O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Ver Pintura V – «The Trunk of an Elm Tree», John Constable, c.1820

The Trunk of an Elm Tree, John Constable, c.1820
Em pintura, a manipulação do pincel é muito importante para criar detalhes ou texturas características de determinadas superfícies. Um exemplo para justificar esta afirmação pode ser encontrado na obra do artista inglês John Constable (1776-1837), The Trunk of an Elm Tree, na qual o pintor utilizou mais a cor e o trabalho do pincel para sugerir a superfície do tronco da árvore do que para descrevê-lo graficamente nas suas características orgânicas.
Quando nos distanciamos desta pintura, ela apresenta-nos uma imagem bastante detalhada e quase fotográfica do tronco de um olmo. No entanto, quando nos aproximamos dela, verificamos que a representação da superfície externa do tronco da árvore foi conseguida pela justaposição de pinceladas com tintas de tons claros e escuros e da utilização de falsas cores complementares, como por exemplo, o cor-de-rosa e o verde. Foi desta forma que Constable conseguiu alcançar uma correspondência visual entre a superfície pintada do quadro e a realidade observada.

Um pormenor de The Trunk of an Elm Tree
Hiperligação:

Rosa Espada

Colóquio Internacional «Ensinar/Aprender Filosofia num Mundo em Rede»

Nos dias 24, 25 e 26 de Novembro realizar-se-á na Faculdade de Letras de Lisboa um colóquio, com entrada livre, sobre o ensino da filosofia, onde serão abordados temas como o programa da disciplina, o recurso aos media na sala de aula, a filosofia para crianças e adolescentes, os filósofos e o ensino. Para consultar o programa e aceder às fichas de inscrição clique aqui.

Fonte: Faculdade de Letras de Lisboa


Sónia Lapa

Vídeos RTP: «Portugal um Retrato Ambiental» e «Portugal Energias sem Fim»

«Portugal um Retrato Ambiental»
(209 min.) Disponível na BECRE

«O ambiente é hoje uma questão maior da sociedade portuguesa, não apenas como uma preocupação dos governos, mas principalmente como um tema protagonista na opinião pública nacional. Se este protagonismo do tema é recente nas preocupações públicas, os problemas que lhe deram origem têm uma longa história. Uma história que nasce de modo diferente em sectores diferentes da sociedade portuguesa e que revela os contornos de um tema que toca todas as dimensões da nossa vida.
Em 4 episódios, com a ajuda de imagens captadas pela RTP durante mais de 40 anos, actualizadas por imagens de hoje, Luísa Schmidt entrevista os protagonistas e faz o retrato ambiental do país a degradar-se. Um retrato também de uma consciência ambiental cada vez mais forte. Degradação da paisagem, poluição dos rios, ares irrespiráveis, lixeiras, incêndios, cheias, etc. Mas também um povo cada vez mais empenhado em recuperar a sua herança.»
(da Capa)

Da autoria de Luísa Schmidt e com realização de Francisco Manso, este recurso educativo constitui um vídeo RTP1 premiado, produzido pela ‘Films 4You’ em 2004, e que tem como principal objetivo contribuir para a consciencialização ambiental dos portugueses, sendo um excelente complemento à aprendizagem dos alunos das disciplinas de biologia e geologia, físico-química, geografia e educação cívica.
Neste vídeo, o conteúdo informativo desenvolve-se ao longo de quatro capítulos, a saber:
1. País de contrastes
2. Das catástrofes às fontes de energia
3. Águas
4. Paisagem e desordenamento


«Portugal Energias sem Fim»
(52 min.) Disponível na BECRE

No vídeo Portugal Energias sem Fim, uma produção da ‘RCL’ para a RTP2, com realização de Rui Cunha, o tema principal são as energias alternativas (provenientes dos elementos ar, terra, fogo e água) e a sua utilização em território nacional. Nos seis capítulos apresentados, divulgam-se vários exemplos de aproveitamento de fontes de energia não fóssil, como a energia solar térmica, a energia da biomassa, a geotermia, as centrais hidroelétricas e os parques eólicos. É apresentado, ainda, o exemplo de um edifício energeticamente eficiente com a integração de diversas fontes de energia não poluente.
A ideia central transmitida é a seguinte: não poluir, aumentar a conservação de energia e melhorar a sua eficiência.
Valerá a pena lembrar, por isso, as metas da UE para 2020, no que respeita à preservação do ambiente:
- Reduzir em 20% as emissões de CO2;
- Aumentar em 20% a eficiência energética;
- Atingir 20% de produção de electricidade a partir de fontes renováveis.
Este é um vídeo que todos os alunos deveriam ver. Projeta-nos o futuro que ambicionamos para o desenvolvimento económico e ambiental de Portugal e do planeta.

Rosa Espada

VIII Congresso da Geografia Portuguesa no IGOT















Temas do Congresso:

1 - Avaliação de programas e planos territoriais.
2 - Crise e respostas socio-espaciais inovadoras.
3 - Desenvolvimento regional e local.
4 - Dinâmica dos ambientes físicos e biofísicos.
5 - Geografia, educação e futuro.
6 - Lugares, cultura e identidades.
7 - Mobilidades sociais e geográficas.
8 - Mudanças ambientais e novos paradigmas no uso do território.
9 - Planeamento territorial e governança.
10 - Resiliência e sustentabilidade urbana num mundo em mudança.
11 - Riscos, proteção civil e ordenamento do território.
12 - Sistemas de Informação Geográfica, Deteção Remota e Modelação Territorial.
13 - Turismo, lazer e viagens.

Para mais informações, consultar a página oficial do Congresso.

