Numa frase célebre, o poeta russo Osip Mandelstam disse que “na poesia é sempre de guerra que se trata”.
Num registo diferente, Carl Von Clausewitz diz-nos que “a paz é a continuação da guerra por outras formas”. E esse também se pode dizer que é o ponto de vista assumido em Ser Como Tu, o novo livro de poesia do escritor e nosso colega Miguel Almeida, que irá estar disponível nas livrarias de todo o país, já a partir do próximo mês Abril.
Em guerra incessante consigo próprio, o Eu que está por detrás dos poemas de Miguel Almeida mostra-nos que as piores guerras, as mais constantes e perigosas, não são as que travamos com os outros, mas as que travamos connosco próprios e com as nossas circunstâncias. Mas estas também são as guerras que nos trazem as conquistas mais importantes e decisivas.
Os poemas de Miguel Almeida transportam-nos por anseios e receios, por opções, feitas ou que ficam por fazer, que valem como outras tantas viagens de um Eu, numa busca constante de sentido para si próprio e para o Mundo. Eis um poema deste novo livro:
Num registo diferente, Carl Von Clausewitz diz-nos que “a paz é a continuação da guerra por outras formas”. E esse também se pode dizer que é o ponto de vista assumido em Ser Como Tu, o novo livro de poesia do escritor e nosso colega Miguel Almeida, que irá estar disponível nas livrarias de todo o país, já a partir do próximo mês Abril.
Em guerra incessante consigo próprio, o Eu que está por detrás dos poemas de Miguel Almeida mostra-nos que as piores guerras, as mais constantes e perigosas, não são as que travamos com os outros, mas as que travamos connosco próprios e com as nossas circunstâncias. Mas estas também são as guerras que nos trazem as conquistas mais importantes e decisivas.
Os poemas de Miguel Almeida transportam-nos por anseios e receios, por opções, feitas ou que ficam por fazer, que valem como outras tantas viagens de um Eu, numa busca constante de sentido para si próprio e para o Mundo. Eis um poema deste novo livro:
Interior e exterior
Cá dentro, escondido na intimidade mais funda do meu interior
Um quadro de humanidade, que existe ainda na dor
Um conto de dignidade, comovente e solitário
Numa história longa, e talvez até excessiva
Onde a sobrevivência resiste e persiste,
A cada dia (in) finito, da espera
No tempo, apenas a passar;
Lá fora, à luz do dia
(N) a vida de todos os dias,
Uma multidão imensa, que corre
De um lado para o outro, com pressas
Tendo horas para tudo, ao chegar e partir
Numa história de (sobre) vivência, mil vezes
Recomeçada, mas que não sabe para onde ir;
Cá dentro, há sempre alguns momentos de silêncio
Os problemas sagrados e os pensamentos profundos;
Lá fora, há sempre a sinceridade dos (sor) risos nos rostos
As luminescências da amizade, quando se rasgam de verdade;
Cá dentro e lá fora, quando as dúvidas pesam e as lágrimas vêm
Sem que seja preciso chamá-las, sem que seja preciso escondê-las
Ainda há uma voz incomparável e única, que transforma os corações
E (re) converte as almas com paixões, através da verdade das orações
Uma voz que acha os desavindos, unindo aqueles que andam perdidos.
Hiperligações:
Viajar Pela Leitura / Entrevista com Miguel Almeida
Artigos relacionados:
«A cirurgia do prazer» de Miguel Almeida
«Já não se fazem homens como antigamente» de Miguel Almeida e outros
Luís de Camões: «a chama imensa, a imensa força»
«O Prazer de Ler e de Escrever» por Miguel Almeida
«O Templo da Glória Literária» de Miguel Almeida
José Fernando Vasco
Miguel Almeida
Miguel Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário