O serviço público de educação é um pilar essencial e imprescindível de uma democracia que, por definição, garanta a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento integral de uma sociedade moderna.
«O que é que define o ser humano? Não os instintos ou a nossa dotação genética, tão semelhante ao dos outros animais, mas a nossa capacidade de decidir e inventar acções que transformam a realidade (...) e a nós mesmos. Essa disposição, chamada "liberdade", é a nossa condenação e também o fundamento do que consideramos e nossa dignidade racional [...]»
As figuras históricas, os mitos os símbolos e os conceitos
por um dos mais reputados especialistas pessoanos.
Segundo António Machado Pires, um «importante dicionário, que lhe permite interrogar o poema (e o leitor) sobre as figuras históricas, os mitos, os símbolos e os conceitos.» (da contracapa).
A Escola Secundária Cacilhas Tejo vai celebrar o Dia Internacional da Dança no dia 3 de Maio com a a bailarina e coreógrafa Cláudia Dias. Neste encontro a coreógrafa irá falar sobre o seu percurso profissional, sobre as peças que cria, sobre a técnica que utiliza e partilhar o seu olhar sobre a Dança nos dias de hoje. Irá ainda convidar os participantes a realizar um pequeno exercício.
Destinatários:
- alunos e docentes da Escola Secundária Cacilhas-Tejo.
Professor Responsável:
- Rui Paiva
Cláudia Dias
Nasceu em Lisboa, em 1972. Iniciou a sua formação em dança na Academia Almadense. Continuou os seus estudos como bolseira na Companhia de Dança de Lisboa. Frequentou o Curso de Formação de Intérpretes de Dança Contemporânea, promovido pelo Fórum Dança e o Curso de Formação Profissional em Gestão de Organizações e Projetos Culturais, promovido pela Cultideias. Atualmente, frequenta o Mestrado em Artes Cénicas, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa.
Iniciou o seu trabalho como intérprete no Grupo de Dança de Almada. Integrou o coletivo Ninho de Víboras. Colaborou com a Re.Al tendo sido uma intérprete central na estratégia de criação de João Fiadeiro e no desenvolvimento, sistematização e transmissão da Técnica de Composição em Tempo Real.
Desenvolveu um projeto pedagógico na área da composição coreográfica, em parceria com Márcia Lança, que deu origem à peça Vende-se país solarengo com vista para o mar. Foi intérprete na peça Morro como País, encenada por John Romão.
Criou as peças One Woman Show, Visita Guiada, Das coisas nascem coisas, Vontade de ter vontade e a performance/instalação 23+1.
O seu trabalho como coreógrafa, performer e professora tem sido acolhido por várias estruturas, teatros e festivais nacionais e internacionais.
Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma
Se soubesse que amanhã morria E a Primavera era depois de amanhã, Morreria contente, porque ela era depois de amanhã. Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir se não no seu tempo? Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo; E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente, Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem. Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele. Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências. O que for, quando for, é que será o que é.
O Problema das Oito Rainhas foi proposto em 1848 pelo jogador de xadrez Max Bezzel (1824-1871) e a primeira solução encontrada por Franz Nauck (1815-1902) em 1850.
Neste problema matemático, pretende-se distribuir oito rainhas pelas casas de um tabuleiro de xadrez (8x8) sem que nenhuma delas seja atacada por outra (é, por isso, necessário que quaisquer duas rainhas não estejam numa mesma linha, coluna, ou diagonal).
O presente problema é um caso específico do Problema das n Damas, no qual temos n damas e um tabuleiro com n×n casas (para qualquer n ≥ 4).
O número de possíveis posições para colocar as rainhas sobre o tabuleiro de xadrez reduz-se a cada passo. Existem 92 soluções para um tabuleiro 8x8.
Começou hoje no CCB (Centro Cultural de Belém) os Dias da Música em Belém com o tema "A Voz Humana | O Canto Através dos Tempos". Este ano esta iniciativa contará com a participação de cerca de mil músicos nacionais e estrangeiros, em 60 concertos que ocorrerão em sete salas.
Há poucas semanas, o físico teórico Eef van Beveren, da Universidade de Coimbra (UC, Portugal), identificou o bosão mais leve de sempre, uma partícula subatómica que resulta das interações nucleares. A descoberta vem confirmar a previsão que este físico de partículas havia feito em 1984 sobre a suspeita da existência do bosão E(38).
Utilizando os resultados de experiências realizadas nos aceleradores de partículas de Bona (Alemanha) e do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear), na Suíça, Eef van Beveren conseguiu registar o aparecimento do E(38) através de um modelo desenvolvido em conjunto com o cientista George Rupp, do Instituto Superior Técnico (Lisboa).
