L'Allée de rosiers, Claude Monet, c.1920 |
Durante o século XIX o conhecimento acerca das cores e do modo com se influenciam mutuamente ficou em grande medida a dever-se aos trabalhos do químico Eugène Chevreul (1786-1889), publicados no livro De la Loi du Contrast Simultané des Couleurs (1839).
Ao lerem este livro, vários pintores interessaram-se pela afirmação de que cada cor é modificada quando próximo da sua cor complementar. Na pintura L’Allée de rosiers, Claude Monet (1840-1926) pratica o princípio de Chevreul ao utilizar as cores primárias e as suas cores complementares, fazendo-as interagir de modo a ficarem mais destacadas e brilhantes.
Existe também uma referência visual à perspetiva linear, conseguida com a aplicação de cor de laranja e ocre em primeiro plano, de vermelho nas áreas laterais da tela, e de azuis e púrpuras (cores frias) para criar recessão na zona central da pintura. Os locais de luminosidade (a amarelo e azul claro) parecem corresponder à luz que consegue passar por entre a folhagem e as flores. Monet utiliza igualmente a técnica do empaste para sugerir a textura densa da folhagem do jardim.
Esta pintura é não figurativa, pois o artista quis deixar ao critério da imaginação de cada um a sensação da atmosfera de um túnel de rosas.
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Rosa Espada
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