O disco de estreia de Sérgio Godinho, gravado em Paris, apresenta como primeira canção «Que força é essa», um libelo contra a exploração dos trabalhadores durante o Estado Novo. Sintomaticamente, o disco encerra com «Maré Alta», canção na qual Sérgio Godinho exalta a resistência contra a opressão:
APRENDE A NADAR COMPANHEIRO
QUE A MARÉ SE VAI LEVANTAR
QUE A LIBERDADE ESTÁ A PASSAR POR AQUI
MARÉ ALTA
QUE A MARÉ SE VAI LEVANTAR
QUE A LIBERDADE ESTÁ A PASSAR POR AQUI
MARÉ ALTA
Que força é essa
(1971)
Letra e música:
Sérgio Godinho
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
construir as cidades para os outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força para pouco dinheiro
Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Não me digas que não me compreendes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compreendes
(Que força...)
(Vi-te a trabalhar...)
Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
construir as cidades para os outros
carregar pedras, desperdiçar
muita força para pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força para pouco dinheiro
Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Não me digas que não me compreendes
quando os dias se tornam azedos
não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compreendes
(Que força...)
(Vi-te a trabalhar...)
Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
que te põe de bem com outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
Que força é essa, amigo
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José Fernando Vasco
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