O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Cristina Carvalho na 4ª sessão de «O Prazer de Ler+»


Cristina Carvalho, autora de «O gato de Uppsala» e «Nocturno» (recomendados pelo Plano Nacional de Leitura para os ensinos básico e secundário) estará amanhã - 27 de fevereiro, pelas 19:30 horas - na Biblioteca Escolar da ES Cacilhas-Tejo e no âmbito de «O Prazer de Ler +», o programa de promoção do livro e da leitura da iniciativa conjunta da BECRE e do CNO de Cacilhas.

Sendo filha do professor e poeta Rómulo de Carvalho/António Gedeão e da escritora Natália Nunes, a sua aproximação à leitura e à escrita foi natural: publicou contos em várias revistas e jornais, nomeadamente no Jornal de Letras e Revista Egoista. O seu primeiro livro «Até já não é adeus» (1989) foi considerado por David Mourão-Ferreira como uma "surpreendente novidade".

Em 2009, Cristina Carvalho revelou de forma definitiva ao público leitor duas das suas grandes paixões: a Escandinávia e, em particular, a Suécia; e Fryderyk Chopin, com as suas duas obras antes referidas.

Em 2011, fez um incursão no mundo da literatura infanto-juvenil com «Tarde fantástica» e publica «A casa das auroras» e «Lusco-fusco», ambas recomendadas por «Ler+ Ler Melhor».

Obras de Cristina Carvalho

CARVALHO, Cristina (1989). Até já não é adeus. Ponta Delgada: Signo.
CARVALHO, Cristina (1992). Momentos misericordiosos. Lisboa: Relógio d’Água.
CARVALHO, Cristina (1996). Ana de Londres. Lisboa: Relógio d’Água.
CARVALHO, Cristina (2003). Estranhos casos de amor. Lisboa: Relógio d’Água.
CARVALHO, Cristina (2009). O gato de Uppsala. Lisboa: Sextante.
CARVALHO, Cristina (2009). Nocturno: o romance de Chopin. Lisboa: Sextante.
CARVALHO, Cristina (2011). Tarde fantástica. Vila Nova de Gaia: 7dias6noites.
CARVALHO, Cristina (2011). A casa das auroras. Lisboa: Planeta.
CARVALHO, Cristina (2011). Lusco-fusco. Lisboa: Sextante.

Disponíveis para consulta na BECRE


Ler Mais, Ler Melhor: «O gato de Uppsala» 


...........................................................................


Ler Mais, Ler Melhor: «Nocturno: o romance de Chopin»


...........................................................................


Ler Mais, Ler Melhor: «Lusco-fusco»


Hiperligações:
Lusco-fusco (Clube dos Livros)

José Fernando Vasco

José Afonso (1929-1987)

Fonte/fotografia:
Um dos aspectos que podem definir a importância de José Afonso é a extraordinária combinação entre a genialidade e a simplicidade do seu discurso musical e poético, o que lhe confere o estatuto de ser o mais importante músico/compositor do século XX português.
José Afonso revolucionou a canção coimbrã de inícios da década de 1960, é o pai da "música popular portuguesa" e, com o contributo decisivo de José Mário Branco, integrou sons e ritmos de outras paragens, num registo cúmplice com o que hoje se designa de "world music".

Contudo, quando hoje se invocam os 25 anos após a sua morte, talvez o mais relevante seja a essência da declaração de Vasco Lourenço: José Afonso faz muita falta a Portugal.
Felizmente, a canção permanece como um veículo de intervenção cívica - veja-se o impacto de «Parva que eu sou» de Deolinda.
Essa é a melhor forma de homenagear José Afonso.

Fonte/fotografia:

..................................................

«A formiga no carreiro»

Album: «Venham mais cinco»
Ano: 1973
Compositor: José Afonso


A formiga no carreiro
Vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou, trepou às tábuas
Que flutuavam nas àguas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro


A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro

Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro


A formiga no carreiro
Andava a roda da vida
Caiu em cima
Duma espinhela caída
Furou furou à brava
Numa cova que ali estava
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
Hiperligações:
Associação José Afonso

José Fernando Vasco

Edgar Allan Poe + Júlio Verne e a personagem A. Gordon Pym (avaliação)



No passado dia 15 de fevereiro, reuniu-se a Comunidade de Leitores para análise e partilha de leitura de «Narrativa de A. Gordon Pym» de Edgar Allan Poe.
 A contextualização do autor e da obra - o único romance de Poe - foi uma das premissas da análise da obra e dos seus múltiplos planos narrativos.
Igualmente debatido foi um dos aspectos essenciais da obra do autor de «O corvo»: a ansiedade, o terror como mecanismo de envolvimento do leitor na obra e na ação. Aliás, Poe foi considerado um mestre  do terror e um precursor da literatura de "ficção científica" e do fantástico.
Curiosa foi a intertextualidade possível com Júlio Verne e a sua "Esfinge dos Gelos", uma espécie de sequela explicativa e complementar das (propositadas) "lacunas" da obra de Edgar Allan Poe.

