O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Elias Garcia - 179º aniversário do nascimento

A Associação "O Pharol" convida todos os cacilhenses a participarem na homenagem a José Elias Garcia, por ocasião do 179º aniversário do seu nascimento. A cerimónia terá lugar amanhã 30 de Dezembro, pelas 18:30 horas e junto ao local do seu nascimento, onde se encontra o seu busto.
Nascido em Cacilhas (Almada), a 31 de Dezembro de 1830, filho de José Francisco Garcia, chefe de oficinas do Arsenal da Marinha, defensor das ideias liberais que foi perseguido e preso pelos miguelistas. Elias Garcia estuda primeiro na Escola de Comércio de Lisboa, que conclui em 1848. Mais tarde entra na Escola Politécnica de Lisboa, seguindo posteriormente para a Escola do Exército (1857). Enveredando pela carreira militar assenta praça em 31 de Agosto de 1853, como voluntário no Regimento de Granadeiros da Rainha, atingindo o posto de coronel em 1888. Dedicando-se ao ensino, foi convidado para leccionar a cadeira de Mecânica Aplicada, na Escola do Exército. Ocupou ainda outras funções como: no Conselho Geral de Instrução Militar, Conselho Naval, presidente da Junta Departamental do Sul e da Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses.
Foi um dos principais responsáveis pelo aparecimento de um grupo republicano cerca de 1850, fruto das consequências das revoltas que tinham eclodido na Europa em 1848. Os principais membros desse grupo eram José Maria Latino Coelho, António de Oliveira Marreca, António Rodrigues Sampaio, José Estevão de Magalhães, José Félix Henriques Nogueira, Anselmo Braamcamp, Luís Augusto Palmeirim, Francisco Maria de Sousa Brandão. Foi iniciado na Maçonaria em 1853 com o nome simbólico de Péricles, na Loja 5 de Novembro, em Lisboa, ligada ao rito francês e subordinada à Confederação Maçónica Portuguesa. Em 1863 foi um dos responsáveis pela cisão de algumas lojas tendo criado a Federação Maçónica Portuguesa que o elegeu como Grão-Mestre. Quando em 1869 se fundem os vários orientes que existiam em Portugal e se cria o Grande Oriente Lusitano Unido, Elias Garcia foi uma das figuras de destaque. Foi presidente do Conselho da Ordem entre 1882-1884 e 1887-1888 e Grão-Mestre interino entre 1884-1886 e 1887-1888, Grão-Mestre eleito em 1888, mas teve que renunciar em 1889. Segundo o Prof. Dr. Oliveira Marques, Elias Garcia "teve papel de relevo na expansão da Maçonaria e na sua orientação para formas progressistas declaradas".
Foi eleito como vereador da Câmara Municipal de Lisboa entre 1872 e 1890. Ocupando mesmo o cargo de Presidente da Câmara em 1878, sendo o vigésimo quinto presidente eleito deste município.
Em 1868, encontramo-lo ligado ao Grupo do Páteo do Salema (Clube dos Lunáticos)que vai estar na origem do Partido Reformista, liderado pelo Marquês de Sá da Bandeira e pelo Bispo de Viseu, António Alves Martins tendo mesmo sido convidado a ocupar uma pasta governamental. Nessa condição foi eleito pela primeira vez deputado, em 1870, por dos círculos uninominais de Lisboa. Foi ainda eleito deputado pelo Partido Republicano, em 1881, repetindo-se idêntica situação em 1884, 1887 e 1890. A 18 de Maio de 1876 esteve presente no jantar realizado no Hotel dos Embaixadores, em Lisboa, que marca o início do Partido Republicano, com a fundação do Centro Republicano Democrático Português. Sendo o representante da denominada ala moderada do Partido Republicano, o que lhe acarretou alguns dissabores e inimizades dentro e fora do partido. Foi presidente do Directório do Partido Republicano entre 1883 e 1891.

Fontes:

José Fernando Vasco

Concurso de Poesia

O Projecto Português com Vida convida os alunos de todos os graus de ensino a participar no CONCURSO DE POESIA subordinado ao tema: "Eu e os Outros”.
Os trabalhos devem ser entregues ao professor de Português ou na Recepção da Escola até ao dia 5 de Março de 2010.
Informa-te junto do teu professor de Português ou consulta o Regulamento .
PARTICIPA!

