O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

81ª Feira do Livro - Lisboa

De 28 de Abril a 15 de Maio.
Para mais informações sobre participantes, eventos e livros do dia
consultar:
 
José Fernando Vasco

Acessos BECRE - Outubro 2010 a Abril 2011


Publicam-se os dados estatísticos de acessos à BECRE relativos ao período entre Outubro de 2010 e Abril de 2011.
José Fernando Vasco

«Efeitos cromáticos» de Carlos Garrido

Disponível para consulta na BECRE
por amável oferta do autor

Numa edição Scala, «Efeitos cromáticos» encerra a trilogia «Raiz dos afectos».
O livro de crónicas de Carlos Garrido - investigador do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, Professor Associado do IADE  e membro do Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia de Almada - é dedicado «à pintora que coloriu a chama da minha paixão». O prefácio é de Aida Baptista.

José Fernando Vasco

«World Press Photo 2011»: uma exposição a não perder


Hoje, é inaugurada a exposição anual da «World Press Photo»
no Museu da Electricidade, em Lisboa.
Todos os visitantes poderão desfrutar de leituras do mundo actual
por parte dos melhores fotógrafos da actualidade

José Fernando Vasco

Canções de Abril XIX - José Mario Branco. Eu vim de longe

Em 1982, sete anos depois do fim do Processo Revolucionário Em Curso (PREC), José Mário Branco editou «Ser solidário», um duplo e eclético álbum que navegava entre o fado e o jazz, entre a canção francesa e a moda popular. Uma das canções em destaque no disco, sobretudo pelo profundo significado da letra, é «Eu vim de longe», um pungente testemunho de esperança e desilusão pelo curso dos acontecimentos entre Abril de 1974 e Novembro de 1975. Independentemente dos posicionamentos políticos que possamos ter face ao curso da revolução portuguesa, José Mário Branco é uma das suas figuras maiores e permanece, ainda hoje, uma referência máxima da música portuguesa, quer como músico e compositor, quer como produtor.

«Eu vim de longe»
(1982)

Letra e música:
José Mário Branco

 

Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de Maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha n´outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p´ra´qui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p´ra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa s´estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei p´ra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi p´ra esta força que apontou


Hiperligações:
José Fernando Vasco

Vitorino Magalhães Godinho (1918-2011)

Vitorino Magalhães Godinho, historiador e antigo Ministro da Educação (1974) e Director da Biblioteca Nacional (1983-1984), faleceu aos 93 anos na passada noite de terça-feira.
Figura de referência máxima da cultura europeia e pertencente a uma galeria de notáveis (na qual se inclui Fernand Braudel) que renovaram, no século XX, a historiografia; Vitorino Magalhães Godinho deixou-nos três obras notáveis: «A estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa» (1971), «Os Descobrimentos e a Economia Mundial» (1963, tese de doutoramento arguida por Fernand Braudel) e «Complexo histórico-geográfico», artigo do «Dicionário de História de Portugal», dirigido por Joel Serrão.


 Obras de Vitorino Magalhães Godinho
disponíveis para consulta na BECRE

GODINHO, Vitorino Magalhães
Os descobrimentos e a economia mundial / Vitorino Magalhães Godinho.
- Reimpressão da 2ª ed correcta e ampliada. - Lisboa : Presença, 1991. - 290 p. : Figuras, fotografias, tabelas, mapas. - (Métodos ; 7)
Somente existe o Volume I
Dep. Legal 25766/89
ISBN 972-23-1458-0
História de Portugal / Descobrimentos portugueses -- moeda / Economia mundial - 1200/1499 / Moeda - história
CDU: 94(469)"12/14"
Cota: 94(469)"12/14" HIS POR GOD ESCT 04713

GODINHO, Vitorino Magalhães
Estrutura da antiga sociedade portuguesa / Vitorino Magalhães Godinho. - 4ª ed. - Lisboa : Arcádia, 1980. - 318, [2] p.. - (Temas portugueses / dir. Vitorino Magalhães Godinho ; 1)
Oferta do professor bibliotecário José Fernando Vasco
História de Portugal / Sociedade - estruturas - 1400/1899 / Sociedade - evolução
CDU: 94(469)"14/18"
Cota: 94(469)"14/18" HIS POR GOD ESCT 04509