Hiperligações:
APG - Associação Portuguesa de Geógrafos
IGOT - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território
VIII Congresso da Geografia Portuguesa no IGOT

Hugo Marques
(aluno de Planeamento e Gestão do Território)
José Fernando Vasco

Miles Davis (1926-1991)

«Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de Maio de 1926 – Santa Monica, 28 de Setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e "bandleader" de jazz norte-americano.
Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1990. Precursor do bebop e do cool jazz, fez igualmente parte do desenvolvimento do jazz modal e do jazz fusion que teve a sua origem no seu trabalho com outros músicos, no final da década de 1960 e no começo da década de 1970.
Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie. Ao contrário desses músicos, nunca foi considerado com um alto nível de habilidade técnica. O seu grande êxito como músico foi ir mais além do que meramente ser influente e distinto no seu instrumento: moldou estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos. Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram o seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo: Joe Zawinul, Chick Corea e Herbie Hancock, os saxofonistas John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman e Kenny Garrett, o baterista Tony Williams e o guitarrista John McLaughlin. Como trompetista Davis tinha um som puro e claro mas também uma invulgar liberdade de articulação. Ficou conhecido por ter um registro baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade técnica com o seu trompete.»

Fonte: Wikipedia/Miles Davis (adaptado)


Em 1959, Miles Davis gravou e publicou "A Kind of Blue" e colocou o seu nome no pequeno rol de visionários cuja missão é tornarem a espécie humana mais interessante ... Bach, Mozart, Stravinski, Ella Fitzgerald... Músicos extraordinários como Herbie Hancock, John Coltrane, John McLaughling, Ron Carter, Tony Williams ... contribuíram para tornar Miles Davis a referência da música na segunda metade do século XX, determinando a evolução do jazz nos últimos quarenta anos e influenciando bandas tão (?) improváveis como os Radiohead. Mas, acima de tudo, Miles é noite e a sua essência, e «Blue in Green» um dos mais extraordinários exemplos da arte maior de Miles Davis e do extraordinário grupo de músicos que liderava.


Miles Davis - trompete
Bill Evans - piano
John Coltrane - saxofone tenor
Paul Chambers - contrabaixo
Jimmy Cobb - bateria





Hiperligações:
José Fernando Vasco

12ª Festa do Cinema Francês no Fórum Romeu Correia


Inseridos na 12ª Festa do Cinema Francês a decorrer, entre outros locais, no Auditório do Fórum Romeu Correia (Almada) e com utilidade para professores e alunos de Francês, apresentam-se dois filmes com entrada gratuita mas sujeita a marcação para sisidro@cma.m-almada.pt ou para Sílvia Isidro (212724920).
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«Une vie de chat»
de Jean-Loup Felicioli e Alain Gagnol
2010 | Animação| 1h10
13 de Outubro| 15h00

Sinopse:
Dino é um gato que se divide entre duas vidas paralelas. De dia, vive com Zoé, a filha única de Jeanne, uma comissária de polícia. De noite, sobe aos telhados de Paris na companhia de Nico, ladrão de grande habilidade. A comissária Jeanne tem duas missões: encontrar o escalador responsável por diversos roubos de jóias e vigiar uma estátua gigante que é desejada por Victor Costa, o mais famoso dos ladrões da cidade. A pequena Zoé vai ajudar a resolver a situação…
Os Realizadores:
Os dois realizadores conheceram-se quando fizeram o serviço civil, em alternativa ao serviço militar, no final dos anos 80, nos conhecidos estúdios de animação Folimage. Jean-Loup Felicioli começou por realizar duas curtas-metragens: Sculpture/Sculptures, em 1989, e Le Wall, em 1991, ambas premiadas em diferentes festivais de animação. Alain Gagnol escreveu vários romances policiais e livros para jovens, como Pire que terrible. Foi em 1996 que começaram a filmar juntos. Referem habitualmente que o grande pontapé de saída foi o prémio que receberam no Cinanima de Espinho, em 1996, quando apresentaram a curta L’Égoïste. Posteriormente, filmaram curtas como Le Nez à fenêtre, em 2001, Le Couloir, em 2005, e Mauvais temps, no ano seguinte. Une vie de chat é a primeira longa-metragem de Felicioli e Gagnol.

Nota de intenções dos realizadores:
“Dei várias expressões ao ladrão que não é tão mau quanto isso, à menina com saudades do papá, ao ladrão estúpido e mau. A história oferecia bonitos desafios de encenação, tendo como fundo cenários pitorescos (os telhados de Paris à noite, o topo da Notre-Dame; sem falar das fantásticas visões de Costa, o mau da história e um apaixonado por arte africana). Quanto à animação, continuámos fiéis aos nossos princípios: nunca utilizamos as model sheet, esses modelos gráficos para animadores onde as personagens são representadas em todos os ângulos. Cada plano nosso tem o seu próprio modelo.”

Sobre o filme:
“Une vie de chat surpreende pela sua agilidade graciosa, a vivacidade felina dos seus desenhos, a harmonia saltitante da música e das cores.” (Isabelle Regnier, in: Le Monde)

Vozes: Dominique Blanc, Jean Benguigui, Bruno Salomone, Bernadette Lafont
Argumento: Alain Gagnol
Som: Loïc Burkhardt
Música Original: Serge Besset
Montagem: Hervé Guichard
Produção: Folimage
Origem: França, Bélgica
Distribuição: Films Distribution
Estreia em França: 15/12/2010
Presença em festivais: Festival de Cinema de Berlim (2011), Festival de Cinema de Sarajevo (2011), Festival de Cinema de Hong Kong (2011).