Projecto «Português com Vida»

«Os Jovens e a Política I» com Ana Catarina Mendes

" Os Jovens e a Política "

Conferência de Ana Catarina Mendes
17 de Dezembro de 2009
10:30 horas



« O Poder mais absoluto não está em presidir numa Casa Branca,
ou em proceder à abertura de um Parlamento sentada num trono,
mas em reinventar o mundo para toda a gente,
dando-lhe os sonhos que se queria que ela sonhasse. »
Gore Vidal, Império, 1987

A Escola Secundária de Cacilhas-Tejo recebeu hoje a visita de Ana Catarina Mendes, deputada à Assembleia da República.
Luísa Oliveira, professora e directora de uma das turmas presentes e membro do Conselho Geral, deu as boas vindas à conferencista que, aliás, foi aluna da escola há vinte e dois anos atrás. O professor bibliotecário apresentou Ana Catarina Mendes como uma jovem política já com bastante experiência, destacando a sua acção como membro da Comissão "Liberdades, Direitos e Garantias" e, depois de evocar Gore Vidal e a sua obra "Império", deu a palavra à conferencista.
Perante uma plateia constituída por professores e alunos do 12º ano (Línguas e Humanidades) e do Curso Profissional de Marketing, Ana Catarina Mendes aludiu à sua experiência como aluna e dirigente estudantil, bem como alguns dos princípios e práticas políticas como deputada. Preferindo um diálogo directo com a plateia, possibilitou aos alunos presentes a colocação de questões tão diferentes como a dos direitos fundamentais, a questão da legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a possibilidade de adopção; a política de investimentos do país (TGV, aeroporto...), as prioridades da acção política (crescimento económico, política de emprego e protecção social), educação, etc.
Não deixando de enaltecer por diversas vezes o interesse e participação dos alunos no evento, Ana Catarina Mendes reafirmou, como nucleares da sua actividade política, a defesa da igualdade como valor político fundamental e o primado da lei como norteador  do Estado de Direito. O diálogo, enriquecedor e francamente estimulante, durou cerca de duas horas.
No final, a conferencista disponibilizou-se para, num próximo encontro, abordar questões relacionadas com o Projecto Europeu e o Tratado de Lisboa.

José Fernando Vasco

História - materiais pedagógicos

Encontram-se na nossa BE / CRE, à disposição de professores e alunos, obras da autoria de António Pedro Manique e Maria Cândida Proença, sob responsabilidade editorial do Ministério da Educação – Instituto de Inovação Educacional (Colecção: Desenvolvimento Curricular no Ensino Secundário). Cada volume contém materiais de apoio, desde documentos, antologia de textos historiográficos e mapas, para além de um dossier “Trabalho de Projecto” como possível sugestão de abordagem temática, incluindo uma bibliografia actualizada, de carácter geral e pedagógico-didáctico, permitindo o desenvolvimento de um variado e completo leque de objectivos, inseridos no respectivo conteúdo programático da área disciplinar da História. 
Volumes disponíveis:
*Afirmação do Liberalismo
*Evolução política no século XX até à 2ª Guerra Mundial
*Transformações da mentalidade e da cultura na 1ª metade do século XX.
*Tensões e equilíbrios após a 2ª Guerra Mundial.
*O Liberalismo em Portugal.
*Regeneração e República.
*O Estado Novo.
*O fim do regime autoritário e a instauração da democracia.
Conceição Toscano

