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| Le Grand Vent, Auguste Renoir, c.1872 |
O Impressionismo, do qual a obra pictórica Le Grand Vent é um exemplo, foi fundamentalmente uma pintura da luz e da atmosfera, observadas num particular momento do dia. Sabemos agora que este tipo de pintura “ao ar livre” não foi assim tão espontâneo quanto anteriormente pensado, porque naquele tempo os artistas trabalhavam muito mais de memória em estúdios do que no exterior. No entanto, o principal objetivo destas pinturas impressionistas era captar os efeitos fugazes da luz que incidia sobre a natureza e sobre as coisas. Isto implicou a utilização de uma técnica fluida e esboçada, que privilegiava o efeito global da cena representada em detrimento do detalhe. Ou seja, a forma e a estrutura das pinturas impressionistas eram de importância secundária para os seus autores quando comparadas à necessidade de transmitir um efeito de espontaneidade.
Nesta pintura, A. Renoir (1841-1919) deixou representado o um dia ventoso no campo. As formas parecem desintegrar-se perante os nossos olhos e a vegetação aparece sem a tridimensionalidade observada na natureza. A luz e o vento parecem dissolver as formas, sendo isto é indicado pelas pinceladas quebradas (curtas) e pela falta de contornos nítidos. É difícil também estabelecer uma linha divisória entre as colinas e o que poderá estar para lá das mesmas, porque o artista preocupou-se mais em transmitir a atmosfera do momento.
A utilização das pinceladas quebradas e de menor espessura no primeiro plano da pintura é determinante para fazer avançar a vegetação até nós e estabelecer, assim, uma distância em relação ao fundo do quadro - os montes mais afastados e o céu.
Hiperligações:
Pierre-Auguste Renoir - Wikipédia
O que é o Impressionismo?
Rosa Espada
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