A defesa dos desfavorecidos e oprimidos, nomeadamente dos indígenas, foi sempre uma questão relevada nas reflexões e nos ideais visionários de Pe. António Vieira.
Tal afirmação é suportada por diversas acções de Vieira, como por exemplo, a sua ida para o Reino, em busca da salvação dos Índios. Contudo, os indígenas são apenas um exemplo dos “desfavorecidos” pois, na actualidade, muitos de nós também o somos pela corrupção que nos rodeia, pelas injustiças que ilustram o nosso horizonte e pela crueldade soberana num império onde a ambição é rainha.
Pe. António Vieira, ao pregar a doutrina de Cristo, pretendia que os homens deixassem de ser desfavorecidos e oprimidos pois todo o património moral dos racionais está coberto de repreensões. Nas nossas águas navegam muitos polvos, colados a nós nadam muitos pegadores a quererem ofuscar-nos, à nossa volta temos muitos roncadores e voadores e, como se não bastasse, temos imensos candidatos implacáveis, de dentes afiados a quererem comer-nos. É por isto que afirmo que até mesmo nós, sociedade actual, somos extremamente desfavorecidos. E antes fosse de bens materiais do que morais!
Na minha opinião, está na hora de o sal começar realmente a salgar, seja sob a forma de pregadores ou não. António Vieira fez o que podia, mas a corrupção falou mais alto. Não será agora a altura perfeita para a desforra?...
Patrícia Lima
(aluna CCH - Ciências e Tecnologias)
(aluna CCH - Ciências e Tecnologias)
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