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«Les contes de la nuit»
de Michel Ocelot
2011 | Animação | 1h23 |

14 de Outubro| 15h00

Sinopse:
Uma menina, um rapaz e um velho técnico de cinema encontram-se todas as noites num pequeno cinema, que parece abandonado mas que continua cheio de maravilhas por descobrir. Os três amigos imaginam, pesquisam, desenham e mascaram-se para contarem inúmeras histórias. E brincam às grandes aventuras, em noites mágicas onde tudo é possível: surgem bruxas e fadas, reis poderosos e moços de cavalariça, lobos malvados e donzelas abandonadas, cidades de ouro e florestas profundas...

O Realizador:
Michel Ocelot já é um veterano do cinema de animação: apresentou Les Trois inventeurs, em 1980, e La Légende du pauvre bossu, em 1983. A última destas duas curtas premiadas recebeu também o prémio César para Melhor Curta-Metragem de Animação. Depois de ter realizado várias séries de animação para televisão, repescando técnicas tão simples como as sombras chinesas, Ocelot obteve um enorme sucesso com a sua primeira longa-metragem: Kirikou e a Feiticeira, de 1998. Princes et princesses, Kirikou et les bêtes sauvages e Azur et Asmar foram as longas seguintes. Les Contes de la nuit é o filme mais recente de Ocelot, mas o realizador já está a preparar uma nova aventura de Kirikou.

Nota de intenções do realizador:
“Ao longo dos anos descobri uma coisa agradável: sou um feiticeiro. Tenho dois poderes: o poder de produzir beleza e o de suscitar seres e factos que não existem, e que nos fazem viajar através de diferentes universos, como se estivéssemos num tapete voador. São prendas que ofereço às pessoas, porque gosto de dar prazer.”

Sobre o filme:
“Mais uma vez, Ocelot enfeitiça. Um fogo-de-artifício colorido, a pura essência da beleza.” (Emmanuèle Frois, in: Le Figaro)
“Michel Ocelot faz do conjunto de contos animados uma preciosa compilação, mas devia ser proibido que este prazer seja reservado apenas às crianças e aos pais que o vêem.” (Thierry Méranger, in: Les Cahiers du cinéma)

Vozes: Julien Beramis, Marine Griset, Michel Élias, Olivier Claverie, Isabelle Guiard, Yves Barsacq, Firmine Richard, Olivia Brunaux, Serge Feuillard, Michel Ocelot, Christophe Rossignon
Argumento: Michel Ocelot
Som: Séverin Favriau, Jean Taxis
Música original: Christian Maire
Montagem: Patrick Ducruet
Produção: Nord-Ouest Films, Studio O
Origem: França
Distribuição: StudioCanal
Estreia em França: 20/07/2011
Presença em festivais: Festival de Cinema de Berlim (2011), Festival de Cinema de Durban (2011), Festival de Cinema de Karlovy Vary (2011), Festival de Cinema de Melbourne (2011).

Fonte:
Sílvia Isidro
Câmara Municipal de Almada
Departamento de Cultura
Divisão de Bibliotecas
212724920

Hiperligações:
12ª Festa do Cinema Francês - sítio oficial
12ª Festa do Cinema Francês - programa

José Fernando Vasco

Mark Pagel: como a linguagem transformou a humanidade

Mark Pagel apresenta uma teoria sobre o desenvolvimento da linguagem. Os primeiros humanos viveriam uma crise provocada pelo roubo visual que é a aprendizagem social e que se traduz no conflito de manter os conhecimentos dentro da família ou partilhá-los com outros. A evolução da linguagem foi a solução dessa crise permitindo alcançar algo fundamental: a cooperação. Para este biólogo a linguagem é uma "peça da tecnologia social para aumentar os benefícios da cooperação, para se fechar contratos, para se fazer acordos e para coordenar as nossas atividades".

Fonte: Ted.com

 

Sónia Lapa

Acordo Ortográfico: algumas ferramentas úteis

«Custa-me perder o cê de afecto»
«Na minha cabeça estão os gerúndios»

Paula Tavares, poetisa angolana
in:
Bibliotecando em Tomar, Maio 2011.




Desde 1 de setembro, o novo acordo ortográfico está em vigor nas escolas portuguesas. 
Independentemente de concordâncias ou discordâncias em relação à sua natureza, propósitos e conteúdo específico, há que preparar o futuro durante o período de vigência simultânea até 2014/2015.
Assim, disponibilizamos as hiperligações para algumas ferramentas que poderão ajudar neste processo de transição.

Apresentação "Novo Acordo Ortográfico - principais mudanças" (por Alexandra Pedro)
DGIDC/Webinar - Acordo Ortográfico/vídeo
DGIDC/Webinar - Acordo Ortográfico/Apresentação
Flip - conversor para o acordo ortográfico online
GAVE/Acordo Ortográfico - Informação 2011/2012
Infopédia/Dicionário da Língua Portuguesa - com Acordo Ortográfico
Lince - conversor
Ministério da Educação/Guia do Acordo Ortográfico
Revista Noesis, nº 81
Portal da Língua Portuguesa


Alexandra Pedro
José Fernando Vasco


Visão História 13 - «Invasões Francesas: os anos que abalaram Portugal»


Disponível para consulta na BECRE
a partir de 27.09.2011

A última edição da revista «Visão História» é dedicada aos anos que abalaram Portugal no processo das invasões francesas. 
Cento e noventa e um anos depois da terceira invasão francesa, a prestigiada revista portuguesa apresenta de forma contextualizada essa fase crítica da história nacional, com recurso ao contributo de prestigiados historiadores e jornalistas como António Ventura e Ana Leal de Faria, Luís Almeida Martins, Germano da Silva ou Rui Cardoso, entre outros.
Como é habitual nas edições temáticas de «Visão História», a cronologia de acontecimentos, a análise rigorosa e o recurso à inúmera e profícua iconografia - com destaque para a caricatura e para a «pintura oficial» - permitem aos leitores uma abordagem exaustiva mas não excessivamente académica das invasões francesas que colocaram Portugal, entre 1809 e 1812, no epicentro das convulsões europeias.

