No local onde actualmente se encontra o complexo da Estufa Fria (Parque Eduardo VII, Lisboa) existia, na viragem do séc. XIX, uma pedreira de onde se extraía basalto. Devido à existência de uma nascente de água que comprometia a extracção da pedra, a pedreira deixou de laborar. A cova da pedreira foi então aproveitada por um modesto jardineiro para albergar espécies vegetais oriundas do mundo inteiro, que iriam servir no plano de arborização da Avenida da Liberdade. A 1.ª Guerra Mundial atrasa este plano e as plantas vão criando raízes no pequeno local abrigado. Em 1926, o arquitecto e pintor Raul Carapinha, tendo ali encontrado um agradável espaço verde, idealiza um projecto para o transformar na Estufa, a qual é concluído em 1930 e inaugurado oficialmente três anos depois. Nos anos 40, todo o Parque Eduardo VII sofreu alterações, adoptando a forma que actualmente lhe conhecemos. A Estufa não foi excepção e, para além do reenquadramento e remodelação da entrada, foram criados o lago fronteiro e uma enorme sala, por baixo da alameda do Parque: a “Nave”, usada durante anos como teatro municipal. Em 1975, foram abertas ao público a Estufa Quente (parte enviadraçada com plantas tropicais) e a Estufa Doce (o "jardim dos cactos"), ideias do Eng.º Pulido Garcia, destinadas à exposição permanente de plantas tropicais e equatoriais. Também com bastante interesse, o viveiro com peixes de água doce, os regatos, as cascatas e nichos, os pequenos lagos e o património artístico, nomadamente, a estatuária. As espécies vegetais são oriundas de vários locais do globo terrestre: China, Coreia, África, Austrália, Brasil, Antilhas, Peru e México.
Exemplos de Flora: Fetos Arbóreos, palmeiras, nenúfares, begónias, cadeiras-de-sogra, aloés e cameleiras. Exemplos de Fauna: Pavões, patos, piriquitos, canários, rolas, peixes, tartarugas e rãs.
Hiperligações: O mapa, a história e informações para o visitante, as estufas.
Adaptado de: Lisboa Verde (CML)
Rosa Espada
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