Paul Samuelson


O economista Paul Samuelson morreu, este domingo, aos 94 anos de idade, na sua casa no Massachusetts, nos EUA.
O trabalho do Nobel da Economia de 1970 foi fundamental para a base da economia moderna, uma vez que aplicou uma análise matemática rigorosa para explicar o equilíbrio entre os preços e entre a oferta e procura.
Samuelson ficou ainda conhecido pelo seu livro «Economia: uma Análise Introdutória», a obra económica «mais vendida de sempre». A última edição (18ª) em português data de 2005 e foi publicada pela McGraw-Hill.
Paul Anthony Samuelson, que foi professor de personalidades como Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal, e Paul Krugman, estava no MIT desde 1940, altura em que este instituto ainda não formava alunos na área da economia.
Nascido em Gary, no Estado de Indiana, em 1915, este economista foi conselheiro dos presidentes JF Kennedy e Lyndon Johnson, tendo durante anos escrito uma coluna de opinião na revista Newsweek.
No seus últimos anos de actividade, deixou surpreendido meio mundo económico, ao tecer algumas críticas aos argumentos simplistas das vantagens da globalização e do comércio livre (teoria das vantagens comparativas), ao afirmar que, sob determinadas circunstâncias, tal poderá ser prejudicial para a economia de um país.
Em declarações ao Financial Times, em 2007, Hillary Clinton disse: «Eu concordo com Paul Samuelson, o famoso economista, que recentemente falou e escreveu sobre como a ideia das vantagens comparativas [que serve de suporte à abordagem liberal ao comércio internacional] pode não servir para descrever a economia do século XXI em que nos encontramos». Os exemplos da Índia e da China, potências económicas emergentes, estarão eventualmente a despedeçar um século de refinamento das teorias de David Ricardo.
Fontes: TSF
               I Online
              The Atlantic

«Cosmos» de Carl Sagan

Disponível na BE/CRE:
Edição Livro de bolso
Série televisiva (VHS e AVI/DIVX)

«Hoje descobrimos um meio poderoso e elegante para compreender o universo, um método chamado ciência; ela revelou-nos um universo tão antigo e vasto que, à primeira vista, parecia completamente desligado dos assuntos humanos [...] Mas a ciência veio descobrir não só a grandiosidade desse universo, não só que esse universo era acessível à compreensão humana, mas também que num sentido muito real e profundo, nós fazemos parte dele e a ele estão fortemente ligados os nossos destinos. [...] Este livro é dedicado à exploração dessa perspectiva cósmica.»
Carl SAGAN (1980), Introdução, in: Cosmos.

" Se o Cosmos é tudo o que existe, existiu e existirá,
Cosmos, de Carl Sagan, é o livro de tudo."
(Clara Pinto Correia)

"Cosmos é dos bons exemplos dessa produção editorial [...] que [...]
despertará vocações científicas e dará a entender a muitos jovens
o que a actividade científica internacional de facto é."
(José Mariano Gago)

"Na margem do Oceano Cósmico"
15 Dezembro 2009
15:20 e 19:30 horas

Artigos Relacionados:
Carl Sagan
«They Should Have Sent a Poet»
José Fernando Vasco

eBooks / Livros Electrónicos

O Project Gutenberg é a primeira e a maior coleccção unitária de livros electrónicos gratuitos.
Michael Hart, fundador do Project Gutenberg, inventou os livros electrónicos em 1971 e continua ainda hoje a inspirar a criação de livros-e e tecnologias com estes relacionadas.

Do fundo já reunido, constam 30.000 obras das quais algumas em português. Autores como Gil Vicente, Luís de Camões, Alexandre Herculano, Camilo Castelo Branco, Antero de Quental, Eça de Queirós, Mário de Sá-Carneiro, Santa Rita Pintor, Fernando Pessoa, entre muitos outros, têm várias das suas obras contempladas no fundo e que, legalmente, se podem aceder num dos vários formatos disponíveis. Sugere-se, pois a consulta do Catálogo em português.

José Fernando Vasco

Conferência "Os jovens e a Política"


Por motivos de força maior e que se prenderam com a sua actividade de deputada à Assembleia da República, a conferência de Ana Catarina Mendes teve de ser adiada para a próxima quinta-feira, 17 de Dezembro, pelas 10:30 horas.
A BE/CRE agradece à conferencista a sua disponibilidade para nova data, bem como às professoras Maria João Alvarez, Luísa Oliveira e Paula Azevedo pelo seu contributo para a sua definição. Para os interessados, sugere-se a consulta da biografia oficial de Ana Catarina Mendes.