Esta nova partícula, que tem sido comparada a uma «bolha de sabão», é 25 vezes mais leve do que um protão. Serão necessários ainda muitos estudos para avaliar as suas propriedades e o seu armazenamento. Por agora, podemos apenas dizer que algo mais foi acrescentado ao conteúdo científico da física hadrónica (física das partículas que estuda as interações fortes), da física das altas energias e da cosmologia.
No futuro, o E(38) talvez possa ser utilizado como uma fonte de energia nuclear mais limpa, dado que não deixa resíduos no meio ambiente.
Coimbra
Composição: José Maria Galhardo e Raul Ferrão Intérprete: Amália Rodrigues
Coimbra é uma lição De sonho e tradição O lente é uma canção E a Lua a faculdade
O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer saudade
Coimbra do choupal Ainda és capital Do amor em Portugal Ainda
Coimbra onde uma vez Com lágrimas se fez A história dessa Inês tão linda
Coimbra das canções Tão meiga que nos pões Os nossos corações a nu
Coimbra dos doutores Pra nós os teus cantores A Fonte dos Amores és tu
Coimbra é uma lição De sonho e tradição O lente é uma canção E a Lua a faculdade
O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer saudade
O livro é uma mulher Só passa quem souber E aprende-se a dizer saudade
Senhoras e meus senhores, façam roda por favor Senhoras e meus senhores, façam roda por favor, cada um com o seu par Aqui não há desamores, se é tudo trabalhador o baile vai começar Senhoras e meus senhores, batam certos os pézinhos, como bate este tambor Não queremos cá opressores, se estivermos bem juntinhos, vai-se embora o mandador Vai-se embora o mandador Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição De velhas casas vazias, palácios abandonados, os pobres fizeram lares Mas agora todos os dias, os polícias bem armados desocupam os andares Para que servem essas casas, a não ser para o senhorio viver da especulação Quem governa faz tábua rasa, mas lamenta com fastio a crise da habitação E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição
Tanta gente sem trabalho, não tem pão nem tem sardinha e nem tem onde morar Do frio faz agasalho, que a gente está tão magrinha da fome que anda a rapar
O governo dá solução, manda os pobres emigrar, e os emigrantes que regressaram Mas com tanto desemprego, os ricos podem voltar porque nunca trabalharam E assim se faz Portugal, uns vão bem e outros mal
Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição E como pode outro alguém, tendo interesses tão diferentes, governar trabalhadores Se aquele que vive bem, vivendo dos seus serventes, tem diferentes valores Não nos venham com cantigas, não cantamos para esquecer, nós cantamos para lembrar Que só muda esta vida, quando tiver o poder o que vive a trabalhar Segura bem o teu par, que o baile vai terminar. Faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres, faz lá como tu quiseres Folha seca cai ao chão, folha seca cai ao chão Eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, eu não quero o que tu queres, Que eu sou doutra condição, que eu sou doutra condição
O Museu da Eletricidade recebe, entre 27 de abril e 20 de maio, mais uma exposição World Press Photo 2012. A edição deste ano reúne mais de 160 fotografias premiadas no âmbito de um concurso ao qual 5.247 fotógrafos de 124 países se candidataram com mais de 101 mil imagens. O grande vencedor desta 55ª edição foi o fotógrafo espanhol Samuel Aranda, com um retrato de uma mulher, coberta por véu integral, que abraça o seu filho Zayed, de 18 anos, vítima dos efeitos de gases lacrimogéneos depois de participar numa manifestação de rua, no Iémen, a 15 de outubro de 2011.
A apresentação em Portugal da exposição World Press Photo 2012 resulta de uma parceria entre a Fundação EDP e a revista Visão.
Integrada nas comemorações do 38º aniversário do 25 de Abril de 1974 - uma organização da ESCT/BECRE/O FAROL/F4/ARPIFC/JFCACILHAS
- Fernando Martins, professor da Universidade de Évora, proferiu no passado dia 24 de abril uma palestra sobre a temática da Guerra Colonial.
Analisando o papel das forças armadas e dos conflitos militares em que Portugal se viu envolvido nos últimos séculos; contextualizou a guerra colonial na conjuntura política internacional da época (Guerra Fria) e abordou as diferenças que se verificaram nos diversos territórios ultramarinos (especialmente Angola, Moçambique e Guiné).
Problematizou as relações entre o(s) conflito(s) e as crescentes dificuldades do Estado Novo e o descontentamento face à situação nos inícios da década de 1970, o que, na sua opinião, esteve na base do golpe de Estado acontecido a 25 de abril.
