O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«A mais bela flor do mundo»: poemas premiados

O Concurso de Poesia «A mais bela flor do mundo», organizado pelo projecto Português com Vida e pela BECRE, obteve uma assinalável aceitação por parte dos alunos dos cursos diurnos (CCH, CP) e dos adultos que frequentam formação (EFA, ERMC, RVCC) no período nocturno.

Foram submetidos 24 poemas para o 2º escalão (ensino secundário diurno) e 35 para o 3º escalão (outras modalidades de ensino / comunidade educativa).


Os poemas e autores premiados foram:
2º escalão
1º - CONTEMPLAVA, DO ALTO DO MUNDO, VENTOS BRANDOS, por Tiago Graça.
2º - ENTRE O CÉU E O MAR, por Nizângela Santana.
3º - A MAIS BELA FLOR DO MUNDO, por Patrícia Rocha.

3º escalão
1º - PORQUE SIM..., por António Borrego.
2º - TU ÉS, por Ana Rosa Pascoal.
3º - VERDADEIRA FLOR, por Deolinda Tavares.

Publicam-se, neste momento, os poemas vencedores dos 2º e 3º escalão. Os restantes poemas premiados serão publicados nas próximas duas semanas.

Ana Meireles
Ana Paula Cardoso
José Fernando Vasco
 Paula Ramos

Poema vencedor do 2º escalão:

CONTEMPLAVA, DO ALTO DO MUNDO, VENTOS BRANDOS

Contemplava, do alto do Mundo, ventos brandos,
Que ao céu, incauto, o harmonioso desconcerto levava…
Meu olhar perdido se encontrou.

Avistei um campo ledo e mar sofrido
Mas a simples ignorância não me bastou.

Atravessei trevas e mundos,
Procurei choro e encanto
Por entre guerras e defuntos,
Oh doce mar, que me acolhes em teu manto...

É minha dor ver-te e não te poder agarrar.
Maresia cruel que te deixa escapar!
Porque naufragas tu?

Maldita flor, que ante meus olhos vejo.
Que me atrai e me consome.
São minhas preces, meu desejo
Que àqueles campos quedos retornes.

Sois formosa, a mais bela flor do Mundo!
Será este o meu fado,
Sozinho, infecundo?

Tiago Graça
(aluno de CCH - Línguas e Humanidades)


Poema vencedor do 3º escalão:

PORQUE SIM…

Pudera eu…ser vento…
Ou então…mar…
Erguia o ramo de orquídeas…como facho de luz…
Saboreando…a glória da mais bela flor do mundo
Imortalizando…o momento…
Arfando…ofegante…

Pediram-me poesia…
E eu escrevi poesia na “vertical”…
Depois só inventei palavras…
Que invocassem ramos de flor…
São orquídeas…orquídeas de luz…paz…e esperança!
 
António Borrego
(adulto de Curso EFA)

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