Realizou-se ontem, no Auditório da Batalha, a conferência «As redes sociais e as bibliotecas» que contou com a participação de Sara Pereira (Universidade do Minho), Luísa Alvim (Casa de Camilo-Museu), António Santos (Centro de Estudos Fiscais da Direcção Geral dos Impostos), Nuno Marçal (Bibliotecário) e Roberto Arranz (Associação de Profissionais das Bibliotecas Móveis de Espanha). O interesse e expectativa perante esta louvável iniciativa ficou confirmada com a presença de bibliotecários e outros profissionais que quase lotaram a capacidade do auditório.
Na sessão de abertura, presidida pelo Presidente da Câmara Municipal da Batalha (António Lucas), foi introduzida a temática: as redes sociais, cada vez mais importantes nas sociedades contemporâneas - em Portugal, existem 3,6 milhões de registos - trarão mais leitores para as bibliotecas e poderão ser ferramentas úteis para a promoção da leitura?
Sara Pereira, na sua comunicação "A relação das crianças e dos jovens com a televisão e a internet", para além da apresentação de dados estatísticos relativamente à referida relação, reflectiu sobre necessidade de mediação na relação das crianças e jovens com os media, de modo a que saibam lidar com estes de forma mais crítica e criteriosa. A intervenção, na sua opinião, deve recair menos nos meios e/ou conteúdos mas mais nos usos e/ou utilizadores: nestes, numa perspectiva pedagógica, deve ser promovida as suas capacidades no domínio da literacia para os media. Anunciou ainda a futura realização do Congresso «Literacia, media e cidadania» em Braga, na Universidade do Minho, nos dias 25 e 26 Março 2011.
Luísa Alvim apresentou "Impossível não estar no Facebook! Situação e tendência das bibliotecas portuguesas". Definiu o Facebook como um «um espaço de convergência de meios de comunicação pré-existentes». São poucas (mas em crescente número) as bibliotecas que utilizam as ferramentas 2.0 e as que o fazem é com sentido maioritariamente auto-referencial.
A assistência colocou muitas questões, o que demonstra a importância e o interesse do tema em debate.
Luisa Alvim respondeu a uma questão da BECRE sobre bibliotecas escolares: e redes sociais: Para a conferencista, estamos no inicio deste processo e ainda não existem documentos orientadores. Existem boas práticas. As bibliotecas escolares (e a utilização de ferramentas da web 2.0) são um mundo interessantíssimo mas que sofre de efemeridade.
Sara Pereira concordou com a BECRE na dificuldade na mediação por parte das famílias, dado os baixos índices de literacia. A estratégia deve ser a que foi usada na educação ambiental. Infelizmente há pouca formação em educação para os media e pouco material para pais e professores. Informou ainda que está a ser ultimada a preparação de material, a ser distribuído via Rede das Bibliotecas Escolares (RBE).
Luísa Alvim apresentou "Impossível não estar no Facebook! Situação e tendência das bibliotecas portuguesas". Definiu o Facebook como um «um espaço de convergência de meios de comunicação pré-existentes». São poucas (mas em crescente número) as bibliotecas que utilizam as ferramentas 2.0 e as que o fazem é com sentido maioritariamente auto-referencial.
A assistência colocou muitas questões, o que demonstra a importância e o interesse do tema em debate.
Luisa Alvim respondeu a uma questão da BECRE sobre bibliotecas escolares: e redes sociais: Para a conferencista, estamos no inicio deste processo e ainda não existem documentos orientadores. Existem boas práticas. As bibliotecas escolares (e a utilização de ferramentas da web 2.0) são um mundo interessantíssimo mas que sofre de efemeridade.
Sara Pereira concordou com a BECRE na dificuldade na mediação por parte das famílias, dado os baixos índices de literacia. A estratégia deve ser a que foi usada na educação ambiental. Infelizmente há pouca formação em educação para os media e pouco material para pais e professores. Informou ainda que está a ser ultimada a preparação de material, a ser distribuído via Rede das Bibliotecas Escolares (RBE).
Para António Santos - "E-Marketing para bibliotecas - as redes sociais são uma excelente ferramenta porque são meios de difusão de conteúdos, eventos, actividades e serviços. O utilizador - e não os conteúdos - devem ser o nuclear da utilização das ferramentas web 2.0. A interactividade, o diálogo e o efeito multiplicador são, para António Santos, as vantagens decisivas das redes sociais.
Em Proença-a-Nova, existe o Bibliomóvel. O blogue «O Papalagui» surgiu como "um grito" em prol da "visibilidade e do reconhecimento", como afirmou Nuno Marçal, bibliotecário de Proença-a-Nova. A sua comunicação, sentida e francamente emotiva, arrancou aplausos e sorrisos de esperança na plateia.
Em Proença-a-Nova, existe o Bibliomóvel. O blogue «O Papalagui» surgiu como "um grito" em prol da "visibilidade e do reconhecimento", como afirmou Nuno Marçal, bibliotecário de Proença-a-Nova. A sua comunicação, sentida e francamente emotiva, arrancou aplausos e sorrisos de esperança na plateia.
Roberto Arranz, presidente da Associação de bibliotecas móveis de Espanha confirmou que, tal como em Portugal, existem poucas bibliotecas 2.0 no país vizinho. Questionou-se: será uma questão de atitude?
Uma ideia global permaneceu: tal como o digital em relação à leitura, as redes sociais expandem as possibilidades e a missão das bibliotecas.
Uma ideia global permaneceu: tal como o digital em relação à leitura, as redes sociais expandem as possibilidades e a missão das bibliotecas.
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