Amanhã, dia 16, pelas 15 horas, na BECRE, terá lugar a conferência dinamizada por três IT Girls, que fazem parte do grupo PT Girls Geek, cujas actividades já foram apoiadas pela Comissão Europeia.
Ao propor esta conferência, perspectivamos mostrar não só aos alunos de Informática, mas a todos os interessados, a riqueza de saídas profissionais neste mundo tecnológico (dentro e fora do país), percursos vivenciados e experiências. O desafio foi lançado às PT Girls Geek, que organizam pequenas conferências seguidas de um jantar de confraternização (os chamados Girl Geek Dinners), para que viessem conversar com os nossos alunos.
Será uma conversa que certamente terá algum jargão à mistura, para os especialistas (ou Geek Talk, se preferirem), mas que será acessível a todos os que vierem assistir.
As nossas convidadas são jovens profissionais, mas já com larga experiência, e considerámos que seria interessante ouvir o percurso destas três mulheres que estão a vencer num mundo que, até há bem pouco tempo, era (e ainda é muito) um mundo de homens.
Foi exactamente este facto que motivou a fundação do movimento Girl Geek Dinner por Sarah Blow em 2005, do qual a comunidade Portugal Girl Geek Dinners é uma extensão portuguesa. Sarah, empreendedora, sentiu a necessidade de criar um espaço para as mulheres que trabalham em e são aficionadas por tecnologia, de forma a reforçar os laços e a partilha de conhecimento entre estas. As suas motivações estendem-se também à necessidade de motivar mais jovens mulheres para o seu envolvimento em carreiras tecnológicas. O conceito tem sido bem recebido em diversos países e conta actualmente com mais de 90 grupos espalhados por 32 países.
Em Portugal, a comunidade foi criada e reuniu-se pela primeira vez em Fevereiro de 2010 e conta já com 5 encontros/eventos divididos entre Porto e Lisboa. Estes encontros são normalmente temáticos e consistem de uma média de 3 apresentações de oradoras(es) associados ao tema em questão, seguidos depois de um jantar convívio. De realçar o interesse que estes encontros têm despertado, assim como a participação activa de mulheres entre os 20 e 50 anos com carreiras no sector tecnológico (desde estudantes a empreendedoras) ou carreiras noutras áreas, mas com interesse pela área tecnológica.
Nas palavras de Cláudia Amorim, e conforme retirado do site das Girl Geek Dinner:
"Ao contrário do que se possa pensar, Girl Geek Dinners não é elistista nem feminista. O objectivo e prática são o de dar visibilidade e expressão a uma realidade ainda pouco expressiva, mas necessária. Mulheres com carreira tecnológica ainda não é corrente, mas não é um problema exclusivamente português.”
Em Portugal a fundadora do PT Girls Geek, que celebrou em Fevereiro o 1º aniversário, foi Vânia Gonçalves, uma das nossas convidadas de amanhã.
Vânia Gonçalves formou-se em Eng. Informática e tem um mestrado em Políticas para a Tecnologia pela Universidade de Cambridge. Tem feito um pouco de tudo, desde programadora, técnica de redes e segurança até empreendedora. Já foi assistente na Comissão Europeia. Agora vive entre o Porto e Bruxelas, a fazer investigação em modelos de negócio para novas tecnologias na área de telecomunicações na Universidade de Bruxelas e a fazer odoutoramento na Universidade do Porto.
Na mesa estarão ainda Andreia Gaita e Susana Patrícia Rosa a quem pedimos também um resumo do currículo, que se passa a apresentar.
Susana Patricia Rosa licenciou-se em Engenharia Informática pela F.C.T. da Universidade de Coimbra.Trabalhou durante 2 anos na área de comunidades de aprendizagem e desenvolveu aplicações para uso nas escolas primárias no âmbito do projecto NONIO. Deixou a área de investigação para abraçar a consultoria e desde então especializou-se em ECM/Gestão documental sendo responsável pela equipa de desenho dos processos de negócio e especificação do projecto. Trabalhou para clientes como a Sonae Distribuição no Porto e Tranquilidade em Lisboa. Actualmente trabalha para um projecto de ECM (Entreprise Content Management) na Unitel em Luanda.
Andreia Gaita é, dependendo dos dias, cross-platform systems engineer, bindings engineer, open source developer e/ou code monkey. Faz parte da equipa do Moonlight, (go-mono.com/moonlight) implementação em open source do Microsoft Silverlight para Linux, e faz desenvolvimento de sistemas profissionalmente desde os 21 anos (mas brinca com computadores desde os 12). Se quiser saber mais visite: blog: blog.worldofcoding.com; site: shana.spoiledcat.net; twitter.com/sh4na)
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