O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«O meu primeiro dia de aulas»

Era uma manhã qualquer de setembro de 1989. Eu tinha três anos e meio e comecei as aulas no jardim de infância. 
A escola ficava, e ainda fica, muito perto da casa dos meus pais, mas naqueles tempos, ir até lá, parecia-me todo um passeio. 
Lembro-me de brincar com as minhas galochas nas poças de água, o meu guarda-chuva em forma de animal, lembro-me da sensação de estra muitas horas fora de casa.
A escola era uma caixa baixa. Tinha um vestíbulo e depois duas salas, uma à direita e outra à esquerda para turmas distintas. Da sala da direita podíamos ir até à cozinha e sala de refeições para os alunos cujos pais trabalhavam.
Eu fiz desenhos, aprendi as primeiras letras e números, pintei com aguarelas, joguei com os colegas…
Se a memória não me falha, o jardim de infância chama-se Pitufos.
Blanca Casares Guillén
(formanda B1/B2 de Espanha)

Passaram vinte e quatro anos do meu primeiro dia de escola. Lembro-me muito bem daquele primeiro dia, parece que foi há pouco tempo. Lembro-me de alguns dias antes ter ido às compras para a escola… Naquela noite não dormi, de dez em dez minutos acordava a minha mãe e perguntava se já estava na hora de ir. Naquele dia de manhã a minha mãe fez-me duas tranças e meteu dois lacinhos brancos, vesti um vestido castanho e uma bata branca (aquela bata não consegui vestir sozinha). Saí de casa com uma mochila grande de cor verde e laranja, com um ramo de flores que depois, quando chegou à altura de entregar as flores à minha professora, lembro-me de ter caído à frente dela. Que vergonha eu tive! Levantei-me e andava à procura da minha mãe. Quando fomos para a sala a professora mandou-me sentar na primeira fila do meio acompanhada de um rapaz chamado Anatoli (depois acabámos por ficar namorados). Na minha turma nós já nos conhecíamos todos. Eu andava sempre com os olhos em cima da minha mãe para ela não se ir embora. A minha primeira professora foi também a do meu pai. Era muito simpática. Chamava-se Maria Gheorghevna e gostou muito o meu pai, porque falava muito nele. No fim do primeiro dia eu já não gostava de ir para a escola porque tinha os trabalhos de casa para fazer, tinha de me deitar cedo para no outro dia me levantar cedo. E depois acabaram-se as brincadeiras. Mas agora gostava de voltar a esse tempo de escola que tão rapidamente passou. Hoje tenho saudades desse tempo.

Natalia Guzun
(formanda B1/B2 da Moldávia)

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