David com a cabeça de Golias
1599
Óleo sobre tela
Galleria Borghese, Roma
«A vocação de S. Mateus» (1599-1600) de Caravaggio
Caravaggio foi um horticultor de pincel
A elaboração deste vídeo baseia-se no mapa do Universo mais completo do mundo - o Atlas Digital do Universo - elaborado por astrofísicos do Museu Americano de História Natural. Ao observar as imagens, facilmente se chega à conclusão de estarmos a efectuar uma viagem no tempo, em marcha-atrás, cujo ponto de partida são os Himalaias e o ponto de chegada o Big Bang. Pelo meio, vai ficando registada a hierarquia de organização da matéria ao nível cosmológico.
Rosa Espada
Pode parecer estranho, mas os alunos erram desalmadamente o cálculo de percentagens. O vídeo apresentado pretende inverter este facto.
Rosa Espada
A série de banda desenhada da autoria do astrofísico Jean-Pierre Petit, intitulada “As Aventuras de Anselmo Curioso”, constitui um bom exemplo de BD educativa. O autor utilizou a sua formação académica enquanto doutor em ciências, investigador no CNRS e professor de Belas-Artes, para ensinar ciência a leitores sem grande formação científica. No livro acima identificado e agora divulgado neste blogue, é feita uma introdução às bases do conhecimento geométrico, sendo igualmente abordada a geometria não euclidiana em associação com a teoria da relatividade geral de Einstein. Anselmo Curioso é o personagem principal.
No âmbito da “Associação Saber sem Fronteiras” e porque a BECRE apenas dispõe de um exemplar deste livro, disponibiliza-se, em seguida, o conjunto de hiperligações para a descarga gratuita deste exemplar e dos restantes da colecção:
"Os Mistérios da Geometria" - "Einstein e a Teoria da Relatividade" - "Einstein e o Buraco Negro" - "O Sonho de Voar" - "A Magia da Informática"
Obvia-se, desta forma, a demora em fazer chegar aos professores e alunos interessados o único exemplar impresso disponível na BECRE, assim como se ultrapassa o momento de actual crise económica, que restringe de modo muito significativo a aquisição de novas e mais obras para integrar o fundo documental das bibliotecas escolares. Estas, têm, actualmente, um importantíssimo trabalho como centro difusores de informação e devem executá-lo utilizando todos os meios ao seu alcance. A disponibilização das obras em suporte digital não fará desaparecer as correspondentes versões impressas, nem a necessidade de frequentar as bibliotecas, que terão pela frente o desafio de modernizar-se nos meios e nos serviços disponibilizados.
De Raymond Macherot, «Clorofila»:
Apesar de nem sempre o seu trabalho ter sido devidamente reconhecido, Raymond Macherot é outro desenhador e escritor de histórias para BD na linha da extraordinária tradição franco-belga nesta matéria.
As várias séries do arganaz Clorofila tiveram início em 1954, sendo fruto do gosto de Macherot pela vida rural. Por intermédio de personagens antropomorfizadas que são animais do campo, este autor cria fábulas onde a luta pela sobrevivência faz despoletar o aparecimento dos diversos tipos humanos encontrados em sociedade. Existem os animais bons e os animais maus, abordando-se o problema da co-existência de espécies diferentes numa mesma área geográfica. Os animais vilões são frequentemente predadores naturais das espécies autóctones, pois ignoram a «lei da terra». A questão desenvolvida nesta obra pode ser encarada do ponto de vista da biologia/ecologia como um caso de perturbação dos ecossistemas pela introdução de espécies invasoras (exóticas).
O livro em questão apresenta na capa apenas o título “Clorofila”, no entanto, no interior contém duas histórias relacionadas: “Clorofila contra os ratos Negros” e “Clorofila e os Conspiradores”. Trata-se, portanto, de dois trabalhos onde surgem conceitos associados à ecologia das populações. Os problemas de relacionamento entre as personagens animais são mostrados como o reflexo das relações humanas na satisfação dos seus interesses pessoais e de grupo.
Para além de Clorofila, são igualmente importantes um pequeno rato, uma lontra e uma ratazana. Os nomes dos animais são curiosos: Alcatrão, Minorca, Orelhudo, Escovilhão, Torpedo, Antracite, etc. A primeira história começa quando um moinho velho é demolido e os ratos negros que nele habitavam vão procurar outro lugar para viver – um vale próximo. A resistência organizada pelos animais habitantes do vale faz o resto desta história.
Fica aqui a sugestão para os professores e alunos interessados. Talvez a maior importância pedagógica da utilização da BD nas ciências resida em contactar com ideias que permitem explicar melhor conceitos abstractos e de difícil compreensão, fazendo uso de metáforas e comparações que nela se podem encontrar.
É claro que continua sempre em aberto a possibilidade de utilizar esta BD durante os momentos de lazer, que pode e deve ser preferencialmente educativo. As referências bibliográficas completas dos álbuns divulgados estão no catálogo da exposição.
Hiperligações:
BD Nostalgia; BD Portugal; Histórias dos Quadradinhos; Tintin.com; Tintim por Tintim; Kuentro2;