 Sumário:
 * «Invasões Francesas: os anos que abalaram Portugal»
* Cronologia (1790-1820)
* Antecedentes: a cavalgada napoleónica
* A figura: Napoleão Bonaparte
* Portugal: um tempo de transição
* Campanha do Rossilhão
* Perda de Olivença
* Partida para o Brasil
* Mapa - as três invasões de Portugal
* Primeira invasão - Lisboa não sejas francesa
* Segunda invasão - O Porto no tempo dos franceses
* Defesa: as inexpugnáveis linhas de Torres Vedras
* Terceira invasão: às três não foi de vez
* A batalha do Buçaco vista por dentro
* A guerrilha antifrancesa
* Imprensa: como a França perdeu a guerra da propaganda
* O mistério da Convenção de Sintra
* Memória: o que resta das invasões francesas
* Notas e bibliografia

Poderá ainda ser útil a consulta de duas obras disponíveis:



Artigos relacionados:
«Angola 1961: o começo da guerra
O Verão Quente de 1975
Portugal e a II Guerra Mundial
Portugal em 1910
Visão História - «41 grandes figuras da I República»
Visão História: conspirações contra o regime 

José Fernando Vasco


19ª Quinzena de Dança de Almada


«A Companhia de Dança de Almada vai realizar, entre 28 de Setembro e 15 de Outubro de 2011, em Almada, Sesimbra e Montijo, a 19ª Quinzena de Dança de Almada - Contemporary Dance Festival.
Nos palcos municipais de Almada, Sesimbra e Montijo, no Centro Cultural Malaposta e no Centro Cultural de Belém serão apresentados espetáculos de dança contemporânea, provenientes dos seguintes países:
  • Bélgica , Colômbia , Croácia , Dinamarca , Espanha
  • França , Holanda , Israel , Itália , Polónia
  • Portugal , Reino Unido , República Checa , Suíça
Paralelas aos espetáculos, no fórum e teatro municipal de Almada, nos auditórios da Restart e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/UNL e na Escola de Dança da CDAlmada serão realizadas as seguintes atividades com a dança relacionadas:
  • ateliers infantojuvenis
  • aulas abertas
  • mostra de videodança
  • workshops
  • exposição fotográfica
O festival “Quinzena de Dança de Almada - Contemporary Dance Festival” realiza-se com o objetivo com que nasceu: apresentar e promover a dança, oferecendo ao público um conjunto de eventos representativos da dança contemporânea nacional e internacional.
Consulta aqui o programa!»

Fonte:


Hiperligação:
Companhia de Dança de Almada

José Fernando Vasco

VII Festival de Flamenco

O Fórum Municipal Romeu Correia recebe, nos dias 23 e 24 de Setembro, a 7ª edição do Festival de Flamenco de Almada, um espetáculo de cor, música, dança e muito salero.
No dia 23 pelas 21h30 é apresentado Felah-Mengus de Jesus Herrera y su cuadro flamenco, um espetáculo que faz uma incursão pelos "palos" flamencos mais antigos e tradicionais.
No dia 24 de Setembro, também pelas 21h30, é apresentado um espetáculo, Café Cantante, que traz o flamenco em 3 das suas manifestações artísticas principais: guitarra, canto e baile.
Preço: 8 euros

Informações:
Fórum Municipal Romeu Correia
Praça da Liberdade
Tel.: 21 272 49 20
E-mail: auditorio@cma.m-almada.pt

Fonte: Câmara Municipal de Almada
Sónia Lapa

Ver pintura IV - «L'Allée de rosiers», Claude Monet, c.1920

L'Allée de rosiers, Claude Monet, c.1920
Durante o século XIX o conhecimento acerca das cores e do modo com se influenciam mutuamente ficou em grande medida a dever-se aos trabalhos do químico Eugène Chevreul (1786-1889), publicados no livro De la Loi du Contrast Simultané des Couleurs (1839).
Ao lerem este livro, vários pintores interessaram-se pela afirmação de que cada cor é modificada quando próximo da sua cor complementar. Na pintura L’Allée de rosiers, Claude Monet (1840-1926) pratica o princípio de Chevreul ao utilizar as cores primárias e as suas cores complementares, fazendo-as interagir de modo a ficarem mais destacadas e brilhantes.
Existe também uma referência visual à perspetiva linear, conseguida com a aplicação de cor de laranja e ocre em primeiro plano, de vermelho nas áreas laterais da tela, e de azuis e púrpuras (cores frias) para criar recessão na zona central da pintura. Os locais de luminosidade (a amarelo e azul claro) parecem corresponder à luz que consegue passar por entre a folhagem e as flores. Monet utiliza igualmente a técnica do empaste para sugerir a textura densa da folhagem do jardim.
Esta pintura é não figurativa, pois o artista quis deixar ao critério da imaginação de cada um a sensação da atmosfera de um túnel de rosas.





Hiperligações:
Rosa Espada

Realidade aumentada: a nova visão das cidades através das novas tecnologias de informação

O Nº 187 do Courrier internacional está disponível para consulta na BECRE.
Em destaque, como tema de capa – Tecnologias de informação: realidade aumentada.

«Um mundo novo mas tutelado»  "Estamos longe da utopia dos primeiros anos da Internet. O novo mundo virtual é tão violento e vigiado como o mundo real".

«A arte de sobrepor novos estratos à realidade» Porque cada vez há mais informação e acessível em tempo real.

