No âmbito da disciplina de Área de Integração, os alunos do 3ºK, do Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos assistiram, no passado dia 18 de Outubro, ao filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin. O filme iniciou o Ciclo de Cinema deste ano lectivo, uma iniciativa conjunta dos docentes de Filosofia e da BE-CRE. A partir do visionamento do filme os alunos realizaram comentários, dos quais seleccionámos o da aluna Rita Pereira, que passamos a transcrever.
No filme “Tempos Modernos” é focada a “utilização” do homem como um instrumento mecânico. Não existem grandes normas de segurança nem condições. Por exemplo, os trabalhadores comiam junto das máquinas com que trabalhavam, sem condições de higiene. O seu trabalho tinha que manter o mesmo ritmo porque, caso deixasse de ser contínuo, interromperia o decorrer das várias fases por que cada peça era trabalhada. Isto, claro, lembra o movimento contínuo de uma máquina, que não precisa de nenhuma pausa. Assim, podemos ver o homem não só como máquina, mas como objecto. Não tem as condições que um ser humano deveria ter.
No caso daqueles que eram desempregados, era constante (e notável) a sua apatia, depressão pois precisavam de trabalhar nem que fosse apenas para pôr comida na mesa. Um desempregado sentia a necessidade de se manter activo, de se sustentar.
Perante algumas injustiças também demonstradas no filme, algumas pessoas começam a revoltar-se, sentem necessidade de fazer mudanças, de mudar para melhor.
Tanto a falta de condições de trabalho, as injustiças e até mesmo o desemprego não ficam atrás do factor família. No filme, o desejo de constituir família é despertado em Charlie Chaplin. Esse factor é muito importante para a sua realização pessoal. Isso torna-se em mais um motivo que o leva a procurar trabalho, para ter o seu dinheiro e a sua casa, onde viver com a rapariga que conheceu.
Em conclusão, os tais “Tempos Modernos” eram bastante injustos. Ainda hoje existem pessoas que trabalham nestas condições e sofrem este tipo de injustiças, mas no geral, o filme retrata bem todo aquele tempo.
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