No ano 1986, a Assembleia Geral das Nações Unidas decretou o dia 5 de dezembro como o dia internacional dos voluntários. Mas, porquê é importante ter um dia internacional dos voluntários e voluntárias? Primeiro, começarei por explicar o que é o voluntariado.
O voluntariado consiste no trabalho que pessoas fazem livremente, e motivado por uma atitude altruísta ou solidária, sem receber compensação económica e normalmente no âmbito de uma organização sem fins lucrativos, que procura um desenvolvimento local ou internacional, e envolvido na transformação da realidade social - ou meio ambiental.
O trabalho voluntário assume maior importância especialmente nos tempos de crise, nos quais muitos serviços de ajuda à população não são prestados pelas instituições públicas que o deviam fazer, e que não seriam feitos se não fosse através do tempo dedicado pelos voluntários nas distintas instituições e organizações que trabalham com situações de exclusão social.
E por que é importante ter um dia dos voluntários? Na minha opinião, algumas das finalidades do dia internacional dos voluntários são: primeiro, reconhecer o trabalho desenvolvido e o esforço e tempo dedicado por estas pessoas na melhoria da realidade social. Segundo, permite aos voluntários, organizações e comunidades fazer visível a sua contribuição ao desenvolvimento local e internacional, face às instituições públicas e empresas que podiam ajudar a que estas sejam desenvolvidas. Também se procura despertar o sentimento de solidariedade para aqueles que acreditam que é possível contribuir para a melhoria da nossa sociedade e que ainda não deram o passo.
A minha companheira Blanca e eu estamos em Portugal a fazer um trabalho de voluntariado ao abrigo do serviço de voluntariado europeu (EVS). Somos voluntárias na cooperativa de consumo e ONGD “Mó de Vida”, situada no Pragal, que trabalha com temas como o comércio justo, economia solidária, educação popular e viagens solidárias. A nossa função dentro da Mó de Vida consiste basicamente em ajudar na venda dos produtos do comércio justo; na organização dos “circuitos curtos de confiança” colocando em contacto agricultores locais diretamente com os consumidores com o objetivo de criar relações de confiança entre eles, de um modo mais justo para todos, e fora das condições abusivas das grandes superfícies como os grandes supermercados; e ajudar nas “pausas justas”, um serviço de catering feito com produtos de comércio justo e de agricultores e produtores locais, com a finalidade de sensibilizar e chegar às pessoas que ainda não conhecem o comércio justo.
Aproveito a ocasião para incentivar todas as pessoas a pôr em prática os valores da solidariedade, responsabilidade e cooperação por meio do ativismo social, para fazer do nosso mundo um lugar melhor através de pequenas ações desenvolvidas na sua localidade.
Jessica Pestana
(formanda de Espanha - Nível B 1/ B 2)
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