O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.

Rita Rato e o «Legado da Revolução dos Cravos»

Integrada nas comemorações ESCT do 37º aniversário do 25 de Abril, a deputada do PCP Rita Rato foi a convidada especial da terceira sessão de «Os Jovens e a Política (2ª série)» que se realizou no passado dia 26 de Abril na BECRE e que foi subordinada à temática «O legado da Revolução dos Cravos». Na sua dupla condição de portuguesa nascida na década de 80 do século XX e de jovem deputada, a visão de Rita Rato suscitou enorme expectativa que, claramente, foi satisfeita.
Perante uma plateia composta por 37 alunos e seis professores, Rita Rato acentuou as diferenças entre o regime do Estado Novo e o democrático pós-25 de Abril e a importância decisiva desse dia fundador da nossa II República.
A sua exposição inicial realçou o conjunto de direitos conquistados pelos portugueses graças ao Movimento dos Capitães e ao processo de democratização do país, que representou uma enorme diferença no que respeita à educação e saúde, ao salário mínimo nacional ou ao direito a férias pagas. Infelizmente, e na sua opinião, no momento actual assiste-se a um retrocesso nos direitos conquistados a partir de 1974.

A plateia não perdeu a oportunidade de colocar questões e emitir opiniões sobre a actualidade, nomeadamente a natureza do nosso regime democrático, a Constituição (e a sua necessidade, ou não, de revisão), impostos e redistribuição social, o projecto europeu, o FMI e o Euro.
Naturalmente, como deputada do PCP, Rita Rato veiculou as suas principais teses, defendendo o cumprimento da Constituição - recorde-se que esta semana Vasco Lourenço afirmou que o processo de revisão constitucional poderia pôr em causa o que o 25 de Abril significou do ponto de vista dos direitos sociais - e, sobretudo, da sua parte económica e social, bem como se manifestou totalmente contra a ingerência externa (UE+BCE+FMI) pois significa um ataque à soberania nacional.
Uma última nota!
Foi interessante e importante verificar que Rita Rato foi democraticamente tolerante perante uma manifestação - isolada, é certo, e prontamente condenada pela generalidade da plateia - de pura intolerância e sectarismo que, mesmo após 37 anos de democracia, continuam e, infelizmente, continuarão sempre a existir. Quando muitos acusam os militantes do PCP de sectarismo, foi uma verdadeira lição democrática aquela que Rita Rato proporcionou aos presentes em «Os Jovens e a Política III (2ª série): o legado da revolução dos cravos».


«Cidadania» segundo José Pedro Aguiar-Branco
«Os Jovens e a Política I (2ª série)» com José Pedro Aguiar-Branco
José Pedro Aguiar-Branco na ESCT- Os Jovens e a Política (2ª série)
Nuno Magalhães, os jovens e a política: a análise da actual conjuntura política nacional
«Os Jovens e a Política II (2ª série)» com Nuno Magalhães (avaliação)«Os Jovens e a Política III (2ª série): o Legado da Revolução dos Cravos» com Rita Rato

Hiperligações:
José Fernando Vasco

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