...............................................

 "The Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket"
Storyboard de Inanimate Ali
Music: Dimitri Shostakovich, Chamber Symphony op.110 - V. Largo.


Hiperligações:

...............................................

Apresentam-se os dados relativos à avaliação da atividade.


Artigo relacionado:
José Fernando Vasco
José Lourenço Cunha
Manuela Ventura Santos
Pedro Martins 
(sugestão de vídeo e leituras complementares)

11ª edição Mini-Fórum Estudante

Cartaz de Jaime Quental (aluno CP - Design Gráfico)
Numa iniciativa dirigida para a cidadania e orientação escolar, a Escola Secundária Cacilhas-Tejo, no dia 23 de fevereiro de 2012, promoverá a 11ª edição do “Mini-Fórum Estudante”. A atividade, que pertence ao Plano de Ação Cultural da Câmara Municipal de Almada, desde 2009, decorrerá entre as 10 e as 13 horas podendo a comunidade escolar contactar com instituições do Ensino Superior, Escolas Profissionais, Ensino Militar e Centros de Formação. Neste evento também estarão presentes o CNO da ESCT, a Imaginarte/F4, a Associação para a Cidadania “O Farol”, os Bombeiros Voluntários de Cacilhas, a AMI e o Comércio Justo.



Saliente-se ainda a palestra “Psicologia: saídas profissionais” com a Professora Doutora Sónia Gonçalves, do Instituto Piaget. A palestra realizar-se-á na BECRE pelas 10.15.

O encerramento do MFE contará com um momento musical da banda “Blood Brothers”. Este grupo, influenciado pelo indie folk contemporâneo, é constituído por quatro elementos entre os quais Carina Júlio do 10ºF. A sua formação ocorreu no passado verão e desde então desenharam um percurso em street performance  nas ruas de Lisboa e de Almada. No encerramento do MFE poderemos ouvir originais da banda mas também recordar temas de Edward Sharpe & the magnetic zeros,  Mumford & Sons ou The Beatles.

Sónia Lapa
Coordenadora Mini-Fórum Estudante

Eça de Queirós e «Os Maias» (2ª edição)

José Maria Eça de Queiroz, oriundo de Póvoa do Varzim, foi um dos escritores mais expressivos do século XIX. Nascido a 25 de Novembro de 1845, desenvolveu a sua prática literária entre 1860 e 1900, data da sua morte.  
A originalidade, assim como a riqueza do seu estilo e linguagem, marcaram indelevelmente a literatura portuguesa, não só pelo realismo descritivo, como também pela incisiva crítica social presente nos seus textos.
Além de escritor e ensaísta, Eça de Queiroz foi uma personalidade empenhada e interventiva na sociedade em que viveu, tendo mesmo ocupado alguns cargos políticos.
A sua vasta obra, alguma inédita à data da sua morte, encontra-se traduzida um pouco por todo o mundo, permanecendo, assim, viva e actual.

________________________________________________________________

Portugal sob a lupa de Eça de Queiroz

________________________________________________________________

«Nesse mesmo ano [1888] aparecem Os Maias, romance onde Eça atinge o zénite da sua carreira de escritor; a técnica romanesca impecável acha-se posta ao serviço de um grande painel desmitificador de uma sociedade corrupta, ultrapassada, de "aristocracia hereditária com base rural». Nas suas páginas, ressuscita a vida mundana de Lisboa de há cem anos. [...] aquilo que noutros romances seus ainda podia ser interpretado como simples sátira, adquire em Os Maias a textura do panfleto bem repensado e posto ao serviço da ideia programática de condenar "toda a sociedade constitucional", como escreveu numa carta enviada a Ramalho [Ortigão].»

