Se, no Auditório, aproveitando as características da sala, a selecção recaiu sobre filmes em que a banda sonora, por serem originalmente mudos, ou porque assim foram desenhados, tem uma dimensão muito particular, na Casa da Cerca o critério é outro e mais alargado. Quer na forma, quer no conteúdo. Tendo em comum o facto de serem filmes de ficção e, excepto o Griffith, serem todos da época do sonoro. Se o critério de escolha pode ser discutível, indiscutível é a importância de todos eles para a História do Cinema. E indiscutível é também o facto de muitos títulos fundamentais terem ficado de fora desta primeira mostra. O que deixa a sala aberta para um segundo ciclo que possa, embora sempre de forma incompleta, alargar o leque dos autores e das obras.
Do lirismo do jovem francês Jean Vigo, ao humor negríssimo do sénior, americano e exilado na Europa, Stanley Kubrick. Um longo caminho das pedras pelas cinematografias mais arrojadas da mais modernista de todas as artes – a sétima.
PROGRAMA
Sexta, 12 de Março, 21:30L'ATALANTE (1934) de Jean Vigo
Sábado, 13 de Março, 16:00
O LíRIO QUEBRADO (1919) de D. W. Griffith
Sexta, 19 de Março, 21:30
O COURAÇADO DE POTEMKIN (1938/40) de Sergei Eisenstein
Sábado, 20 de Março, 16:00
OLYMPIA 1 – A Festa dos Povos (1938/40) de Leni Riefenstahl
Sexta, 26 de Março, 21:30
A IMPERATRIZ VERMELHA (1934) de Josef Von Sternberg
Sexta, 09 de Abril, 21:30
A DAMA DE XANGAI (1947) de Orson Wells
Sábado, 10 de Abril, 16:00
MAMMA ROMA (1962) de Pier Paolo Pasolini
Sexta, 16 de Abril, 21:30
STALKER (1979) de Andrei Tarkovsky
Sábado, 17 de Abril, 16:00
DR. ESTRANHO AMOR (1964) de Stanley Kubrick
Integrado na acção Modernismos, Futurismos, Sensacionismo & Pós – Oficina de Leituras e Outras Actividades, da Biblioteca Central de Almada, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea. Produção executiva de Nuno Bernardo e José Xavier Ezequiel, OLHARES, Associação Cultural.
Fonte: Almada Informa
Sónia Lapa
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