O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Ver pintura VIII - «Fernando Pessoa - Heterónimo», Costa Pinheiro, 1978

Fernando Pessoa - Heterónimo, Costa Pinheiro, 1978

O poeta Fernando Pessoa representado no centro e na parte inferior da obra (em tamanho reduzido, a preto) encontra-se repetido três vezes, querendo significar os seus heterónimos mais conhecidos: Álvaro de Campos, o engenheiro naval futurista (a azul), Ricardo Reis, o erudito latinista (a roxo) e Alberto Caeiro, o poeta da natureza (a verde). Esta identificação pode ser alcançada observando as imagens presentes nas lentes dos óculos de cada um dos heterónimos (barco, busto clássico, praia com palmeira, respetivamente), símbolos do modo como estes viam o mundo. 
Os heterónimos de Fernando Pessoa surgem com grandes dimensões segundo figuras geometrizadas que se destacam de um fundo branco como se estivessem a ser projetadas nele. As mãos, sempre na mesma posição, transmitem a ideia de multiplicidade unificada.
As cores utilizadas são reduzidas e frias (dominam o branco, o preto e o azul), assentando os heterónimos sobre uma base que apresenta as sombras projetadas em tonalidades da mesma cor que preenche cada uma das figuras gigantes. É isto que confere volume a uma pintura que, à partida, poderia indicar apenas ter presente na sua elaboração a bidimensionalidade. A harmonia cromática da composição foi obtida com a aplicação do branco na camisa de Fernando Pessoa.
É sem dúvida uma excelente pintura de Costa Pinheiro (n.1932) para iniciar uma abordagem escolar e transversal ao estudo de Fernando Pessoa.




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Rosa Espada

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