O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Gonçalo M. Tavares, vencedor de Prémio da Ass. Portuguesa de Escritores

Disponível para consulta na BECRE

«Relativamente aos livros publicados em 2010, o Grande Prémio de Romance e Novela APE/MC, atribuído desde 1982, em vinte e nove anos consecutivos, acaba de galardoar a obra “Uma Viagem à Índia”, de Gonçalo M. Tavares (Caminho).
Ao reunir pela 3.ª vez, o júri, constituído por José Correia Tavares, que presidiu, Cristina Robalo Cordeiro, Fernando Dacosta, Isabel Cristina Rodrigues, José Manuel de Vasconcelos e Violante Magalhães, deliberou por maioria, pois Isabel Cristina Rodrigues e José Manuel de Vasconcelos votaram em “A Cidade do Homem”, de Amadeu Lopes Sabino (Sextante).
As 99 obras admitidas ao concurso (mais 14 do que no ano passado), e dado que duas são de co-autoria, outras duas de um mesmo autor e mais duas de um outro, correspondem também a 99 escritores, 74 homens, 25 mulheres, tendo a chancela de 43 editoras (mais 10 do que no ano passado).
O Grande Prémio de Romance e Novela, no montante de 15 000 Euros, já distinguiu 25 autores, de 16 editoras, havendo 4 que bisaram: Vergílio Ferreira, António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luís e Maria Gabriela Llansol. Foram patrocinadores, relativamente a esta sua última edição: o Ministério da Cultura, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o Instituto Camões, o Município de Grândola e a Sociedade Portuguesa de Autores.»

Fonte:


«Uma Viagem à Índia é um livro que vai marcar com certeza, não apenas a História da Literatura Portuguesa mas provavelmente a cultura europeia» (Vasco Graça Moura, na apresentação da obra, CCB, 13/11/2010).

«Este é um livro a muitos títulos surpreendente. Não pelo ineditismo ou pela novidade das peripécias, não por aspectos empolgantes da acção, mas, desde logo, pela maneira como, nele, caleidoscopicamente tudo se eleva à dignidade de literatura enquanto meio para retratar, talvez dizendo melhor, radiografar a condição humana.» (Vasco Graça Moura, na apresentação da obra, CCB, 13/11/10).

«Uma Viagem à Índia, com consciência aguda da sua ficcionalidade, navega e vive entre os ecos de mil textos-objectos do nosso imaginário de leitores. Como são todos os grandes livros, e este é um deles.» (Eduardo Lourenço, prefácio à obra)

«É um livro cheio de fantasmas, fantasmas dos Lusíadas, fantasmas do homem contemporâneo, uma viagem, uma antiepopeia, e é um livro extraordinário. Estou convencido de que dentro de cem anos ainda haverá teses de doutoramento sobre passagens e fragmentos». (Vasco Graça Moura, «A Torto e a Direito», TVI24, 6/11/10)

«Uma obra que o confirma como uma voz absolutamente singular da actual literatura portuguesa. […] Em quase uma década de publicação, Gonçalo M. Tavares, 40 anos, afirmou-se como um «senhor» da literatura. Ousou agora seguir o canto de Camões em Os Lusíadas, mas para narrar a odisseia de um homem simples nos tempos que correm. Uma Viagem à Índia, que acaba de publicar e que Eduardo Lourenço considera uma «navegação de alma pós-moderna», é uma verdadeira epopeia «mental». (Luís Ricardo Duarte e Maria Leonor Nunes, JL, 20/11/10)

«Um texto que se faz a si próprio à medida que avança, desprezador dos códigos literários instituídos, dotado de uma filosofia do corpo […]. Livro absolutamente inolvidável por mais anos que se viva. Ou, de outro modo, um livro para a eternidade.» (Miguel Real, JL, 20/10/10)

«Volume com uma ambição literária ímpar.» (Visão, 11/11/10)

«Sob a forma de uma moderna epopeia (o que nem sempre coincide com uma anti-epopeia), ele é simultaneamente – e essa é uma das razões da sua grandeza – uma figuração interpretativa da época e uma teoria da forma do romance num mundo em que a realidade só fornece a esse género literário e à arte em geral, um terreno desfavorável, de tal modo que o problema central do romance é o fim das formas totais e acabadas. […] [Situamos Bloom na distinta família de que fazem parte o último homem de Nietzsche, o Monsieur Teste de Valéry, o Plume de Michaux, o Bernardo Soares, o Bartleby de Melville […] Mais do que uma personagem, é um princípio irradiante, nome da bloomificação do mundo. É a excelentíssima figura de um péssimo histórico, cultural e antropológico.» (António Guerreiro, Expresso, 6/11/10)

«Uma Viagem à Índia é o momento mais ambicioso de uma obra pessimista que não abdica da memória e da exigência.» (Pedro Mexia, Público, «Ípsilon», 29/10/10)

Fonte:
Gonçalo M. Tavares

José Fernando Vasco

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