Barack Obama, Nobel da Paz 2009

disponível na BE/CRE

No próximo dia 10 de Dezembro, o Presidente dos EUA Barack Obama irá receber, em Oslo, o prémio Nobel da Paz 2009.
Para assinalar o evento - pleno de significado político - a BE/CRE irá, pelas 15:20 e 19:30 horas, dar acesso à reportagem biográfica de 2008 e ainda ao discurso que Obama proferiu na cidade de Berlim.
A não perder !

São precisos poetas para salvar a Terra

Marco Polo descreve uma ponte, pedra a pedra.
Mas qual é a pedra que sustém a ponte? – pergunta Kublai Kan.
A ponte não é sustida por esta ou por aquela pedra, responde Marco,
mas sim pela linha do arco que elas formam.
Kublai Kan permanece silencioso, reflectindo.
Depois acrescenta: Porque me falas das pedras? É só o arco que me importa.
Polo responde:  Sem pedras não há arco.
Italo Calvino, As Cidades Invisíveis

A grande “pedra” que nos abriga será o palco de mais um encontro para falar sobre o clima durante duas semanas (de 7 a 18 de Dezembro). Os últimos relatórios do IPCC (Painel Inter-governamental para as Alterações Climáticas) inequivocamente admitem que a maior parte do aquecimento planetário observado nos últimos 50 anos é da responsabilidade das actividades humanas. Os ministros do ambiente das Nações Unidas reunirão com o objectivo de conseguir um novo acordo internacional que substitua o Protocolo de Quioto, válido até 2012. Os problemas ambientais em jogo são os efeitos mais prováveis das alterações climáticas: aumento da temperatura terrestre e do nível médio das águas do mar, extremos meteorológicos, desequilíbrio e devastação dos ecossistemas actuais, alterações da produtividade agrícola e impactos na saúde humana (ondas de calor, secas devastadoras, transmissão de doenças infecciosas por maior incidência de cheias e por insectos que se espalharão por áreas mais vastas). Os refugiados do clima não conhecerão fronteiras...
Os principais gases com efeito de estufa como o CO2, o metano, o óxido nitroso, os hidrofluorcarbonetos (HFC) e perfluorcabonetos (PFC), e o hexafluoreto de enxofre, têm ajudado a acelerar a tendência natural de subida da temperatura terrestre (por variações na inclinação do eixo terrestre, na curvatura da órbita da Terra em torno do Sol e na intensidade da radiação solar) desde o fim da última glaciação, há dez mil anos. O combate às alterações climáticas da nossa responsabilidade passará por uma partilha de encargos entre todos os países: a atmosfera e a água são comuns; o interesse pela biosfera e ocupação e aproveitamento económico dos recursos do solo e subsolo também.
O crescimento económico dos países em desenvolvimento irá inevitavelmente provocar uma grande pressão sobre o ambiente. Sem o exemplo dos países desenvolvidos no que respeita à alteração dos seus hábitos de consumo e à implementação de energias renováveis, assim como o seu auxílio na transferência de recursos e tecnologia para estes países, o desenvolvimento sustentável das nações mais pobres será deficiente e também altamente prejudicial para a saúde planetária.
Na cimeira de Copenhaga as questões que estarão sobre a mesa são difíceis de resolver: Qual o montante de emissões que os países industrializados estão dispostos a cortar? O que estão dispostos a fazer os principais países em desenvolvimento, como a China e a Índia, para limitar o aumento das suas emissões? Que ajuda precisam os países em desenvolvimento para reduzir as emissões e adaptarem-se aos impactos das alterações climáticas? Como é que o dinheiro vai ser gerido? Como antecipar, prevenir ou minimizar internacionalmente as causas das alterações climáticas e reduzir os seus efeitos prejudiciais? Conseguirá Barack Obama inverter a triste e selvática história das emissões dos gases com efeito de estufa?
Agora, são precisos poetas para salvar a Terra. Eles podem mudar o mundo. Gente com paixão e uma causa. Gandhi, J. F. Kennedy, Martin Luther King, Che Guevara, João Paulo II ou Nelson Mandela foram poetas à sua maneira. Não é o destino da globalidade da biosfera que está em causa, pois esta sobreviverá a novas condições ambientais, mas a destruição da única espécie que, provavelmente, desenvolveu a consciência de si própria em todo o universo: Nós.
No afastado ano de 1962, a publicação da famosa obra de Rachel Carson, Primavera Silenciosa, fez com que as preocupações ambientais começassem a fazer parte da opinião pública e do governo dos homens. Talvez influenciada pelos movimentos ambientalistas então criados, a laureada poetisa Wislawa Szymborska publica nesse mesmo ano o poema Conversa com a pedra, um hino ao nosso planeta.
Bato à porta da pedra.
Sou eu, deixa-me entrar,
quero ver-te por dentro,
saber como és,
respirar-te.
Vai-te embora, diz a pedra.
Estou fechada a sete chaves.
Mesmo feitas em pedaços,
estaremos fechadas a sete chaves.
Mesmo reduzidas a areia,
não deixaremos ninguém entrar.
(...)
Não entrarás, diz a pedra.
Falta-te o sentido da partilha.
E nenhum outro sentido te substituirá o sentido da partilha.
Nem uma visão apurada e omnividente
te há-de valer sem o sentido da partilha.
Não entrarás, em ti esse sentido é mera concepção,
o gérmen, a imaginação.
(...)
Se não acreditas em mim, diz a pedra,
vai ter com a folha, dir-te-á o mesmo.
Com a gota de água, o mesmo te dirá.
Por fim, pergunta a um cabelo da tua cabeça.
Estou prestes a soltar uma enorme gargalhada
mas não tenho o dom do riso.
Bato à porta da pedra.
Sou eu, deixa-me entrar.
Não tenho porta, diz a pedra.