GODINHO, Vitorino Magalhães
O papel de Portugal nos séculos XV-XVI : Que significa descobrir? : Os novos mundos e um mundo novo = Rôle du Portugal aux XVe-XVIe siècles : Qu'est-ce que découvrir veut dire? Les nouveaux mondes et un monde nouveau / Vitorino Magalhães Godinho ; trad. João Fagundes ; rev. trad. Vitorino Magalhães Godinho. - Lisboa : Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1994. - 94 p.
Edição bilingue. Existem 2 exemplares
Dep. Legal 84252/94
História de Portugal / Descobrimentos portugueses - 1400/1599
CDU: 94(469)"14/15"
Cota: 94(469)"14/15" HIS POR GOD ESCT 04714 / 94(469)"14/15" HIS POR GOD ESCT 04715

Hiperligações:

José Fernando Vasco
Conceição Toscano, Sónia Lapa
(tratamento documental)

Canções de Abril XVIII - Chico Buarque. Tanto mar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

Chico Buarque homenageou a Revolução dos Cravos com «Tanto Mar» em 1974/1975 mas enquanto em Portugal a canção foi publicada na íntegra, o Brasil apenas conheceu a versão instrumental dado que a censura brasileira impediu a divulgação pública da letra, uma verdadeira saudação ao processo de democratização de Portugal e um desejo para o Brasil, então em ditadura militar. Aliás, a primeira vaga de emigração brasileira para Portugal iniciou-se após Abril de 74, por parte de muitos jovens estimulados pelas notícias do processo revolucionário em curso em Portugal.

Tanto mar
(1975)

Letra e música:
Chico Buarque




Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim


Artigos relacionados:

Hiperligações:
José Fernando Vasco 

«Ser Como Tu»: lançamento na ES Cacilhas-Tejo


O novo livro de poesia de Miguel Almeida, Professor de Filosofia da ES Cacilhas-Tejo,
será lançado no próximo dia 03 de Maio - Auditório, 20:00 horas.



José Fernando Vasco

«Grandes Cientistas» de Michael Allaby e Derek Gjertsen

Disponível para consulta na BECRE
por amável doação de Carmen Delgado
(aluna de CCH - Línguas e Humanidades)
e de Maria de Fátima Delgado (Enc. de Educação)
ALLABY, Michael
Grandes cientistas / Michael Allaby, Derek Gjertsen ; dir. projecto Susan Kennedy, Peter Lewis ; dir. iconografia Claire Turner ; pesquisa iconográfica Liz Eddison ; índice Ann Barrett ; trad. Eugénia Monteiro Antunes. - Lisboa : Círculo de Leitores / ed. consultivo John Gribbin, Willem Hackmann, 2005. - 5 vol. (96, 96, 96, 96, 95 p.).
Tít. orig. Makers of science
223364/05
972-42-3489-4
Biografias / Cientistas / Ciências - história / Astronomia / Química / Física / Biologia / Geologia / Medicina / Tecnologia
CDU: 929 A/Z
Cota: 929 A/Z BIO ALL ESCT 04709

"A vida e obra de mais de 40 físicos, químicos, biólogos, fisiólogos e outros grandes cientistas ocidentais em cinco volumes. Inclui um dicionário biográfico com mais de 300 perfis de outros importantes cientistas. Coleccção ordenada cronologicamente e com remisões de fácil compreensão. Mais de 400 ilustrações a cores e a preto e branco. Com glossário e índice de toda a colecção."

"Cada biografia inclui dois eixos cronológicos: científico e político-cultural. Redigida numa linguagem acessível e não técnica, cada biografia inclui gráficos, quadros explicativos, numerosas ilustrações e breves biografias de outros cientistas. Esta colecção conduz o conhecimento científico para um nível mais humano, oferecendo uma fácil compreensão dos princípios da ciência moderna."
(Da contracapa)

Volume 1 - Aristóteles; Copérnico; Galileu; Kepler; Harvey; Newton; Lineu; Lavoisier.
Volume 2 - Watt; Jenner; Humboldt; Faraday; Darwin; Babbage; Pasteur; Mendel.
Volume 3 - Mendeleiev; Edison; Bell; os Curie; Haber; Einstein; Wegener; Fleming.
Volume 4 - Bohr e Heisenberg; Hubble; Pauling; McClintock; os Leakey; Oppenheimer; Calvin; Turing; Salk; Elion. 
Volume 5 - Feynman; Crick; Franklin; Watson; Hawking; Vidas da ciência: Um dicionário biográfico; glossário; índice da colecção.