Na sequência das intervenções da plateia, esclareceu que os acordos do Alvor fracassaram porque, em boa verdade, nenhum dos três movimentos de libertação angolanos estava verdadeiramente interessado na paz e na reconciliação nacionais, lançando Angola para mais duas décadas de guerra civil.
Divulgam-se os dados estatísticos relativos à atividade «Guerra Colonial»,
integrada no Ciclo Conferências e nas
Comemorações ESCT do 38º aniversário do 25 de Abril.
Manuel Pedro, membro da URAP (União dos resistentes antifascistas portugueses), esteve ontem presente no Auditório da ES Cacilhas-Tejo onde deixou o seu testemunho de vida, enquanto membro na clandestinidade do PCP e ex-prisioneiro político do Estado Novo.
A difícil vida de resistente, durante décadas, ao regime de Salazar; a perseguição política exercida pela PIDE - bem como as suas práticas de tortura; a censura e a miséria generalizada que Portugal conheceu, foram alguns dos assuntos abordados por Manuel Pedro que, gentilmente, ofereceu à Escola - para depósito na sua biblioteca escolar - um exemplar de cada um dos dois livros que publicou e que constituem, sob a forma de narrativa, o seu testemunho de vida e de percurso político.
Ao autor, a BECRE agradece a sua gentileza e amabilidade, sendo certo que a sua oferta enriquecerá o fundo documental e proporcionará a alunos e professores o contacto com um exemplo vivo dentro de muitos dos que, sacrificando a sua vida, nos proporcionaram hoje vivermos em liberdade.
A 82.ª edição da Feira do Livro de
Lisboa,
organizada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL),
terá lugar entre 24 de Abril e 13 de Maio de 2012, no Parque
Eduardo VII em Lisboa.
A entrada é gratuita. A inauguração da Feira ocorrerá hoje pelas 17:00 horas.
Hoje de manhã, na ES Cacilhas-Tejo, iniciaram-se as comemorações do 38º aniversário do 25 de Abril com a abertura das duas exposições que estarão patentes na BECRE (exposição bibliográfica «O Século XX português») e na Manga A-B (exposição «25 de Abril»).
A exposição bibliográfica consiste numa seleção de recursos (livros, DVD e periódicos) do fundo documental da biblioteca escolar, relativos ao século XX português e das seguintes classes:
1 - Filosofia
5 - Ciências Naturais
7 - Artes
8 - Literatura portuguesa
9 - Geografia
9 - História de Portugal
Caso queira consultar o catálogo antes de visitar a exposição, clique aqui.
«Da mais alta janela da minha casa»
de Alberto Caeiro
Declamado por Sinde Filipe
Música de Laurent Filipe
Da mais alta janela da minha casa Com um lenço branco digo adeus Aos meus versos que partem para a Humanidade. E não estou alegre nem triste. Esse é o destino dos versos. Escrevi-os e devo mostrá-los a todos Porque não posso fazer o contrário Como a flor não pode esconder a cor, Nem o rio esconder que corre, Nem a árvore esconder que dá fruto. Ei-los que vão já longe como que na diligência E eu nem sequer sinto pena Como uma dor no corpo. Quem sabe quem os lerá? Quem sabe a que mãos irão? Flor, colheu-me o meu destino para os olhos. Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas. Rio, o destino da minha água era não ficar em mim. Submeto-me e sinto-me quase alegre, Quase alegre como quem se cansa de estar triste. Ide, ide de mim! Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza. Murcha a flor e o seu pó dura sempre. Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua. Passo e fico, como o Universo.
Alberto Caeiro
[heterónimo de Fernando Pessoa]
in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLVIII"
Mulheres e Artes é o tema da 3ª sessão do ciclo de debates «Women on the Move: Mobilidades e Interculturalidades no Feminino», promovido pelo Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta (UAb).
Realiza-se, no dia 26 de abril de 2012, pelas 17 horas, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa, com a moderação da Profª. Doutora Anabela Galhardo (CEMRI – UAb) e com a participação da atriz e encenadora Natália Luiza, a par da cineasta Fátima Ribeiro.
(A Livraria Ler Devagar situa-se nas instalações da Factory LX, na Rua Rodrigues de Faria, ao Calvário).
Atendendo às dinâmicas do mundo de hoje, este tipo de eventos têm seguramente uma importância de relevo para a compreensão das relações socioculturais que se desenvolvem nas comunidades multiculturais, quer a nível mais abrangente a nível nacional e regional, mas também num microcosmos como a nossa escola. As artes, nomeadamente o teatro e o cinema, podem constituir pontes de contacto entre diferentes culturas, salvaguardando e potenciando a divulgação das suas diversidades e igualmente promovendo o diálogo entre os diferentes intervenientes e a sua integração nas novas áreas de confluência e de acolhimento.