UM DIA, A "PEDRA" QUE JULGAMOS CONHECER TAMBÉM NÃO TERÁ UMA PORTA ABERTA PARA NÓS...

Rosa Espada (texto)
JFVasco (selecção de imagens)
Títulos a consultar na BE/CRE:

Joana Rodrigues, "Da Cor do Ser"

No passado dia 03 de Dezembro de 2009, Joana Rodrigues voltou à Escola Secundária de Cacilhas-Tejo para, numa iniciativa do CNO e numa co-organização com a BE/CRE, apresentar - aos 20 anos de idade - o seu primeiro livro de poemas, intitulado "Da Cor do Ser". Era com bastante expectativa e emoção que a escola esperava a chegada de uma - até há dois anos atrás - ex-aluna que partira para a sua formação superior da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Ladeada por uma colega de Faculdade e pelos professores José Cunha e Manuela Santos, director e coordenadora pedagógica do Centro de Novas Oportunidades de Cacilhas, Joana Rodrigues (segunda a contar da esquerda) narrou a génese do seu livro de poemas "Da Cor do Ser", uma antologia fortemente influenciada pelas suas vivências pessoais, sobretudo as suas relações familiares próximas com os avós. Perante uma plateia composta por adultos em início de processo de validação de competências e por professores - e contando com a presença da Srª Directora da Escola, Margarida Fonseca - Joana Rodrigues contou com a colaboração da sua colega Filipa que leu alguns dos poemas. Questões sobre a actividade poética e a sua relação com a vida da autora foram colocadas pela assistência interessada, às quais Joana Rodrigues respondeu sempre com muita disponibilidade.
Particularmente emocionante foi a leitura de um dos poemas por Dina, uma formanda moldava do "Curso de Português para Falantes de Outras Línguas".
A sessão terminou com curtas intervenções de Margarida Fonseca - Directora, Manuela Santos e José Fernando Vasco, professor-bibliotecário. No final ficou pré-combinada a realização de uma outra sessão para alunos do 12º ano, a realizar no próximo mês de Janeiro de 2010.
José Fernando Vasco