Uma página sobre o físico Albert Einstein (1879-1955),
autor da teoria geral da relatividade (1915).

Uma página sobre o meteorologista Alfred Wegener (1880-1930),
autor da teoria da deriva continental (1912) .

Uma página sobre o inventor Alexander Graham Bell (1847-1922), na qual pode ser
observada a foto do próprio Bell demonstrando o seu "telefone falante" (1876).

Colecção com a chancela do Círculo de Leitores.
Rosa Espada
Conceição Toscano, Sónia Lapa
(tratamento documental)

«Memórias de um prisioneiro de guerra»: o testemunho de António Júlio Rosa


António Júlio Rosa, autor de «Memórias de um prisioneiro de guerra», esteve ontem na BECRE como convidado da décima sessão «O Prazer de Ler». Durante cerca de duas horas, partilhou com professores, adultos-formandos e outros convidados a sua incrível história de militar na Guiné durante a Guerra Colonial, durante a qual foi feito prisioneiro de guerra pelo PAIGC e teve a oportunidade de contactar com Amílcar Cabral e Nino Vieira. O seu testemunho, emocionado e profundamente humano - «estou aqui graças a Amílcar Cabral, apesar de ser "inimigo", e graças aos dezoito fuzileiros que me libertaram da prisão em Conacri» [no âmbito da operação «Mar Verde», liderada por Alpoim Calvão] - prendeu a atenção da assistência, literalmente siderada com a sua história de vida.
Quando no final questionado sobre qual dos países [Portugal] valoriza mais, o país que o mandou para a guerra ou o país que o libertou, não hesitou: «devo a minha vida aos militares que me libertaram, os que me enviaram para a guerra são lixo!» Da mesma forma não deixou de traçar largos elogios a Amílcar Cabral, cuja morte representou, na sua opinião, uma perda enorme para África.
Para os presentes e para os ausentes da conferência, o autor proporcionou a possibilidade de uma leitura fascinante ao oferecer à BECRE um exemplar de «Memórias de um prisioneiro de guerra», cujo final é, verdadeiramente, um sinal claro da dimensão humanista de António Júlio Rosa:

« O que vale realmente a pena...é viver em paz!...
Viver em democracia no pleno gozo da liberdade e dos direitos humanos
a que todo o cidadão, independentemente da cor, raça e da religião tem direito!...»
(Rosa: 2003,173)

A António Júlio Rosa,
um agradecimento sentido pela sua coragem e humanidade!


José Fernando Vasco
José Lourenço Cunha
Manuela Ventura Santos

Canções de Abril XVII - Sérgio Godinho. Liberdade

Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão, habitação, saúde, educação

As palavras de Sérgio Godinho, numa das canções emblemáticas do imediato pós-25 de Abril, são bem reveladoras da situação portuguesa em meados da década de 70 do século XX. Em 1974, não existia o Serviço Nacional de Saúde, a guerra colonial era um problema para resolver, o sistema educativo pouco mais cobria que as principais cidades e, à volta da capital, um imenso mar de barracas sem luz, esgotos e as demais condições básicas e dignas de existência. Derrubado o Estado Novo, havia que restabelecer as liberdades fundamentais mas, como dizia Sérgio Godinho, a liberdade política pouco sentido faria sem o desenvolvimento económico e social que, pelo menos, atenuasse as profundas desigualdades existentes. Basta lembrar que, nessa época, Portugal tinha a maior taxa de mortalidade infantil da Europa Ocidental e uma das menores taxa de cobertura de electricidade, água canalizada e esgotos.

 Liberdade
(1974)

Letra e música:
Sérgio Godinho


Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir

José Fernando Vasco

«A história do senhor Sommer» e a Comunidade de Leitores


A sessão de Abril da Comunidade de Leitores centra-se na partilha de leitura de «A história do senhor Sommer», obra de 1991 de Patrick Süskind, o reconhecido autor alemão de «O Perfume».
Numa edição ilustrada por Sempé (igualmente autor de «Le Petit Nicholas»), «A história do senhor Sommer» é uma extraordinária recordação da infância e adolescência de um jovem, tendo como pano de fundo a existência misteriosa de um eterno caminhante de seu nome Maximiliano Ernesto Egídio Sommer.
Tanto «O Perfume» (em edição portuguesa e inglesa) como «A história do senhor Sommer» encontram-se disponíveis para consulta na BECRE.


