DVD

Título: DEPOIS DAS AULAS.
Realizador: Antonio Campos.
Ano: 2009.
Género: Drama |Mistério.
Duração:107 min
Elenco: Ezra Miller, Jeremy Allen White, Emory Cohen, Michael Stuhlbarg, Addison Timlin, David Costabile, Rosemarie DeWitt.



Título: JOSÉ E PILAR.
Realizador: Miguel Gonçalves Mendes.
Ano: 2010.
Género: Documentário | Biografia.
Duração: 125 min.
Elenco: José Saramago, Pilar del Rio, Fernando Meirelles, Gael García Bernal.

 

Título: VISTO DO CÉU.
Realizador: Renaud Delourme.
Ano: 2004.
Género: Documentário.
Duração: 67 min.
Elenco: Bernard Giraudeau, Nils Hugon.
Título: COPACABANA
Realizador: Marc Fitoussi.
Ano: 2010.
Género: Comédia.
Duração: 102 min.
Elenco: Isabelle Huppert, Aure Atika, Jurgen Delnaet, Lolita Chammah.
Oferta do Grupo de Francês da ESCT.



Título: WARGAMES.
Realizador: John Badham.
Ano: 1984.
Género:Ficção Científica|Suspense.
Duração: 114 min.
Elenco: Matthew Broderick, Dabney Coleman, John Wood, Ally Sheedy.


Título: OS VISITANTES
Realizador: Jean-Marie Poiré.
Ano:1993.
Género: Fantasia | Comédia.
Duração:103 min.
Elenco: Christian Clavier, Jean Reno, Valérie Lemercier, Marie-Anne Chazel.
Oferta do Grupo de Francês da ESCT.



Título: PARIS.
Realizador: Cédric Klapisch.
Ano: 2008.
Género: Comédia | Drama | Romance.
Duração: 124 min.
Elenco: Juliette Binoche, Romain Duris, Fabrice Luchini, Albert Dupontel, François Cluzet.
Oferta do Grupo de Francês da ESCT.



Título: LOL (LAUGHING OUT LOUD)
Realização: Lisa Azuelos.
Ano: 2009.
Género: Comédia.
Duração: 99 min.
Elenco: Sophie Marceau, Christa Theret, Jérémy Kapone, Marion Chabassol.
Oferta do Grupo de Francês da ESCT.



Fonte: IMDB
Sónia Lapa

Luís Vaz de Camões e «Os Lusíadas» (2ª edição)

 
Camões, grande Camões, quão semelhante

Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;

Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.

Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.

Manuel Maria Barbosa du Bocage
«Rimas»

«Tem-se afirmado que Camões é o artista mais completo que produziu o Renascimento. Efectivamente, nenhum é mais representativo dessa grande época, que muitos julgam ainda o oposto da Idade-Média. Camões precisamente demonstrou, pela sua obra, que as duas épocas não são inconciliáveis, antes se completam uma à outra Há nela, tanto na épica como na lírica, e até na dramática, a fusão de três elementos fundamentais: a herança do passado greco-latino, a tradição nacional da Idade-Média, e o sentido da actualidade e do exótico. Vejamos esses três elementos, em cuja síntese superior se manifesta o verdadeiro homem da Renascença.
Camões, como nenhum dos nossos escritores, embebeu-se de cultura greco-latina. Teve também a felicidade de viver e ser criado num tempo excepcional, em que as disciplinas humanísticas, trazidas até cá por grandes professores, floresciam entre nós intensamente. Assimilou-as perfeitamente; e guardou dessa lição dos antigos o amor da beleza plástica e da beleza ideal, que joga tão harmoniosamente na sua obra. Disse um grande escritor moderno, Teixeira Gomes, que ninguém como Camões entre nós soube exprimir as atitudes dos corpos desnudados, à maneira antiga, helénica. E ninguém como ele, ainda à maneira grega e platónica, soube fundar na visão dos corpos belos toda uma teoria de amor ideal, fonte de delícias e instrumento do Bem.
A par dos elementos da cultura clássica, recriados pelo grande artista, vive nele a tradição nacional, representada em quatro séculos de esforços para engrandecer o «ninho paterno». Camões viu nesse tipo ideal do Português, talhando o seu destino à espadeirada, soberbo e dominador, uma figura incomparável de epopeia. Fez com ele os Lusíadas. O que interessa no poema não é Vasco da Gama, rude capitão sem luzes de cultura, a quem o próprio poeta não poupa o seu desdém; são as armas e os barões que criaram o Império, e os antepassados que, com esforço ininterrupto, tinham possibilitado essa prodigiosa criação. O presente e o passado andam no poema intimamente ligados. O poeta faz reviver a tradição por meio de «medalhões», pequenos episódios da história nacional: assim numa sala-de-armas os painéis que pendem das paredes lembram de contínuo as façanhas dos avoengos, dando silenciosas lições de heroísmo. Foi isto que pretendeu Camões: eternizar num momento dado o labor secular da grei, tanto mais para desejar quanto a experiência já lhe fazia ver as debilidades dessa construção magnífica. É significativo a esse respeito o tom diferente com que principia e acaba o poema. Ao começo um clamor triunfal, um alarido de vitórias; para o fim uma espécie de dobrar de finados, que culmina naquela definição tão triste e tão verídica da nossa decadência (Canto X, Est. 145):

O favor com que mais se acende o engenho
não no dá a pátria, não, que está metida
no gosto da cobiça e na rudeza
düa austera, apagada e vil tristeza.»

LAPA, Rodrigues (1962). Prefácio a Líricas de Camões.
Lisboa: textos literários, X-XV

 



Literatura Portuguesa - Luís Vaz de Camões
Catálogo BECRE

CD-ROM 
disponíveis para consulta na BECRE



Hiperligações: 

Vídeos:


RTP. Grandes Livros: “Os Lusíadas” de Luís Vaz de Camões 



RTP. Grandes Portugueses: Luís Vaz de Camões



Leitão de Barros (1946). Camões 



Artigos relacionados: 
Carl Sagan
Fernando Pessoa, «Escritor do Mês» (3ª edição)Luís de Camões: «a chama imensa, a imensa força»
Luís de Sttau Monteiro (1926-1993)
«O Principezinho» de Antoine Saint-Exupéry
Padre António Vieira, escritor do mês (2ª edição)

Hiperligações:

José Fernando Vasco
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