Carl Sagan

Cientista, astrónomo e exobiólogo, nascido nos Estados-Unidos, Carl Sagan (1934-1996) é reconhecido em todo o mundo pelo seu notável trabalho científico e também pela sua extraordinária capacidade de comunicação - o seu livro Cosmos é a obra científica de língua inglesa mais vendida no mundo . Com ele milhões de leitores e de espectadores ( através da série televisiva com o mesmo nome) foram levados a desvendar os mais profundos segredos do universo.
Das inúmeras distinções e prémios recebidos de universidades e organismos científicos, destacam-se: O prémio Pulitzer, em 1978, pelo livro Os Dragões do Éden, o prémio Emmy pela série Cosmos, o prémio John F. Kennedy de Astronáutica, da Sociedade Astronáutica norte-americana; o prémio Apollo da NASA e as medalhas da Nasa por "Exceptional Scientific Achievement" e da Federação Cosmonáutica Soviética “Konstantin Tsiolkovsky". Obteve também a mais alta distinção da Academia Nacional Americana das Ciências com “the Public Welfare Medal” . Em sua homenagem, o asteróide 2709 Sagan tem hoje o seu nome.
"Carl Sagan has been enormously successful in communicating the wonder and importance of science. His ability to capture the imagination of millions and to explain difficult concepts in understandable terms is a magnificent achievement” - Leia mais no site official: http://www.carlsagan.com/

Livros disponíveis na BE/CRE:










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Cosmos de Carl Sagan
«They Should Have Sent a Poet»

José Fernando Vasco 

A nova arquitectura da Europa


Entrou hoje em vigor o


José Fernando Vasco

«Mensagem» - 75 anos depois da 1ª edição

Disponível para consulta na BE/CRE


A Europa jaz, posta nos cotovelos
De Oriente a Ocidente jaz, fitando,
E toldam-lhe românticos cabelos
Olhos gregos, lembrando.

O cotovelo esquerdo é recuado;
O direito é em ângulo disposto.
Aquele diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra onde, afastado,
A mão sustenta, em que se apoia o rosto

Fita, com olhar esfíngico e fatal,
O Ocidente, futuro do passado.

O rosto com que fita é Portugal.


Comemoram-se hoje os 75 anos da 1ª edição da "Mensagem" de Fernando Pessoa, o único livro de poemas publicado em vida do poeta. A Biblioteca Nacional apresenta hoje, pelas 17:30 horas, uma edição fac-similada do dactiloescrito original. Haverá ainda um debate, moderado por Carlos Vaz Marques e com a presença de Manuel Alegre, Eduardo Lourenço e Vasco de Graça Moura.
Fonte: Jornal i

José Fernando Vasco

Prémio Goncourt para Marie Ndiaye

Marie Ndiaye, escritora francesa de origem senegalesa, de 42 anos, foi a primeira mulher negra a ganhar o conceituado prémio literário Goncourt, com o romance “Trois femmes puissantes” (Gallimard). Da sua bibliografia constam 10 romances, tendo o primeiro “Quant au riche avenir” sido publicado aos 17 anos, um livro de contos e quatro peças de teatro. O romance galardoado é composto “por 3 relatos de 3 mulheres, Norah, Fanta e Khady Demba, que se batem por preservar a sua dignidade contra as humilhações que a vida lhes inflige, com uma obstinação metódica e incompreensível”.
Este prémio literário, o mais cobiçado de França, é atribuído desde 1903 ao autor do «melhor livro de imaginação em prosa», e já distinguiu alguns dos maiores escritores de língua francesa, como Marcel Proust, André Malraux, Simone de Beauvoir, Michel Tournier e Marguerite Duras.
Ouça a interessante entrevista com Marie Ndiaye sobre este romance em http://www.gallimard.fr/rentree-2009/MarieNDiaye.htm.
Bárbara Nabais

Antonio Vivaldi (1678-1741)

Antonio Lucio Vivaldi nasceu em Veneza a 4 de Março de 1678. Filho de Giovanni Batista, um músico que tocava na basílica de São Marcos, Vivaldi ouviu os primeiros sons de violino em casa. O seu pai ensinou-lhe os principais segredos das quatro cordas do instrumento - o violino - que o imortalizaria como um dos principais génios da música. A sensibilidade de Vivaldi fê-lo ser ordenado padre em 1703, mas sua arte não estava noutra esfera. A partir de 1704, Vivaldi foi regente no conservatório de Ospedale della Pietà. Ali conheceu Anna Giraud, musa e tormenta da sua existência. Vivaldi passou a compor com intensidade. Os concertos para violino são os mais importantes dentro do magnífico catálogo que reúne suas obras.
Da sua lista de composições fazem parte 550 concertos, 350 para instrumentos solo (mais de 230 para violino). Há ainda 40 concertos duplos, mais de 30 para solistas múltiplos e perto de 60 para orquestra sem solo, 46 óperas, 23 sinfonias.