«Em cada esquina, uma informação»  "A realidade aumentada está prestes a enriquecer a paisagem urbana com um novo elemento: informações com origem em aplicações na Internet fazem com que textos e imagens se sobreponham aos objetos no nosso campo de visão. As câmaras e os óculos que permitem visualizar a realidade aumentada são cada vez mais pequenos, inteligentes e mais bem concebidos. Brevemente, poderão revolucionar a perceção do espaço e dos objetos ao nosso redor".

A ler igualmente:

Portugal – «Lisboa ao pé da letra» A aventura pelas ruas de Lisboa com Fernando Pessoa evocando ”uma cidade que merece ser observada com a serenidade de quem lê um livro”.

Londres – «As chamas continuam» Os motins e o contágio à periferia custarão ao país mais do que dinheiro.

EUA – «Batalhão Lincoln os heróis ignorados da América».

Noruega – «Toda a Europa deve preocupar-se» Segundo opinião de estudioso da extrema-direita, Anders Breivik não é uma exceção de um único país.

Droga – «Como sair do impasse?»

Economia – «Quando o comércio justo se dilui no marketing»

Conceição Toscano

Ver Pintura III – «Les glaneuses», Jean-François Millet, c.1857

Les glaneuses, Jean-François Millet, c.1857
Les glaneuses de Jean-François Millet (1814-1875) alcançou uma enorme popularidade durante o século XIX e ainda durante o começo do século XX, sendo hoje considerada uma obra emblemática do realismo francês, estilo em que Millet foi líder juntamente com J.-B. Corot (1796-1875).
Como muitas vezes acontece com as grandes pinturas, a aparência desta obra é, num primeiro olhar, dececionante. No entanto, a manipulação feita pelo artista para representar a vastidão do espaço do campo afasta-a da mediania artística. Vejamos, então, porquê.
O horizonte localiza-se acima da linha mediana do quadro, encontrando-se sobre este palheiros e casas de tamanho muito pequeno. Ora, isto é fundamental para criar um efeito de distância considerável. Depois, quando olhamos para a parte esquerda do mesmo horizonte, vemos palheiros com maiores dimensões, facto que os faz aproximar do primeiro plano da composição onde se encontram as mulheres. O caminho percorrido pela visão desde a linha do horizonte até às mulheres torna-se assim rápido, quase anulando a existência de uma distância ou plano médio. E é precisamente esta característica, assim como a colocação da cabeça da mulher do lado direito sobre o horizonte, que confere uma grande dimensão às três camponesas que colhem os restos da ceifa.
Millet utilizou também a perspectiva aérea para conferir distância à paisagem. Aqui foi igualmente criativo. Para reforçar e fixar o movimento de afastamento na diagonal das três mulheres, utilizou o mesmo valor tonal escuro para os camponeses que se encontram próximo do fardo de palha pintado ao longe no lado esquerdo, em vez de atribuir-lhes o mesmo tratamento claro e enevoado conferido às casas e fardos de palha pintados sobre a linha distante do horizonte. Quanto aos detalhes, a regra para sugerir profundidade foi respeitada: mais detalhe nos elementos do primeiro plano (camponesas e chão ceifado), menos detalhe na representação do plano de fundo (casas, fardos de palha, outros camponeses).
O ponto de vista concedido ao espectador, permite que este contemple a cena rural a partir de uma posição elevada, como se olhasse por cima das costas vergadas das duas mulheres da esquerda.
A simplicidade da cena principal é tão grande, que o espectador é obrigatoriamente levado a olhar para as redondezas e a refletir sobre a dependência do homem em relação ao cultivo da terra. As faces das mulheres permanecem no escuro, são gente anónima reduzida ao trabalho de apanhar os parcos restos deixados pelos ricos, que estão distantes nas suas casas sobre o horizonte. Este é o comentário social deixado por Millet sobre as classes camponesas pobres de França. Só a luz dourada confere a dignidade possível às pobres mulheres respigadeiras.

A linha do horizonte, a diagonal da profundidade e a altura do primeiro plano.

O desenho preparatório para Les glaneuses.

Jornadas Europeias do Património 2011 - 23, 24 e 25 de setembro de 2011

As Jornadas Europeias do Património têm como objetivo a sensibilização de todos os cidadãos europeus para o entendimento da importância da salvaguarda do património. Esta iniciativa anual tem como público alvo pessoas de todas as idades e interesses, tentando a aproximação ao património a partir da realização de atividades diversificadas: exposições, conferências, ateliês e workshops educativos, concursos de fotografias, visitas guiadas e percursos orientados.
Em Portugal, o programa de atividades a nível nacional é coordenado pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, I.P.). O tema para o ano de 2011 é «Património e Paisagem Urbana», apostando-se numa contínua sensibilização com vista à proteção e valorização das características da paisagem nos núcleos urbanos. "O património e a paisagem urbana são indissociáveis, a partir do momento em que a ideia de paisagem urbana é abrangente e reflecte todos os valores sociais, naturais, culturais, urbanísticos, arquitectónicos e arqueológicos que aí se encontram. O património e a paisagem urbana, nas suas múltiplas manifestações, documentando a história e o desenvolvimento da sociedade, contribuem, decisivamente, para a diferenciação de identidades. As cidades, vilas e aglomerados urbanos são recursos únicos que têm de ser protegidos e valorizados, apesar dos problemas que lhes são inerentes por serem organismos em constante transformação, como a desertificação dos centros históricos e tradicionais e a tendência para a sua descaracterização." (IGESPAR)

Consulte o Programa nacional.

Sugestões do Programa a nível local:

Almada, Cacilhas: Fragata D. Fernando II e Glória; visitas guiadas em pequenos grupos e exposição de fotografias antigas e também elucidativas da reconstrução da fragata; 23 de setembro, das 10 às 12h e das 13h30 às 17h; atividade destinada ao público em geral.

