O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«O Principezinho» de Antoine Saint-Exupéry


«O Principezinho», a obra imortal que Antoine de Saint-Exupéry publicou um ano antes da sua morte em 1944, é a escolha para a primeira sessão da «Comunidade de Leitores», iniciativa conjunta Centro Novas Oportunidades de Cacilhas/BECRE e que visa a partilha de experiência(s) de leitura(s).

Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944), filho dos condes de Foscolombe, foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial. Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilómetros da costa de Marselha. O seu corpo nunca foi encontrado. As suas obras foram caracterizadas por alguns elementos em comum, como a aviação e a guerra: «O aviador» (1926) «Correio do Sul» (1928) «Voo Nocturno»  (1931) «Terra de Homens» (1939) «Piloto de Guerra» (1942) «O Principezinho» (1943), «Cidadela» (1948).

Como enquadramento da sessão, propomos a leitura de um excerto do texto de Anne-Solange Noble, publicado na sua versão integral numa das edições disponíveis para consulta na BECRE (consultar o catálogo "Literatura Universal") e um poema do próprio autor de «O Principezinho».

«A infância de Antoine de Saint-Exupéry foi toda ela cheia de brincadeira, de ternura e sem privações. Passou-se entre o palácio de Saint- Maurice de Remens, casa da tia, e o palácio de la Môle, casa da avó. Com a doce compreensão de uma Mãe, a cumplicidade de duas irmãs mais velhas, de um irmão mais novo e de uma irmã mais nova ainda, e com aquelas governantas, também elas tão maternais [...] Que quer dizer Principezinho, em linguagem corrente, senão um menino altamente favorecido e beneficiado pela vida?
Beneficiado? Terá sido mesmo? O miúdo mal tem quatro anos quando lhe morre o pai. [...] Dez anos depois surge a Primeira Guerra Mundial. Três anos mais tarde perde o seu irmão François: são bastantes desgraças no meio de tantos privilégios, muita sombra a envolver um sorriso. É de admirar que a história do Principezinho  comece com a jibóia e acabe com a serpente? [...]

Antoine de Saint-Exupéry era um humanista [...] tinha por sonho lançar pontes entre todos os homens e falar ao coração de cada um [...]
Antoine de Saint-Exupéry desapareceu cedo demais sem saber que o seu Principezinho iria falar a milhões de homens, de mulheres e de crianças que nada tinham, aparentemente, em comum!
Mas já que “apenas se vê bem com o coração” seria para lá de todas as diferenças visíveis que a mensagem do menino dos cabelos de ouro iria comover e deixar marcas até aos confins da Terra.»

Acaso
 Cada um que passa na nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa na nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade da nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso.


Hiperligações:
Vídeos:
Will Vinton – the Little Prince (Claymation) : Parte 1Parte 2
Stanley Donen – The little Prince: Parte 1 - Parte 2 - Parte 3 - Parte 4 - Parte 5 - Parte 6 - Parte 7 - Parte 8 - Parte 9

Jogo:

Ana Paula Cardoso
José Fernando Vasco
José Lourenço Cunha
Manuela Ventura Santos

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