O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Matrix

«Notei, há alguns anos já, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros fundamentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradoiro nas ciências.»            
Descartes, Meditações sobre a filosofia primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p.105 

Disponível para consulta na BECRE

Realização: Andy Wachowski, Larry Wachowski
Argumento:  Andy Wachowski, Larry Wachowski
Elenco:  Keanu Reeves, Laurence Fishburne e Carrie-Anne Moss
Género: Ação|Aventura|Ficção Científica
Duração: 131 min
Ano: 1999

Sinopse: Thomas A. Anderson é um entre os bilhões de seres humanos adormecidos. Neuralmente conectado à Matrix, ignorava que o mundo em que vivia é diferente do que parece. Nesse mundo simulado, ele vive uma vida dupla. Nas suas atividades legais, ele é um tranquilo programador para a companhia de software Metacortex. Mas Anderson também é um hacker, com o nome de "Neo", que penetra em sistemas de computador e rouba informações. Durante a sua vida como um hacker, Anderson descobre algo conhecido apenas como a "Matrix" que é descrita por Morpheus como uma vaga intuição de que Neo teve durante toda a sua vida: "que há algo de errado com o mundo".
 A Neo, é oferecida a opção de se manter na sua vida quotidiana, ou ver a realidade e aprender o que é a Matrix. Neo aceita aprender mais sobre a Matrix, e Morpheus diz a verdade sobre o mundo real e sobre o destino da humanidade. No início, Neo recusa-se a acreditar nele, mas finalmente percebe que a Matrix não é real e que não podia voltar atrás, não importa quanto queira. Depois de se recuperar do seu choque inicial, Morpheus também conta a Neo sobre a profecia do escolhido (the One) e de sua crença de que Neo é esse homem. No dia seguinte, Neo começa sua "formação", tornando-se especialista em muitas formas de combate, simplesmente carregando vários programas de treinamento diretamente em seu cérebro. Ele também recebe novas instruções de Morpheus, de como "libertar sua mente" e quão perigosos os agentes da Matrix podem ser.

Fonte:
Wikipédia

O que é a realidade? Pode o nosso mundo ser uma aparência? Poderá existir um Génio Maligno que constantemente nos engane? O que é a verdade? Teremos a coragem de pôr em dúvida todas as nossas certezas? Estas e outras questões filosóficas podem ser analisadas com o filme Matrix e relacionadas com as seguintes obras:

Disponíveis para consulta na BECRE e no domicílio

«[Sócrates:] - Depois disto (...) imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões.»                 
    Platão, República, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1980, Livro VII, p.317.


«Está gravada no meu espírito uma velha crença, segundo a qual existe um Deus que pode tudo e pelo qual fui criado tal como existo. Mas quem me garante que ele não procedeu de modo que não houvesse nem terra, nem céu, nem corpos extensos, nem figura, nem grandeza, nem lugar, e que, no entanto, tudo isto me parecesse existir tal como agora? (…) Porventura Deus não quis que eu me enganasse deste modo, ele que dizem que é sumamente bom (…).
Vou supor por consequência, não o Deus sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e astuto que pusesse toda a sua indústria em me enganar. Vou acreditar que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores não são mais do que ilusões de sonhos com que ele arma ciladas à minha credulidade.»
Descartes, Meditações sobre a filosofia primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p.110-114.


Sónia Lapa

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