Lisboa: Museu das Comunicações e visita guiada ao Bairro da Madragoa; 24 de setembro, às 10h30; atividade destinada ao público em geral.

Lisboa: Circuito pedestre que tem por tema a arte pública e a arquitetura contemporânea no Parque das Nações; 24 de setembro, às 10h; atividade destinada ao público em geral.

Lisboa: Circuito pedestre pelas vilas operárias da zona da Graça; 23 de setembro, às 10h; atividade destinada ao público em geral.

Lisboa: Visita comentada ao Palácio do Beau Séjour, "um exemplar do final do Romantismo, início do Naturalismo, que marcou o panorama patrimonial oitocentista de Lisboa"; 23 e 24 de setembro, às 15h30 atividade destinada ao público escolar e também ao público em geral.

Seixal: Passeio à vela no bote de fragata «Baía do Seixal» na baía (estuário do Tejo), "ponto de observação e interpretação privilegiada da inserção dos elementos patrimoniais na paisagem hoje predominantemente urbana. O programa termina com desembarque no Moinho de Maré de Corroios, seguido de visita comentada a este núcleo do Ecomuseu (classificado de Imóvel de Interesse Público), bem como ao da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol (Monumento Nacional)"; 25 de setembro, das 12h30 às 17h30; atividade destinada ao público juvenil e adulto.


Conceição Toscano

«Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas...»

Um texto de 2009 dirigido aos alunos norte-americanos mas que alunos e professores portugueses podem utilizar para uma reflexão sobre o novo ano letivo que hoje começa.
Boa reflexão e profícuo debate!

