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Prémio Camões 2013 distingue a «inovação estilística e a profunda humanidade» da obra literária de Mia Couto


«O júri do Prémio Camões escolheu hoje o escritor Mia Couto, tendo em conta a "vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade", disse à Lusa um dos jurados.

José Carlos Vasconcelos que constitui o júri, ao lado, entre outros de José Agualusa e João Paulo Borges Coelho, disse que foi "ponderado tudo o que significa [a obra de Mia Couto] nas literaturas de Língua Portuguesa e na de Moçambique".

"Ao longo de 30 anos de publicação, ele construiu uma vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e profunda humanidade, o que tem sabido renovar na sua produção", disse Vasconcelos.
A obra de Mia Couto, "inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade", disse.

Para os jurados, a obra de Mia Couto conseguiu "passar do local para o global", tendo ainda referido que o autor que já editou 30 livros tem extravasado as suas fronteiras nacionais e tem "tido um grande reconhecimento da crítica".

O júri desta 25.ª edição do Prémio Camões reuniu-se hoje no Rio de Janeiro e foi constituído por Clara Crabbé Rocha, catedrática da Universidade Nova de Lisboa e José Carlos Vasconcelos, diretor do JL -- Jornal de Letras, Artes e Ideias, ambos de Portugal, o escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, o escritor angolano José Eduardo Agualusa, Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, o diplomata Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras, pelo Brasil.

O escritor português Vasco Graça Moura considerou hoje a atribuição do Prémio Camões 2013 ao moçambicano Mia Couto “perfeitamente merecida” e elogiou o autor pela “capacidade de invenção verbal”.

“É uma atribuição perfeitamente merecida. Mia Couto é um grande escritor, parece-me perfeitamente justificado”, observou Vasco Graça Moura, escritor e presidente do Centro Cultural de Belém, em declarações à Lusa.

Para Graça Moura, o escritor moçambicano Mia Couto é um “grande autor de língua portuguesa” e tem “uma capacidade de invenção verbal surpreendente.

Por isso, na perspetiva do escritor português, a obra de Mia Couto “ultrapassa, de algum modo, os limites normais da prosa escrita em português”.

O júri da 25.ª edição decidiu, na segunda-feira, premiar Mia Couto pela “vasta obra ficcional, caracterizada pela inovação estilística e pela profunda humanidade”.

A obra de Mia Couto, “inicialmente, foi muito valorizada pela criação e inovação verbal, mas tem tido uma cada vez maior solidez na estrutura narrativa e capacidade de transportar para a escrita a oralidade”, disse à Lusa José Carlos Vasconcelos, membro do júri.

O Prémio Camões foi criado por Portugal e pelo Brasil e atribuído pela primeira vez em 1989, distinguindo o escritor Miguel Torga.

Mia Couto é o segundo escritor moçambicano a receber o Prémio Camões, depois de José Craveirinha, em 1991.»

Fonte:
iOnline 1 - 2

Obras de Mia Couto
disponíveis para consulta na BECRE








José Fernando Vasco

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