No dia 25 de Janeiro, pelas 19H30, na BECRE, realizou-se a segunda sessão da Comunidade de Leitores, no âmbito do projecto Novas Oportunidades a Ler+. Desta vez, o grupo, constituído por professores, profissionais e formadores do Centro Novas Oportunidades, formandos dos cursos EFA (nível Básico e Secundário), adultos em processo de Reconhecimento e Validação de Competências (RVCC) e alunos do Ensino Recorrente por Módulos Capitalizáveis, partilhou as suas impressões de leitura em torno do livro “Aventuras de João Sem Medo”, obra metafórica de José Gomes Ferreira.
Os presentes tiveram a oportunidade de viajar pelas aventuras maravilhosas de João Sem Medo – a sua maneira de ver e descrever o mundo, a sua ironia ao comentar o que lhe acontece, na sua jornada pela Floresta Branca, tendo de escolher, para lá do Muro, caminhos difíceis para pensar por si mesmo, pois para ter uma vida fácil teria que “consentir que lhe cortassem a cabeça para não pensar”. Cada um dos membros da Comunidade de Leitores escolheu uma frase da «As aventuras de João Sem Medo» e, posteriormente, comentada. Eis alguns exemplos:
«É proibida a entrada a quem não andar espantado de existir»
«A felicidade consiste em resistir com teimosia a todas as infelicidades»
«Mas juro que não hei-de ser infeliz porque não quero»
«E João sem Medo continuou a subir o caminho árduo,
resoluto na sua pertinácia de ocultar o medo
- a úniva valentia verdadeira de homens verdadeiros»
«Na terra da liberdade e dos sonhos, o tempo não deixa rasto,
«Na terra da liberdade e dos sonhos, o tempo não deixa rasto,
apenas a memória do tempo em que não fomos aquilo que sonhámos»
«Ninguém pode seguir o caminho da felicidade completa
sem se sujeitar a este programa bem óbvio.
Primeiro: consentir que lhe cortem a cabeça para não pensar,
não ter opinião, nem criar piolhos ou ideias perigosas»
Após reflexão conjunta, foram apontadas duas mensagens cruciais veiculadas na obra e que exortam o Homem a prosseguir o caminho belo rumo à felicidade, não temendo os obstáculos que possa encontrar; e a pensar livremente e a perseguir os seus sonhos.
Tal como refere Fernando Pessoa,
«Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.»
Tem que passar além da dor.»
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