Hiperligações:
Sítio do Livro/Patrick Süskind
Sítio do Livro/A história do senhor Sommer
Teatro Municipal de Almada/A história do senhor Sommer
José Fernando Vasco

Sigmund Freud - em prol do autoconhecimento do Homem moderno

Disponível para consulta na BECRE

O novo volume da colecção «A minha vida deu um livro» é dedicado a Sigmund Freud, o pai da Psicanálise. Redigido por Hans-Martin Lohmann, é prefaciado por Pedro Mexia.

Artigos relacionados:
«A minha vida deu um livro: Fernando Pessoa
Che Guevara: «uma vida estonteante, obsessiva e coerente» em livro!«
Conhecer Einstein é conhecer o nosso tempo»
«JFK» de Alan Posener
Mahatma Gandhi: a sua vida também deu um livro!
Nelson Mandela + Invictus
Martin Luther King = Não-violência = MLK

José Fernando Vasco

Canções de Abril XVI - GAC. A cantiga é uma arma

«O Grupo de Acção Cultural (GAC) é um grupo musical nascido do período revolucionário em Portugal, após o 25 de Abril de 1974. Apesar de uma breve existência, fez história, influenciando musicalmente grupos posteriores como a Brigada Vitor Jara, etc. Participam no Festival RTP da Canção de 1975 com Alerta. Os primeiros singles são editados em 1975 [e] reunidos no LP "A Cantiga É Uma Arma". 
Em 1976 foi lançado o álbum "Pois Canté!". José Mário Branco abandona o grupo. O GAC editará ainda os álbuns "Vira Bom" e "Ronda da Alegria" e terminaria em 1978. Os quatro álbuns gravados pelo Grupo de Acção Cultural (GAC) - Vozes na Luta foram remasterizados e editados em Abril de 2010.»

Fonte:


a cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria

há canta por interesse
há quem cante por cantar
há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
para não perder o lugar

a cantiga é uma arma
...

O faduncho choradinho
de tabernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções

a cantiga é uma arma
(contra quem?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria

Se tu cantas a reboque
não vale a pena cantar
se vais à frente demais
bem te podes engasgar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar

a cantiga é uma arma
...

Uma arma eficiente
fabricada com cuidado
deve ter um mecanismo
bem perfeito e oleado
e o canto com uma arma
deve ser bem fabricado

a cantiga é uma arma
(Contra quem camaradas?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria

Artigos relacionados:
 
Hiperligações:
José Fernando Vasco

Ciclo de Cinema: Capitães de Abril

No âmbito das comemorações do 25 de Abril, o Ciclo de Cinema da BECRE é dedicado ao filme "Capitães de Abril" realizado por Maria de Medeiros, onde se presta homenagem aos jovens soldados que estiveram por detrás do golpe de estado, destacando-se Salgueiro Maia.

Realização: Maria de Medeiros.
Argumento: Maria de Medeiros e Ève Deboise.
Elenco: Stefano Accorsi, Maria de Medeiros,
            Joaquim de Almeida, Frédéric Pierrot.
M/12
123 min
Ano: 2000





DVD disponível na BECRE
27 Abril - 10:00 horas
28 Abril - 15:00 / 21:00 horas
Org. BECRE


Artigos relacionados:

Sónia Lapa

«Os Jovens e a Política III (2ª série): o Legado da Revolução dos Cravos» com Rita Rato