MOURA, Helena Cidade (1977). Breve Apresentação, in: Os Maias. Lisboa: Círculo de Leitores, p. 7.
________________________________________________________________

Disponível para consulta na BECRE:




________________________________________________________________ 

Grandes Livros/Episódio 1 - «Os Maias» de Eça de Queirós:




Resumo da obra literária de Eça de Queirós,
incluindo trechos da série da TV Globo (Brasil) baseada em «Os Maias»:
Parte 1/3 - Parte 2/3 - Parte 3/3

________________________________________________________________

Artigos relacionados:
Eça de Queirós (1845-1900)
«Singularidades de uma rapariga loira» de Eça de Queirós, em debate na BECRE

Hiperligações:
Biblioteca Nacional/Eça de Queirós - bio-bibliografia; iconografia.
Farol das Letras/Eça de Queirós - Cronologia biobibliográfica.
Fundação Eça de Queiroz
Hora'Eça - Cronologia, vida e obra, caricaturas, testes.
Instituto Camões/Eça de Queirós - bio-bibliografia.
Obras de Eça de Queirós - Versões electrónicas com texto integral.
Vidas Lusófonas/Eça de Queirós - Cronologia, vida e obra.

Ana Paula Cardoso
José Fernando Vasco

Ciclo Cinema - «Filadélfia» (avaliação)


Divulgam-se os dados estatísticos referentes à avaliação
da atividade «Filadélfia», integrada no Ciclo Cinema.

José Fernando Vasco

«Narrativa de A. Gordon Pym» na Comunidade de Leitores de fevereiro 2012

«All that we see or seem,
is but a dream within a dream»

A Comunidade de Leitores da ES Cacilhas-Tejo, uma iniciativa da BECRE e do CNO de Cacilhas, reúne-se amanhã pelas 19:30 horas para analisar e partilhar leituras de «Narrativa de A. Gordon Pym» de Edgar Allan Poe.
Mestre do terror e precursor da literatura de ficção científica e do fantástico, Edgar Allan Poe publicou o livro em análise em 1838. Apesar da distância temporal, a obra permanece como incontornável e como um clássico absoluto que tem despertado o interesse de geração após geração.


A sua influência ainda hoje se faz sentir, tendo muitas das suas obras sido adaptadas sucessivamente ao cinema ou servindo de inspiração para composições musicais e teatrais.

.........................................................................................

«Escritor norte-americano nascido a 9 de janeiro de 1809, em Boston, e falecido a 7 de outubro de 1849. Filho de dois atores de Baltimore, David Poe Junior e Elizabeth Arnold Poe, ficou órfão com apenas dois anos de idade e desde cedo aprendeu a sobreviver sozinho. Foi adotado por uma família de comerciantes ricos de Richmond, de quem recebeu o apelido Allan.
Entre 1815 e 1820, a família Allan viveu em Inglaterra e na Escócia, onde Poe recebeu uma educação tradicional, regressando depois a Richmond. Poe foi para a Universidade da Virgínia em 1826, onde estudou grego, latim, francês, espanhol e italiano, mas desistiu do curso onze meses depois por causa do seu vício do jogo e do álcool. Resolveu então ir para Boston, onde publicou em 1827 um fascículo de poemas da juventude de inspiração byroniana, Tamerlane and Other Poems.
Em 1829 publicou o seu primeiro volume de poemas, com o título Al Aaraaf, Tamerlane and Minor Poems, onde se denota a influência de John Milton e Thomas Moore. Foi então para Nova Iorque, onde publicou outro volume, contendo alguns dos seus melhores poemas e onde se evidencia a influência de Keats, Shelley e Coleridge.Em 1835 estreou-se como diretor do jornal Southern Literary Messenger, em Richmond, onde se tornaria conhecido como crítico literário, mas veio a ser despedido do seu cargo alegadamente por causa do seu problema da bebida. O álcool viria aliás a ser o estigma que marcaria toda a sua vida até à morte. Casou-se nesse mesmo ano com a sua prima de apenas treze anos, Virgínia Clemm, e o casal resolveu então instalar-se em Nova Iorque, onde não chegou a permanecer muito tempo. Foi em Filadélfia que Poe alcançou fama através de vários volumes de poemas e histórias de mistério e de terror. Em 1838 escreveu The Narrative of Arthur Gordon Pym (A Narrativa de Arthur Gordon Pym), obra de prosa em que combinou factos reais com as suas fantasias mais insanes. Em 1839 tornou-se codiretor do Burton's Gentleman's Magazine em Filadélfia, e nesse mesmo ano escreveu várias obras que o tornaram famoso pelo seu estilo de literatura ligado ao macabro e ao sobrenatural. São elas William Wilson e The Fall of the House of Usher (A Queda da Casa de Usher).
A primeira história policial surgiu apenas em 1841, na revista Graham's Lady's and Gentleman's Magazine, sob o nome The Murders of the Rue Morgue (Os Crimes da Rue Morgue), e em 1843 Poe recebeu o seu primeiro prémio literário com a obra The Gold Bug. Em 1844 regressou a Nova Iorque e tornou-se subdiretor do New York Mirror. Na edição de 29 de janeiro de 1845 deste jornal surgiu o poema "The Raven" ("O Corvo"), com o qual Poe atingiu o auge da sua fama nacional.
Dois anos mais tarde morre a sua mulher Virgínia, mas Poe volta a casar, com Elmira Royster, em 1849. Porém, antes disso, Poe publica Eureka, uma obra que deu azo a muita contestação por parte de alguns críticos da época e que é considerada uma dissertação transcendental sobre o universo, muito louvada por uns e detestada por outros.
É de regresso à terra natal do seu pai que Poe começa a apresentar indícios de que o problema do alcoolismo já era de certo modo irreversível. De facto, ele esteve na origem da morte do poeta.
A obra de Poe é o espelho da sua vida conturbada e dos seus hábitos e atitudes antissociais, que o levavam a ter uma escrita que ia para além dos padrões convencionais. Se por um lado foi vítima de certas circunstâncias que estavam para além do seu controle, como foi o facto de ter ficado órfão aos dois anos de idade, por outro fez-se escravo de um problema - o álcool - que agravaria a sua personalidade já de si inconstante, imprevisível e incontrolável.»