A mais popular obra de Vivaldi é, certamente, "As quatro estações". Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados "O diálogo entre a harmonia e a criatividade". Nessa série, acentua-se a tentativa de se expressar musicalmente fenómenos da natureza ou sentimentos, como a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno.
Vivaldi escreveu também uma grande quantidade de obras sacras, entre elas a célebre Glória, especialmente composto para o casamento do rei Luís XV. Dedicava-se com extrema paixão tanto à música sacra quanto à profana. Vivaldi acabou por abandonar Veneza, transferindo-se para Roma, Amsterdão e Viena, onde morreu a 28 de Julho de 1741, aos 63 anos. A redescoberta da sua música, por volta de 1940, deve-se a alguns musicólogos, sobretudo Marc Pincherle. A divulgação foi promovida por I Virtuosi, dirigido por Renato Fasano, e especialmente pelos discos. Vivaldi voltou a ser um dos compositores mais tocados.
José Fernando Vasco

 

Caim de José Saramago


Disponível para consulta na BE/CRE a partir de 23 Novembro 2009
[graças à amabilidade da Direcção da Escola]


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Hertha Müller - Prémio Nobel da Literatura, 2009
Uma cana de pesca para o meu avô

José Fernando Vasco

Uma cana de pesca para o meu avô


Livro disponível na BE/CRE

“Na montra de uma loja de artigos de pesca, aberta recentemente, a presença dos inúmeros modelos de cana de pesca expostos, de súbito, fez-me pensar no meu avô. Apeteceu-me comprar-lhe uma. Em destaque na montra, uma delas era um modelo de importação composto por dez elementos em fibra de vidra. Não percebi muito bem se era a cana de pesca ou a fibra que era importada , nem sequer em que é que aquela cana era melhor do que as outras. As dez partes encaixavam-se umas nas outras e acabavem por se arrumar num último tubo, de cor preta. Na extremidade deste, um punho em forma de coronha de pistola, no qual estava fixado um carreto. Parecia um revólver de canhão alongado ou uma Mauser último grito. Certamente o meu avô nunca tinha visto uma mauser e, mesmo em sonho, nunca poderia imaginar que pudesse existir uma cana de pesca como esta. As dele eram todas em bambu e nunca tinha comprado nenhuma. Ele próprio as fabricava, passando pelo fogo os troncos de bambu curvados que encontrava não sei onde."

Constituída por seis contos, esta obra retrata a infância de Gao Xingjian, as alegrias simples do amor e da amizade, a terra natal e os seus lugares familiares, mas também os dramas da rua ou as tragédias vividas pela China. Nascido na China em 1940, mas a viver em França desde 1988, este romancista, pintor, dramaturgo, encenador, crítico literário, poeta e tradutor sobretudo das obras de Samuel Beckett e Eugène Ionesco, foi agraciado com o Nobel da Literatura de 2000, por "uma obra de valor universal, de uma lucidez amarga e uma ingenuidade linguística que abriram novos caminhos para o romance e o teatro chineses".

 Bárbara Nabais

Dia Internacional da Filosofia

O jornal i publica hoje uma excelente artigo de opinião de João Cardoso Rosas, professor universitário de Teoria Política, sobre o papel do ensino da Filosofia. A não perder, na edição online do referido jornal.

Leia e comente neste artigo
o texto do Professor João Cardoso Rosas

José Fernando Vasco

«Blade Runner» de Ridley Scott


Blade Runner, de Ridley Scott (1982)                
Rick Deckard vigia a selva de aço e microchips em que se transformou Los Angeles no século XXI. Ele é um "Blade Runner" na perseguição de criminosas réplicas humanas criadas em laboratório. A sua missão: matá-los. O crime deles: quererem ser humanos. Baseado na obra "Do Androids Dream of Electric Sheep" de 1968, o filme de Ridley Scott com Harrison Ford, Sean Young e Edward James Olmos, é hoje um clássico da cinematografia ocidental, um verdadeiro filme de culto e inclui a deslumbrante banda sonora de Vangelis.