Em 1974, o «Programa do MFA» definia três objectivos centrais e justificativos da acção do «Movimento dos Capitães»: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver.
Em 2011, todos os portugueses com 36 anos ou menos não eram nascidos no ano da «Revolução dos Cravos». Muito provavelmente, todos os nascidos na década de 60 do século XX ainda não tinham adquirido verdadeira consciência política em 1974. Para os alunos da ES Cacilhas-Tejo, seguramente que o 25 de Abril é História!
Foi partindo deste pressuposto - e querendo evitar uma mera celebração nostálgica dos anos de 1974-75 - que a BECRE e a Professora Luísa Oliveira decidiram convidar Rita Rato, 28 anos e deputada à Assembleia da República para debater com os participantes «O Legado da Revolução dos Cravos».
Para todos aqueles que vivenciaram o 25 de Abril de 1974, será interessante perceber a visão de uma jovem deputada sobre a Revolução e, sobretudo, a necessidade de preservação activa do seu legado. De todos os que nasceram na década de 80/90 do século XX - tal como Rita Rato - será interessante perceber como é que os adolescentes e jovens adultos portugueses percepcionam esse momento fundador da nossa II República, do ponto de vista do Portugal do século XXI.
A não perder.
«Os Jovens e a Política I (2ª série)» com José Pedro Aguiar-Branco
«No dia em que ... Salgueiro Maia saiu à rua»
Nuno Magalhães, os jovens e a política: a análise da actual conjuntura política nacional
Vítor Alves (1935-2011) e o Programa do MFA

Hiperligações:
Assembleia da República/Deputados em Funções. Rita Rato


José Fernando Vasco
Luísa Oliveira

Canções de Abril XV - Madredeus. As Brumas do Futuro


Madredeus - com António Vitorino de Almeida
 As Brumas do Futuro

Canção-tema do filme
«Capitães de Abril» (2000) de Maria de Medeiros
e incluído em «Antologia» de Madredeus.

Letra: Pedro Ayres de Magalhães
Música: António Vitorino de Almeida

Vídeo de João Pedro Ruivo


Sim, foi assim que a minha mão
Surgiu de entre o silêncio obscuro
E com cuidado, guardou lugar
À flor da Primavera e a tudo

Manhã de Abril
E um gesto puro
Coincidiu com a multidão
Que tudo esperava e descobriu
Que a razão de um povo inteiro
Leva tempo a construir

Ficámos nós
Só a pensar
Se o gesto fora bem seguro
Ficámos nós
A hesitar
Por entre as brumas do futuro

A outra acção prudente
Que termo dava
À solidão da gente
Que desesperava
Na calada e fria noite
De uma terra inconsolável
Adormeci
Com a sensação
Que tínhamos mudado o mundo
Na madrugada
A multidão
Gritava os sonhos mais profundos

Mas além disso
Um outro breve início
Deixou palavras de ordem
Nos muros da cidade
Quebrando as leis do medo
Foi mostrando os caminhos
E a cada um a voz
Que a voz de cada era
A sua voz
A sua voz

O filme poderá ser visionado
na BECRE
27 Abril - 10:00 horas
28 Abril - 15:00 / 19:30 horas

Ciclo Cinema/37º Aniv. 25 Abril

Artigos relacionados:

Hiperligações:
José Fernando Vasco

«No dia em que ... Salgueiro Maia saiu à rua»

Na manhã de 25 de Abril de 1974, Lisboa apercebeu-se que algo se passava, muito diferente do habitual num país até então imobilizado.
Às 18:41 horas desse mesmo dia, Fialho Gouveia anunciava, perante as câmaras da RTP, que o Movimento das Forças Armadas estava «neste momento histórico, libertando a Nação do regime que há longos anos a oprim[ia]».


Nesse dia, militares e muita gente anónima de Lisboa participou no momento fundador da II República Portuguesa: para trás ficavam 41 anos de Estado Novo.


O realizador José Carlos Oliveira, numa produção da Marginal Filmes para a RTP, apresentou-nos em 2009 o primeiro episódio da série «No dia em que...», dedicado ao 25 de Abril e a Salgueiro Maia.

Parte 2
Parte 3
 Parte 4


Artigos relacionados:
Exposição Bibliográfica «A Revolução dos Cravos» na BECRE
«Fez-me bem escrever»: «Memórias de um prisioneiro de guerra»
...

