Oh! Doce liberdade; incontáveis as vezes que me perdi no significado desta palavra; e as lágrimas derramadas pela sua ausência, afogam-me na tristeza.
Muitos preferem acreditar que são livres, e prendem-se a essa quimera ilusória. Eu sei que não sou livre! Mas se fosse... Seria mesmo capaz de fazer o que mais quero, enquanto a melancolia enche os olhos das pessoas acorrentadas, forçados a uma rotina monótona e cansativa, que lhes corrói, gradualmente, a vontade de viver?
Pergunto-me se me conseguiria manter alegre, sozinho no reluzente mundo, que, com toda a sua policromia, nos atrai do lado de fora desta intransponível barreira cinzenta. Nenhum de nós é livre nas suas acções, alguns apenas pensam que o são. O sistema político-social e monetário limita indirectamente as nossas acções. No entanto, nunca conseguirão acorrentar o meu pensamento! Não existem grilhetas suficientemente fortes para o conter.
Não! Não seria feliz, a liberdade apenas me entristeceria. Prefiro manter-me fiel aos meus ideais, e se for livre, então que seja livre de me enjaular ao lado dos ávidos soldados da paz, que me deixem lutar pela liberdade global, não só para mim, um mero e mortal indivíduo, mas para toda esta gloriosa espécie! Até lá, contento-me com um sonho, e com a simbologia que acompanha as minhas pequenas acções.
Não pertenço a ninguém, tal como espero que ninguém me pertença.
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