O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

«Os Jovens e a Política V» com Joana Amaral Dias

Com a conferência de Joana Amaral Dias encerrou-se a série "Os Jovens e a Política" que reuniu convidados da área de cada um dos partidos com assento parlamentar, em cinco sessões que decorreram entre Dezembro de 2009 e Maio de 2010.
Após as boas vindas expressas por Lurdes Gomes, Subdirectora da ES Cacilhas-Tejo, o professor-bibliotecário apresentou, numa curta intervenção, alguns dados biográficos da ilustre convidada, destacando a sua formação em Psicologia Clínica e a sua experiência política como ex-deputada independente pelo Bloco de Esquerda, bem como a sua participação activa nos media (jornais e televisão) e na blogosfera .

Joana Amaral Dias iniciou a sua intervenção com uma visão optimista das gerações mais jovens e da sua vontade em participar politicamente. Aliás, na sua opinião, os jovens sempre foram muito interventivos e decisivos nas mudanças ocorridas, como foi o caso de Maio de 68.

Frisou igualmente a dificuldade dos partidos portugueses em integrarem as novas formas de participação política - blogosfera, etc. A sua própria experiência de observação e participação política traduziu-se na consciência de que ainda há um caminho a percorrer para, entre outros aspectos, garantir uma maior participação dos cidadãos em geral e, sobretudo, das mulheres na política - mais evidente na Assembleia da República do que no Governo ou na Presidência.


Seguiu-se um largo período de questões colocadas pela assistência.
Perante a hipótese de revisão constitucional, esta apresenta-se como desnecessária.
Relativamente aos candidatos presidenciais à eleição de 2011, ainda não tomou uma posição de apoio dado que PS e PCP ainda não decidiram o apoio a nenhum dos candidatos bem como o pensamento político deste ainda não é claro.
Questionada sobre a ponderação entre a sua carreira profissional e a sua participação política , Joana Amaral Dias considerou ambas como muito estimulantes;
A moção de censura apresentada pelo PCP na Assembleia da República é, na sua opinião, legítima e objecto do seu apoio.
A "aliança" PS/PSD no que toca a medidas de combate à crise  é para durar apenas até 2011, ano em que certamente haverá eleições legislativas antecipadas.
Joana Amaral Dias faz «política por convicção e para servir o meu país»; e condena as apreciações  populistas e demagógicas em relação à actuação dos políticos que, na sua opinião, são "meio caminho para a ditadura". 

Artigos relacionados:
«Os Jovens e a Política I» com Ana Catarina Mendes
José Fernando Vasco

2 comentários:

Edward disse...

Bem isto parece um pouco complicado, visto ser o primeiro a comentar o artigo. Esta, de todas as conferências sobre os jovens e a politica, foi de facto a que mais me motivou a prestar atenção e a ponderar muitas questões que anteriormente nem ponderava em pensar.( Os anteriores convidados, se acederem a este comentário que me perdoem mas esta ultima convidada, talvez pela forma como introduziu e desenvolveu o tema, cativou mais a minha atenção).
Quanto aos temas abordados, gostei muito da forma como a ex-deputada abordou e desenvolveu a visão positiva que tinha em relação á participação política dos jovens nos dias que correm. A parte que me intrigou mais e mais me puxou interesse foi sem duvida a da moção de censura apresentada pelo PCP, onde esta se mostrou muito firme na sua opinião, alegando que os partidos tem o direito de apresentar uma moção de censura, quando esta se verificar relevante e com algum tipo de importância para o bem-estar da sociedade e a preservação da democracia.
Deixo aqui a minha opinião, e espero que para o ano, o CRE se lembre de mais iniciativas como as que desenvolveu ao longo de todo este ano.

Eduardo Sarmento, 12º E nº 5

Anónimo disse...

Inês Almeida

No dia 25 de Maio, realizou-se uma conferência com a ex-deputada independente do Bloco de Esquerda, Joana Amaral Dias.
Encerrando assim, um ciclo de conferências com deputados dos partidos, de maior representatividade no país.

À semelhança das anteriores, a conferência iniciou-se com uma breve biografia, incidindo principalmente sobre o percurso profissional, desde da formação em psicologia à sua experiência como deputada , assim como, o seu papel activo nos meios de comunicação.

Joana Amaral Dias, começou por refutar a ideia que os jovens têm, cada vez mais, se afastado da política, acreditando que, estes, sempre estiveram envolvidos e preocupados com questões políticas, ainda que, a nossa geração esteja mais consciente da importância da política, do que as anteriores.
A ex-deputada e psicóloga demonstrou-se, desde logo, disponível para responder a perguntas tanto a nível profissional como pessoal. O debate foi pautado por uma grande diversidade de temas abordados, ente eles destacam-se, a revisão constitucional, a qual, Joana Amaral Dias, considera desnecessária. A inadaptação dos partidos políticos às novas formas de participação política que, condicionam uma intervenção mais activa dos cidadãos, tal como referiu “A democracia é altamente fechada sobre si própria [o que é] meio caminho andado para a ditadura” .
Em relação às presidenciais, a ex-deputada não apoia, actualmente, nenhum dos candidatos pois, considera que estes ainda não têm uma política bem definida.
Por último frisou que, apesar das conquistas das mulheres no domínio dos seus direitos, ainda são alvo de muitos preconceitos, essencialmente na política, apontando esses, como principal motivo do seu afastamento da direcção do Bloco de Esquerda.
A ex-deputada do BE,não pôde deixar de criticar o governo de José Sócrates e a temporária aliança PS/PDS.

Num discurso mais jovial e “obstinado”, que primou pela abertura para falar dos diversos temas, Joana Amaral Dias, conseguiu captar a atenção dos presentes que, se identificavam com opções/opiniões da ex-deputada

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