Hiperligações:
Associação 25 de Abril - sítio oficial
RTP/25 de Abril_cronologia do dia
RTP/No dia em que .... Salgueiro Maia saiu à rua
Vidas Lusófonas/Carlos Loures. Salgueiro Maia
José Fernando Vasco

Canções de Abril XIV - José Afonso. Grândola Vila Morena

25 Abril 1974, 00h20

2ª senha
«Nos estúdios da Rádio Renascença [...] ao Chiado, Paulo Coelho, que ignora os compromissos assumidos pelos seus colegas do programa Limite, lê anúncios publicitários. Apesar dos sinais desesperados de Manuel Tomás, que se encontra na cabina técnica acompanhado de Carlos Albino, para sair do ar, o radialista prossegue paulatinamente a sua tarefa. Após 19 segundos de aguda tensão, Tomás dá uma "sapatada" na mão do técnico José Videira, provocando o arranque da bobine com a gravação que continha a célebre senha: a canção Grândola Vila Morena, de Zeca Afonso.»

Fonte:


Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade


Artigos relacionados:

Hiperligações:
José Fernando Vasco

Canções de Abril XIII - Paulo de Carvalho. E depois do adeus

24 de Abril de 1974, 22h55

1ª senha - a voz de João Paulo Dinis anuncia aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa:
- Faltam cinco minutos para as vinte e três horas. Convosco, Paulo de Carvalho com o Eurofestival 74 E Depois do Adeus».
Era o primeiro sinal para o início das operações militares a desencadear pelo Movimento das Forças Armadas.
 «E Depois do Adeus foi a canção que serviu de primeira senha à revolução de 25 de Abril de 1974. Com letra de José Niza e música de José Calvário, a canção foi escrita para ser interpretada por Paulo de Carvalho na 12.ª edição do Festival RTP da Canção, do qual sairia vencedora. Nessa qualidade, representaria Portugal em Brighton, a 6 de Abril, no Festival Eurovisão da Canção 1974, terminando em último lugar [...]
Com a transmissão de "E Depois do Adeus", pelos Emissores Associados de Lisboa às 22h55m do dia 24 de Abril de 1974, era dada a ordem para as tropas se prepararem e estarem a postos. O efectivo sinal de saída dos quartéis, posterior a este, seria a emissão, pela Rádio Renascença, de "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso.
A razão da escolha de "E Depois do Adeus" é clara: não tendo conteúdo político e sendo uma música em voga na altura, não levantaria suspeitas, podendo a revolução ser cancelada se os líderes do MFA concluíssem que não havia condições efectivas para a sua realização. A posterior radiodifusão, na emissora católica, de uma música claramente política de um autor proscrito daria a certeza aos revoltosos de que já não havia volta atrás, que a revolução era mesmo para arrancar.
Embora o título, em retrospectiva, pareça remeter para o adeus ao regime do Estado Novo, a canção em si é uma balada sem conteúdo político (ao contrário da vencedora do ano anterior. [...] Embora o título, em retrospectiva, pareça remeter para o adeus ao regime do Estado Novo, a canção em si é uma balada sem conteúdo político [...]»

Fonte:


E depois do adeus
(1974)


Letra: José Niza
Música: José Calvário


Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu viste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.

Artigos relacionados:

Hiperligações:
Associação 25 de Abril - sítio oficial
Instituto Camões/Cronologia do 25 de Abril
Paulo de Carvalho - sítio oficial
Wikipedia/E Depois do Adeus
José Fernando Vasco

«Memórias de um prisioneiro de guerra»: "fez-me bem escrever" (A.J. Rosa)


António Júlio Rosa foi um dos 26 prisioneiros de guerra que, em 1970, foram libertados de um prisão na capital da Guiné-Conacri pelas tropas portuguesas lideradas por Alpoim Calvão e no decurso da operação «Mar Verde». No próximo dia 26 de Abril, pelas 19:30 horas, o autor de «Memórias de um prisioneiro de guerra» será o convidado especial de «O Prazer de Ler X». Para um artigo que recentemente foi publicado no Jornal de Notícias, António Júlio Rosa afirmou: «Eu dantes, quando falava destas coisas, chorava, não conseguia. Agora já não, fez-me bem escrever.» (JN, 22 Março 2011, p. 8-9).
Ao autor, a BECRE e o CNO de Cacilhas agradecem a sua amável disponibilidade em partilhar as suas vivências pessoais de um dos episódios mais importantes da Guerra Colonial na Guiné que, infelizmente, teve consequências tão negativas para portugueses e guineenses.

Hiperligações:

José Fernando Vasco
José Lourenço Cunha
Manuela Ventura Santos
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Arquivo