«Sei que para muitos de vocês hoje é o primeiro dia de aulas, e para os que entraram para o jardim infantil, para a escola primária ou secundária, é o primeiro dia numa nova escola, por isso é compreensível que estejam um pouco nervosos. Também deve haver alguns alunos mais velhos, contentes por saberem que já só lhes falta um ano. Mas, estejam em que ano estiverem, muitos devem ter pena por as férias de Verão terem acabado e já não poderem ficar até mais tarde na cama.Também conheço essa sensação.
Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, às 4h30 da manhã.A ideia de me levantar àquela hora não me agradava por aí além. Adormeci muitas vezes sentado à mesa da cozinha. Mas quando eu me queixava a minha mãe respondia-me: "Olha que isto para mim também não é pêra doce, meu malandro..."
Tenho consciência de que alguns de vocês ainda estão a adaptar-se ao regresso às aulas, mas hoje estou aqui porque tenho um assunto importante a discutir convosco. Quero falar convosco da vossa educação e daquilo que se espera de vocês neste novo ano escolar.
Já fiz muitos discursos sobre educação, e falei muito de responsabilidade. Falei da responsabilidade dos vossos professores de vos motivarem, de vos fazerem ter vontade de aprender. Falei da responsabilidade dos vossos pais de vos manterem no bom caminho, de se assegurarem de que vocês fazem os trabalhos de casa e não passam o dia à frente da televisão ou a jogar com a Xbox. Falei da responsabilidade do vosso governo de estabelecer padrões elevados, de apoiar os professores e os directores das escolas e de melhorar as que não estão a funcionar bem e onde os alunos não têm as oportunidades que merecem.No entanto, a verdade é que nem os professores e os pais mais dedicados, nem as melhores escolas do mundo são capazes do que quer que seja se vocês não assumirem as vossas responsabilidades. Se vocês não forem às aulas, não prestarem atenção a esses professores, aos vossos avós e aos outros adultos e não trabalharem duramente, como terão de fazer se quiserem ser bem sucedidos.
E hoje é nesse assunto que quero concentrar-me: na responsabilidade de cada um de vocês pela sua própria educação.Todos vocês são bons em alguma coisa. Não há nenhum que não tenha alguma coisa a dar. E é a vocês que cabe descobrir do que se trata. É essa oportunidade que a educação vos proporciona.Talvez tenham a capacidade de ser bons escritores - suficientemente bons para escreverem livros ou artigos para jornais -, mas se não fizerem o trabalho de Inglês podem nunca vir a sabê-lo. Talvez sejam pessoas inovadoras ou inventores - quem sabe capazes de criar o próximo iPhone ou um novo medicamento ou vacina -, mas se não fizerem o projecto de Ciências podem não vir a percebê-lo. Talvez possam vir a ser mayors ou senadores, ou juízes do Supremo Tribunal, mas se não participarem nos debates dos clubes da vossa escola podem nunca vir a sabê-lo.No entanto, escolham o que escolherem fazer com a vossa vida, garanto-vos que não será possível a não ser que estudem. Querem ser médicos, professores ou polícias? Querem ser enfermeiros, arquitectos, advogados ou militares? Para qualquer dessas carreiras é preciso ter estudos. Não podem deixar a escola e esperar arranjar um bom emprego. Têm de trabalhar, estudar, aprender para isso.E não é só para as vossas vidas e para o vosso futuro que isto é importante.
O que vocês fizerem com os vossos estudos vai decidir nada mais nada menos que o futuro do nosso país. Aquilo que aprenderem na escola agora vai decidir se enquanto país estaremos à altura dos desafios do futuro.Vão precisar dos conhecimentos e das competências que se aprendem e desenvolvem nas ciências e na matemática para curar doenças como o cancro e a sida e para desenvolver novas tecnologias energéticas que protejam o ambiente. Vão precisar da penetração e do sentido crítico que se desenvolvem na história e nas ciências sociais para que deixe de haver pobres e sem-abrigo, para combater o crime e a discriminação e para tornar o nosso país mais justo e mais livre. Vão precisar da criatividade e do engenho que se desenvolvem em todas as disciplinas para criar novas empresas que criem novos empregos e desenvolvam a economia.Precisamos que todos vocês desenvolvam os vossos talentos, competências e intelectos para ajudarem a resolver os nossos problemas mais difíceis.
Se não o fizerem - se abandonarem a escola -, não é só a vocês mesmos que estão a abandonar, é ao vosso país.Eu sei que não é fácil ter bons resultados na escola. Tenho consciência de que muitos têm dificuldades na vossa vida que dificultam a tarefa de se concentrarem nos estudos. Percebo isso, e sei do que estou a falar. O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida. Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos. A minha mulher, a nossa primeira-dama, Michelle Obama, tem uma história parecida com a minha. Nem o pai nem a mãe dela estudaram e não eram ricos. No entanto, trabalharam muito, e ela própria trabalhou muito para poder frequentar as melhores escolas do nosso país.Alguns de vocês podem não ter tido estas oportunidades. Talvez não haja nas vossas vidas adultos capazes de vos dar o apoio de que precisam. Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem.
Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpa para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpa para não estudarem.A vossa vida actual não vai determinar forçosamente aquilo que vão ser no futuro. Ninguém escreve o vosso destino por vocês.
Aqui, nos Estados Unidos, somos nós que decidimos o nosso destino. Somos nós que fazemos o nosso futuro.E é isso que os jovens como vocês fazem todos os dias em todo o país. Jovens como Jazmin Perez, de Roma, no Texas. Quando a Jazmin foi para a escola não falava inglês. Na terra dela não havia praticamente ninguém que tivesse andado na faculdade, e o mesmo acontecia com os pais dela. No entanto, ela estudou muito, teve boas notas, ganhou uma bolsa de estudos para a Universidade de Brown, e actualmente está a estudar Saúde Pública.Estou a pensar ainda em Andoni Schultz, de Los Altos, na Califórnia, que aos três anos descobriu que tinha um tumor cerebral. Teve de fazer imensos tratamentos e operações, uma delas que lhe afectou a memória, e por isso teve de estudar muito mais - centenas de horas a mais - que os outros. No entanto, nunca perdeu nenhum ano e agora entrou na faculdade.E também há o caso da Shantell Steve, da minha cidade, Chicago, no Illinois. Embora tenha saltado de família adoptiva para família adoptiva nos bairros mais degradados, conseguiu arranjar emprego num centro de saúde, organizou um programa para afastar os jovens dos gangues e está prestes a acabar a escola secundária com notas excelentes e a entrar para a faculdade.A Jazmin, o Andoni e a Shantell não são diferentes de vocês. Enfrentaram dificuldades como as vossas. Mas não desistiram. Decidiram assumir a responsabilidade pelos seus estudos e esforçaram-se por alcançar objectivos.
E eu espero que vocês façam o mesmo.É por isso que hoje me dirijo a cada um de vocês para que estabeleça os seus próprios objectivos para os seus estudos, e para que faça tudo o que for preciso para os alcançar. O vosso objectivo pode ser apenas fazer os trabalhos de casa, prestar atenção às aulas ou ler todos os dias algumas páginas de um livro. Também podem decidir participar numa actividade extracurricular, ou fazer trabalho voluntário na vossa comunidade. Talvez decidam defender miúdos que são vítimas de discriminação, por serem quem são ou pelo seu aspecto, por acreditarem, como eu acredito, que todas as crianças merecem um ambiente seguro em que possam estudar. Ou pode ser que decidam cuidar de vocês mesmos para aprenderem melhor. E é nesse sentido que espero que lavem muitas vezes as mãos e que não vão às aulas se estiverem doentes, para evitarmos que haja muitas pessoas a apanhar gripe neste Outono e neste Inverno.Mas decidam o que decidirem gostava que se empenhassem. Que trabalhassem duramente.
Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows -, mas a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito difícil. Não vão gostar de todas as disciplinas nem de todos os professores. Nem todos os trabalhos vão ser úteis para a vossa vida a curto prazo. E não vão forçosamente alcançar os vossos objectivos à primeira.No entanto, isso pouco importa. Algumas das pessoas mais bem-sucedidas do mundo são as que sofreram mais fracassos. O primeiro livro do Harry Potter, de J. K. Rowling, foi rejeitado duas vezes antes de ser publicado. Michael Jordan foi expulso da equipa de basquetebol do liceu, perdeu centenas de jogos e falhou milhares de lançamentos ao longo da sua carreira. No entanto, uma vez disse: "Falhei muitas e muitas vezes na minha vida. E foi por isso que fui bem-sucedido."
Estas pessoas alcançaram os seus objectivos porque perceberam que não podemos deixar que os nossos fracassos nos definam - temos de permitir que eles nos ensinem as suas lições. Temos de deixar que nos mostrem o que devemos fazer de maneira diferente quando voltamos a tentar. Não é por nos metermos num sarilho que somos desordeiros. Isso só quer dizer que temos de fazer um esforço maior por nos comportarmos bem. Não é por termos uma má nota que somos estúpidos. Essa nota só quer dizer que temos de estudar mais.
Ninguém nasce bom em nada. Tornamo-nos bons graças ao nosso trabalho. Não entramos para a primeira equipa da universidade a primeira vez que praticamos um desporto. Não acertamos em todas as notas a primeira vez que cantamos uma canção. Temos de praticar. O mesmo acontece com o trabalho da escola. É possível que tenham de fazer um problema de Matemática várias vezes até acertarem, ou de ler muitas vezes um texto até o perceberem, ou de fazer um esquema várias vezes antes de poderem entregá-lo.Não tenham medo de fazer perguntas. Não tenham medo de pedir ajuda quando precisarem. Eu todos os dias o faço. Pedir ajuda não é um sinal de fraqueza, é um sinal de força. Mostra que temos coragem de admitir que não sabemos e de aprender coisas novas. Procurem um adulto em quem confiem - um pai, um avô ou um professor ou treinador - e peçam-lhe que vos ajude.E mesmo quando estiverem em dificuldades, mesmo quando se sentirem desencorajados e vos parecer que as outras pessoas vos abandonaram - nunca desistam de vocês mesmos. Quando desistirem de vocês mesmos é do vosso país que estão a desistir.
A história da América não é a história dos que desistiram quando as coisas se tornaram difíceis. É a das pessoas que continuaram, que insistiram, que se esforçaram mais, que amavam demasiado o seu país para não darem o seu melhor.É a história dos estudantes que há 250 anos estavam onde vocês estão agora e fizeram uma revolução e fundaram este país. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 75 anos e ultrapassaram uma depressão e ganharam uma guerra mundial, lutaram pelos direitos civis e puseram um homem na Lua. É a dos estudantes que estavam onde vocês estão há 20 anos e fundaram a Google, o Twitter e o Facebook e mudaram a maneira como comunicamos uns com os outros.
Por isso hoje quero perguntar-vos qual é o contributo que pretendem fazer. Quais são os problemas que tencionam resolver? Que descobertas pretendem fazer? Quando daqui a 20 ou a 50 ou a 100 anos um presidente vier aqui falar, que vai dizer que vocês fizeram pelo vosso país?As vossas famílias, os vossos professores e eu estamos a fazer tudo o que podemos para assegurar que vocês têm a educação de que precisam para responder a estas perguntas. Estou a trabalhar duramente para equipar as vossas salas de aulas e pagar os vossos livros, o vosso equipamento e os computadores de que vocês precisam para estudar. E por isso espero que trabalhem a sério este ano, que se esforcem o mais possível em tudo o que fizerem. Espero grandes coisas de todos vocês. Não nos desapontem. Não desapontem as vossas famílias e o vosso país. Façam-nos sentir orgulho em vocês. Tenho a certeza que são capazes.»

