Encontra-se na nossa BE / CRE, à disposição de professores e alunos, esta obra, com produção da Divisão de Museus e Património Cultural da Câmara Municipal de Almada. O objectivo desta obra foi constituir “um documento de divulgação das memórias centradas nas formas de resistência em Almada ao regime do Estado Novo que, durante os 48 anos de ditadura, influenciaram o ambiente político, cultural e social de várias freguesias do Concelho” – o valor patrimonial da memória oral como fundamento essencial para percebermos quem somos no presente e em que tipo de representações colectivas (no caso específico, “a resistência como elemento identitário da memória colectiva”) se alicerça a identidade dos almadenses à sua terra.
Esta edição é composta por um DVD e em associação uma brochura com a transcrição de excertos das entrevistas, algumas fotografias e uma importante cronologia, de 1875 a 25 de Abril de 1974, dos principais acontecimentos desse período, a nível histórico, político e social, numa tentativa de contextualização das memórias e histórias contadas na primeira pessoa. Para além da presença dos testemunhos dos 20 homens e mulheres mais ou menos anónimos, estão incluídas imagens cedidas pela RTP, nomeadamente “Cooperativa Piedense” (Movimento Operário, 1977) e “Libertação dos presos políticos de Caxias” (Noticiário Nacional, 1974). O Índice explicita a organização temática:
1. Eu deixava um baile por um livro: o despontar de uma consciência social
2. Revoltados e revolucionários: a oposição como raiz de uma identidade colectiva
3. Foram presos muitos amigos, muitos, muitos, muitos…: da “ilegalidade” à prisão
4. No dia 25 de Abril entrou uma onda de luz e as pessoas saíram para a rua
5. Biografias dos entrevistados
6. Cronologia
Para além de um apoio importante às áreas disciplinares da História e da Ciência Política, esta publicação é certamente um valioso reforço do fundo documental, em termos de História Local.
Conceição Toscano
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