Uma obra-prima que nos coloca a mais das inquietantes interrogações: 
afinal, o que faz de nós humanos?
Armando Rocheteau

A debater no dia 17 de Novembro de 2009 - 15:20 e 19:30 horas,
numa iniciativa conjunta BE/CRE ~ Professores de Filosofia


Visite o Site Oficial

Outras obras de Philip K. Dick:

"Minority Report" (1953) - John Anderton, comissário da Agência Precrime, um sistema inovador de previsão exacta do crime, descobre que, de acordo com o sistema, ele próprio irá cometer um crime.
Steven Spielberg adaptou este conto em 2001, num apreciado (pela crítica e pelo público)  filme de acção com Tom Cruise, Colin Farell, Samantha Morton e Max Von Sydow.

Política, Ética e Consciência Ambiental II

Perante uma plateia de cerca de 90 pessoas  - professores, alunos e assistentes operacionais, o Professor Miguel de Almeida proferiu a sua conferência ontem, pelas 19:30, no Auditório da ESCT. Após o Professor-Bibliotecário ter apresentado o currículo do conferencista, este procedeu ao diagnóstico da ameaça de colapso da biosfera e apresentou uma possível solução: uma nova ética/política que, de acordo com o princípio da precaução, consubstancie um novo "contrato social" não-poético.
O debate que se seguiu à conferência de Miguel de Almeida centrou-se sobretudo na necessidade de mudança de comportamentos individuais e de uma actuação política que defenda a Humanidade de uma catástrofe que possa pôr em causa a sua própria sobrevivência. Para os interessados no assunto, o Professor Miguel de Almeida gentilmente disponibilizou a apresentação PowerPoint que utilizou durante a sua conferência. Essa apresentação pode ser consultada, clicando aqui.
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José Fernando Vasco

«Vanguardas» - colaboração BECRE-Professores-Alunos


A colaboração programada entre a BE/CRE e os professores de diferentes disciplinas é uma das opções estratégicas assumidas para o desenvolvimento daquela enquanto "estrutura axial".
Duas turmas (E - F) de 12º ano do Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades deslocaram-se ontem à BE/CRE e exploraram, em conjunto com a sua professora de História A - Luísa Oliveira - e o Professor-Bibliotecário, o recurso "Vanguardas - rupturas com os cânones das artes".
Ainda neste âmbito, as turmas de Design Gráfico estão neste momento em fase de elaboração de propostas para o novo logo da BE/CRE bem como de hipóteses de sinaléctica. Este envolvimento de professores e alunos é uma opção estratégica, prevista no plano de acção desta estrutura.
José Fernando Vasco

Ciclo Cinema Arte no Museu do Chiado

O Museu do Chiado inaugurou hoje o Ciclo Cinema Arte - O Muro de Berlim - Espelho da História da Alemanha, comissariado por Ellen Blumenstein.
Esta iniciativa integra-se nas celebrações dos 20 anos da Queda do Muro e é organizado pelo Goethe Institut de Lisboa.
O Ciclo Cinema Arte reúne produções de artistas e realizadores que ao longo de quatro décadas se confrontaram com a realidade do Muro de Berlim, pois este marco da história também alterou a arte da época, uma vez que os artistas se viam confrontados com aquela barreira física.
Ver programação do Ciclo Cinema Arte.

Fonte: Público
Paula Penha

Muro de Berlim - 20 anos após o seu derrube

No âmbito da comemoração dos vinte anos do início da demolição do muro de Berlim, os professores de Alemão da Escola Secundária Cacilhas-Tejo inauguram, no próprio dia, uma exposição alusiva ao acontecimento e com a colaboração do Goethe Institut.
A turma de Design Gráfico - 2º L - desenvolveu um projecto de elaboração de cartazes alusivos ao tema, sob a orientação da professora Tânia Matos.
Desse projecto, resultou este slideshow publicado originalmente no blogue Design Gráfico+Oficina Gráfica


Paralelamente, será exibido na BE/CRE, pelas 15:20 e 19:30 horas, o documentário "O Muro de Berlim", com a chancela de qualidade do Canal História. Recomenda-se ainda a visita ao site da TV5 Monde que dedica um dossiê especial subordinado a este acontecimento.
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