.................................................................

Alan Parsons Project/John Miles
«The Cask of Amontillado»
(1976)


By the last breath of the four winds that blow
I'll have revenge upon Fortunato
Smile in his face I'll say "come let us go
I've a cask of Amontillado"

Sheltered inside from the cold of the snow

Follow me now to the vault down below
Drinking the wine as we laugh at the time
Which is passing incredibly slow

(What are these chains that are binding my arm?)

Part of you dies each passing day
(Say it's a game and I'll come to no harm)
You'll feel your life slipping away

You who are rich and whose troubles are few

May come around to see my point of view
What price the Crown of a King on his throne
When you're chained in the dark all alone

(Spare me my life only name your reward)

Part of you dies each brick I lay
(Bring back some light in the name of the Lord)
You'll feel your mind slipping away

.................................................................

Propaganda
«A dream within a dream»
(1985)


All that we see or seem
Is but a dream within a dream

Take this kiss upon the brow
And in parting from you now
This much let me avow
You are not wrong who deemed
That my days have been a dream
Yet if hope has flown away
In a night, in a day
In a vision, or in none
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream

I stand amid the roar
Of the surf tormented shore
And I hold within my hands
Grains of golden sand
How few yet how they creep
Through my fingers to the deep
While I weep, while I weep
Oh God can I not grasp them with a tighter clasp
Oh God can I not save one from the pitiless wave
Is all that we see or seem
But a dream within a dream


 .................................................................

Bibliografia selecionada e disponível
para consulta na BECRE



Fonte:

Hiperligações:
Edgar Allan Poe Museum
Pensador.info/Edgar Allan Poe

José Fernando Vasco

Oficina de Escrita Criativa, dinamizada por João Tordo


No âmbito do Plano de Formação para 2012 da Editora Santillana, decorrerá na ESCT, hoje e amanhã, das 17h15m às 19h15m, uma Oficina de Escrita Criativa dinamizada pelo escritor João Pedro Tordo. Embora os destinatários sejam, à partida, os professores de português, poderão inscrever-se professores de outras disciplinas que lecionem na ESCT ou em outras escolas do concelho.


Conteúdos e temáticas a abordar:
· A estrutura clássica em ficção; De uma ideia original ao tratamento dessa ideia; O enredo e o desenvolvimento desse enredo; A importância dos pontos de viragem em ficção.
· O parágrafo inicial e os pontos de viragem ao longo do enredo; Os três atos em ficção; Os momentos fundamentais: crise, desenvolvimento, clímax e resolução. O arco narrativo das personagens.
· Anatomia de uma cena; Diálogos; Vozes narrativas. A viagem emocional.

Metodologias e estratégias:
Os formandos deste curso terão completa liberdade de pensar, argumentar e comentar o seu trabalho e o trabalho dos outros participantes. O curso é essencialmente prático, procurando, depois da exposição inicial da teoria, envolver os participantes em pequenos exercícios que estimulam a criatividade e a descoberta da escrita como elemento fundamental de compreensão da realidade. O prazer do texto e o prazer na escrita são objetivos primordiais.

Hiperligação:
Alexandra Batalha
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Arquivo