Bom ano letivo são os desejos do vosso professor-bibliotecário :)

José Fernando Vasco

«Aos professores»: um texto para ler e meditar !




Fonte:
Dalai Lama (2004). Conselhos do Coração. Porto: Edições Asa. 

José Fernando Vasco

Lançamento na Fnac Chiado do novo disco de Sérgio Godinho

«Mútuo Consentimento» é o novo disco de Sérgio Godinho cujo lançamento está previsto para hoje, 12 de Setembro, às 18h, na Fnac do Chiado. Programada está uma tertúlia entre Sérgio Godinho, António Macedo e Henrique Amaro, radialistas da Antena 1 e Antena 3, respetivamente. Os fãs podem esperar uma conversa sem acesso bloqueado sobre as novas canções. Haverá também algumas canções tocadas ao vivo e o pretexto para gravar um programa de rádio que se ouvirá mais tarde nas duas estações.

Fonte: Música Total

Enquanto aguardamos fiquemos com algumas das mais emblemáticas músicas de Sérgio Godinho.






Sónia Lapa

11 de Setembro - dez anos depois

10 anos depois do dia que mudou o mundo, Osama Bin Laden já não está vivo, George W. Bush já não é presidente dos EUA mas permanecem as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Há dez atrás, os rostos dos meus colegas de trabalho não escondiam o espanto e a apreensão de quem imediatamente percebeu que tinham acabado de testemunhar um ponto de viragem na história.
10 anos depois, o alcance dessa mudança ainda está por perceber de forma completa.
Uma coisa é certa: todas as teorias da conspiração  mais não são do que um profundo disparate e um intolerável desrespeito por todos aqueles que morreram e por todos os que ainda choram os mais de três mil mortos.






Hiperligações:
9/11 Memorial
September 11 Digital Archive

José Fernando Vasco

Nova exposição permanente do Museu Colecção Berardo

No passado dia 4 de Julho, foi inaugurada a nova exposição permanente do Museu Berardo, já sob a responsabilidade do novo diretor artístico Pedro Lapa.
Dedicada às vanguardas (cubismo, dadaísmo, construtivismos, surrealismo, informalismo e pop arte), a exposição possibilita uma viagem pelo tempo e apresenta-se com fortes preocupações didáticas. A variedade de artistas representados bem como os textos introdutórios de cada uma das secções da exposição - que ocupa o piso 2 e será estendida para parte do piso -1 em 2012; enquadra uma seleção de obras francamente dinâmica e que não se resume aos nomes mais conhecidos.
De qualquer forma, a possibilidade de observar obras de Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Piet Mondrian, Joan Miró, Max Ernst, Maria Helena Vieira da Silva, Francis Bacon, Andy Warhol ou Donald Judd confirma a importância da coleção no panorama europeu e reafirma o Museu Berardo como vital - a par do Museu Nacional de Arte Antiga, do Museu dos Coches, entre outros - para a cidade de Lisboa, no roteiro europeu de museus de qualidade.
A exposição é francamente recomendada para professores e alunos de história e história de arte, bem como para todos aqueles que entendem as artes plásticas como uma expressão essencial da criatividade humana e da memória coletiva. A não perder.

O programa de atividades do serviço educativo do Museu Berardo pode ser consultado aqui.

Até 2 de outubro é possível ainda percorrer as salas de retrospetiva da obra artística de Pedro Cabrita Reis, uma experiência por vezes surpreendente e inesperada para quem não tem acompanhado o seu percurso artístico.

Hiperligação:

José Fernando Vasco

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