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Um dos aspectos que podem definir a importância de José Afonso é a extraordinária combinação entre a genialidade e a simplicidade do seu discurso musical e poético, o que lhe confere o estatuto de ser o mais importante músico/compositor do século XX português.
José Afonso revolucionou a canção coimbrã de inícios da década de 1960, é o pai da "música popular portuguesa" e, com o contributo decisivo de José Mário Branco, integrou sons e ritmos de outras paragens, num registo cúmplice com o que hoje se designa de "world music".
Contudo, quando hoje se invocam os 25 anos após a sua morte, talvez o mais relevante seja a essência da declaração de Vasco Lourenço: José Afonso faz muita falta a Portugal.
Felizmente, a canção permanece como um veículo de intervenção cívica - veja-se o impacto de «Parva que eu sou» de Deolinda.
Essa é a melhor forma de homenagear José Afonso.
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«A formiga no carreiro»
Album: «Venham mais cinco»
Ano: 1973
Compositor: José Afonso
A formiga no carreiro
Vinha em sentido contrário
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou, trepou às tábuas
Que flutuavam nas àguas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Andava a roda da vida
Caiu em cima
Duma espinhela caída
Furou furou à brava
Numa cova que ali estava
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
Caiu ao Tejo
Ao pé dum septuagenário
Larpou, trepou às tábuas
Que flutuavam nas àguas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Vinha em sentido diferente
Caiu à rua
No meio de toda a gente
Buliu buliu abriu as gâmbias
Para trepar às varandas
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
A formiga no carreiro
Andava a roda da vida
Caiu em cima
Duma espinhela caída
Furou furou à brava
Numa cova que ali estava
E de cima duma delas
Virou-se prò formigueiro
Mudem de rumo
Já lá vem outro carreiro
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